Falta vontade política para garantir os direitos de cidadania das crianças

Autores

  • Antonio Carlos Gomes da Costa

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.37674

Resumo

A nova legislação brasileira se opõe ao paternalismo e assistencialismo do governo em relação às crianças e jovens excluídos das políticas sociais básicas. O assistencialis~no é uma abordagem inadequada para suprir as falhas gritantes de um país que não consegue dar moradia, alimentação, saúde, educação, trabalho e lazer a milhões de jovens. Pela nova concepção jurídica, a criança passa de “ser carente” a “sujeito de direitos exigíveis” na forma da lei. Ou seja, conquista a condição de cidadania. O Estatuto da Criança e do Adolescente traz um conceito revolucion~rio de gestão: a União, os Estados e os MunicIpios devem dividir responsabilidades para atender o Jovem das classes sociais mais desfavorecidas. A população deve participar nos programas sociais por iutermédio de suas organizações representativas. Isso significa um espaço inédito para a cidadania se introduzir na questão direta das políticas públicas. Mas falta vontade política para o estabelecimento de uma política social efetiva, que garanta os direitos dos pequenas cidadãos brasileiros. Há no Brasil um profundo abismo entre a lei e a realidade, entre o país legal e o país real. Por isso, é preciso desenvolver uma consciência política e capacitar tecnicamente os representantes da coletividade.

Biografia do Autor

  • Antonio Carlos Gomes da Costa
    Presidente da Fundação Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência - Ministéno da Ação Social-Brasil

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Publicado

1993-06-19

Edição

Seção

BLOCO 1: POLÍTICAS PÚBLICAS E LEGISLAÇÃO - BRASIL/FRANÇA