Reprodutibilidade da versão brasileira da Medida de Independência Funcional

Autores

  • Marcelo Riberto Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina https://orcid.org/0000-0001-9549-8830
  • Margarida Harumi Miyazaki Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Donaldo Jorge Filho Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Hatsue Sakamoto Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Linamara Rizzo Battistella Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina https://orcid.org/0000-0001-5275-0733

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20010002

Palavras-chave:

Medida de Independência Funcional, Reprodutibilidade, Equivalência Cultural, Avaliação Funcional, Tradução

Resumo

A versão brasileira da Medida de Independência Funcional (MIF) foi desenvolvida por meio de um processo de tradução para o português do Brasil por equipe médica bilíngüe familiarizada com o instrumento e tradutor profissional, seguido de tradução reversa para o inglês por tradutor independente. Não foram identificados problemas de equivalência cultural quando a versão obtida foi apresentada a um conjunto de 25 profissionais de saúde treinados no seu uso. Oito centros de reabilitação participaram da captação de dados para a obtenção de medidas de reprodutibilidade. Todos os pacientes adultos com história de pelo menos 4 meses de acidente vascular cerebral, consultados no período entre dezembro de 1999 e janeiro de 2000, foram avaliados por dois avaliadores treinados na aplicação da MIF, de forma independente, e reavaliados por apenas um desses examinadores após uma semana (teste/reteste). Uma amostra de 164 pacientes foi examinada e os valores de kappa para concordância em cada um dos itens da MIF variaram entre dois observadores de 0,50 (alimentação) a 0,64 (controle da urina) e no teste/reteste entre 0,61 (vestir abaixo da cintura) a 0,77 (transferência para o vaso sanitário). As subescalas da MIF apresentaram no teste/reteste boa correlação (Pearson: 0,91–0,98; ICC: 0,91–0,98); a reprodutibilidade interobservadores também foi boa (Pearson: 0,87–0,98; ICC: 0,87–0,98). Análise de variância mostra boa concordância entre as médias dos resultados de dois avaliadores na primeira avaliação e na medida após uma semana. Concluímos que a versão brasileira da MIF tem boa equivalência cultural e boa reprodutibilidade.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Guide for the Uniform Data System for Medical Rehabilitation (Adult FIM), version 4.0. Buffalo, NY: State University of New York at Buffalo; 1993.

Fleck MPA, Fachel O, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, et al. Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL - 100). Rev Bras Psiquiatr. 1999;21(1):19-28.

Küçukdeveci AA, Yavuzer G, Tennant A, Süldür N, Sonel B, Aransil T. Adaptation of the modified Barthel Index for use in physical medicine and rehabilitation in Turkey. Scand J Rehabil Med. 2000;32:7-92.

Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinao I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 39(3):143-50,1999.

Landis K. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics. 1977;33:159-174.

Ottenbacher KJ, Hsu Y, Granger CV, Fiedler RC. The reliability of the functional independence measure: a quantitative review. Arch Phys Med Rehabil. 1996;77:1226-32.

Ottenbacher KJ, Mann WC, Granger CV, Tomita M, Hurren D, Charvat B. Inter-rater agreement and stability of functional assessment in community-based elderly. Arch Phys Med Rehabil. 1994;75:1297-1301.

Smith PM, Illig SB, Fiedler RC, Hamilton BB, Ottembacher KJ. Intermodal agreement of follow-up telephone functional assessment using the functional independence measure in patients with stroke. Arch Phys Med Rehabil. 1996;77:431-5.

Andresen EM. Criteria assessing the tools of disability outcomes research. Arch Phys Med Rehabil. 2001;81(suppl 2):S15-S20.

Grey N, Kennedy P. The functional independence measure: a comparative study of clinician and self-ratings. Paraplegia. 1993;31:457-61.

Segal ME, Ditunno JF, Staas WE. Interinstitutional agreement of individual Functional Independence Measure (FIM) items measured at two sites on one sample of SCI patients. Paraplegia. 1993;31:622-31.

Linacre JM, Heinemann AW, Wright BD, Granger CV, Hamilton BB. The structure and stability of the functional independence measure. Arch Phys Med Rehabil. 1994;75:127-32.

Granger CV, Hamilton BB, Linacre JM, Heinemann AW, Wright BD. Performance profiles of the functional independence measure. Am J Phys Med Rehabil. 1993;72:84-9.

Chang W, Chan C. Rasch analysis for outcome measures: some methodological considerations. Arch Phys Med Rehabil. 1995;76:934-9.

Stineman MG, Goin JE, Granger CV, Fiedler R, Willian SV. Discharge motor FIM-function related groups. Arch Phys Med Rehabil. 1997;78:980-5.

Stineman MG, Fiedler R, Granger CV, Maislin G. Functional task benchmarks for stroke rehabilitation. Arch Phys Med Rehabil. 1998;79:497-504.

Heinemann AW, Linacre JM, Wright BD, Hamilton BB, Granger CV. Prediction of rehabilitation outcomes with disability measures. Arch Phys Med Rehabil. 1994;75:133-43.

Cohen ME, Marino RJ. The tools of disability outcome research functional status measures. Arch Phys Med Rehabil. 2001;81(suppl 2):S21-S29.

Downloads

Publicado

2001-04-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Riberto M, Miyazaki MH, Jorge Filho D, Sakamoto H, Battistella LR. Reprodutibilidade da versão brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de abril de 2001 [citado 26º de abril de 2024];8(1):45-52. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102274