Eleição de diretores: um dos mecanismos de (des)centralização da gestão?

Autores

  • Sueli Menezes Pereira Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul
  • Neila Pedrotti Drabach
  • Gabriela da Ros de Araújo

DOI:

https://doi.org/10.5902/2318133829182

Resumo

Neste trabalho, o foco é a discussão sobre as normatinções que orientam a eleição de diretores na rede de ensino municipal de Santa Maria, RS. A proposta é refletir sobre os limites e possibilidades da eleição de diretores no âmbito da construção democrática no contexto escolar, a partir da Lei Municipal de Gestão Democrática, lei n. 4740/03, que trata da eleição de diretores e da organização e funcionamento dos Conselhos Escolares. Para tal, faz-se uma retomada teórica e histórica dos processos de provimento ao cargo de diretor - nomeação política, concurso público e eleição direta - analisando de que forma estes processos implicam em redimensionamentos na gestão escolar. Na defesa da eleição de diretores no processo de democratização da gestão escolar, apontamos que este mecanismo, isolado, não garante a democracia, entretanto, significa um avanço em relação às demais formas de provimento da função de diretor.

Palavras-chave: democratização da gestão; eleição de diretores; participação.

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Biografia do Autor

Sueli Menezes Pereira, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul

Sueli Menezes Pereira
Doutora em Educação pela UNICAMP. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM

Neila Pedrotti Drabach

Neila Pedrotti Drabach
Mestranda em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM

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Publicado

26-09-2017

Como Citar

Pereira, S. M., Drabach, N. P., & Araújo, G. da R. de. (2017). Eleição de diretores: um dos mecanismos de (des)centralização da gestão?. Revista De Gestão E Avaliação Educacional, 1(1), 23–34. https://doi.org/10.5902/2318133829182

Edição

Seção

Artigos