História aberta e temporalidades mistas em Daniel Bensaïd.

Autores

  • Stavros Tombazos Université de Chypre

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236672538918

Palavras-chave:

Contratempos, espectralidade, uma aposta melancólica, messianismo, revolução.

Resumo

Daniel Bensaïd revela um “outro” Marx, um Marx que não reproduz a “mecânica” de seu tempo em seu próprio campo de investigação. A história não se reduz a uma sucessão de modos de produção. Não é teleológica. O presente é a temporalidade dominante porque inclui o leque de possibilidades da evolução futura, bem como as chaves que abrem os cofres do passado. O passado não é uma temporalidade simplesmente desaparecida, porque assombra o presente. Ele reaparece de forma modificada na modernidade capitalista, na forma de “contratempos”, “anacronismo”, “irregularidades”. A modernidade é um espaço diferenciado e hierárquico de temporalidades mistas e discordantes. A duraçãonão funciona como uma causa, mas como uma oportunidade. É neste contexto que devemos pensar a revolução, que nunca é “madura”: é essencialmente intempestiva, intervém “entre jamais e ainda não”. A aposta histórica é melancólica: é sempre uma questão de não aceitar a derrota, dando-lhe um caráter definitivo.

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Biografia do Autor

Stavros Tombazos, Université de Chypre

Docteur en Sciences Économiques; Professeur associé d’économie politique et de philosophie politique; Département de Sciences Politiques et Sociales, Université de Chypre, Nicosie

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Publicado

2020-10-15

Como Citar

Tombazos, S. (2020). História aberta e temporalidades mistas em Daniel Bensaïd. Século XXI – Revista De Ciências Sociais, 10(1), 145–172. https://doi.org/10.5902/2236672538918

Edição

v. 10 n. 1 (2020): Dossiê A discordância dos tempos: Daniel Bensaïd e a crítica social contemporânea.

Seção

Artigos

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