LIVRO: COVID-19 UMA VISÃO ALÉM DO ÓBVIO

OPEN ACCESS PEER-REVIEWED BOOK 

INTERVENÇÃO EM PSICOLOGIA POSITIVA NO CONTEXTO PANDÊMICO NA CIDADE DE JOÃO PESSOA

INTERVENTION IN POSITIVE PSYCHOLOGY IN THE PANDEMIC CONTEXT IN JOÃO PESSOA

 2022 Editora Science / Brazil Science Publisher

 

Simone Farias Moura Cabral

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial- SENAC, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/9950369188349608

Liana Filgueira Albuquerque

Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Engenharia Sucroalcooleira, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/8259087042517666

Maíra Cordeiro dos Santos

Secretaria de Educação do Estado da Paraíba, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/1077832655133494

Thais Emanuele Galdino Pessoa

Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Psicologia, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/1777885928403025

Resumo

As pesquisas da psicologia positiva mostram que suas intervenções são válidas para a promoção de saúde e bem-estar do ser humano. Dessa forma, o estudo objetivou verificar o impacto do projeto “Ensino da felicidade” em moradores da cidade de João Pessoa, durante o período inicial da pandemia em 2020. Foi utilizado, para tanto, o método quase experimental de pesquisa, com desenho do tipo pré-teste e pós-teste. Participaram do estudo 77 sujeitos, com média de idade de 35 anos (DP= 12,68), sendo a maioria mulher (77,9%), solteira (59,7%), com ensino superior completo (45,5%) e nível socioeconômico médio (38,3%), que responderam à Escala de Satisfação com a Vida (ESV), Escala de Afetos Positivos e Negativos (EAPN), Escala de Positividade (EP) e Questionário de Gratidão (QG). Como resultados, percebeu-se que apenas o construto Afetos Positivos apresentou diferenças estatisticamente significativas, sendo que pessoas no pós-teste (M = 2,77; DP = 0,2) apresentaram escores menores de afetos negativos do que pessoas pré-teste (M = 3,51; DP = 0,16, p < 0,01).  Ainda, foi considerada uma diferença marginalmente significativa para Positividade (p < 0,1), Gratidão (p < 0,1) e Satisfação com a Vida (p < 0,1), não sendo encontrado efeito para Afetos Positivos (p > 0,1). Dessa forma, o minicurso “Ensino da Felicidade”, contribuiu para a promoção da saúde mental e emocional da população de João Pessoa, em período de isolamento social causado pela pandemia mundial de Coronavírus em 2020.

Palavras-Chave: intervenção, psicologia positiva, pandemia, bem-estar

Abstract

Positive psychology research shows that its interventions are valid for the promotion of health and well-being of human beings. Thus, the study aimed to verify the impact of the minicourse "Teaching happiness" in residents of the city of João Pessoa, during the initial period of the pandemic in 2020. For this, the quasi-experimental research method was used, with a pre-test and post-test design. Participated in the study 77 subjects, with mean age of 35 years (SD = 12.68), mostly women (77.9%), single (59.7%), with complete higher education (45.5%) and average socioeconomic level (38.3%), who answered the Life Satisfaction Scale (ESV), Scale of Positive and Negative Affects (EAPN), Positivity Scale (EP) and Gratitude Questionnaire (QG). As results, it was noticed that only the construct Positive Affects presented statistically significant differences, being that people in the post-test (M = 2.77; SD = 0.2) presented lower scores of negative affections than people pre-test (M = 3.51; SD = 0.16, p < 0.01).  Also, a marginally significant difference was found for Positivity (p < 0.1), Gratitude (p < 0.1) and Satisfaction with Life (p < 0.1), while no effect was found for Positive Affects (p > 0.1). Thus, the Minicourse "Teaching Happiness", contributed to the promotion of mental and emotional health of the population of João Pessoa, in a period of social isolation caused by the global pandemic of coronavirus in 2020.

Keywords: intervention, positive psychology, pandemic, well-being

PARA O TRABALHO COMPLETO em .pdf ACESSE O BOTÃO DO LIVRO NA PÁGINA INICIAL
 

CAPÍTULO 5

Intervenção em psicologia positiva no contexto pandêmico na cidade de João Pessoa

Intervention in positive psychology in the pandemic context in João Pessoa

 

DOI: https://doi.org/10.56001/22.9786500445497.05

 

Simone Farias Moura Cabral

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial- SENAC, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/9950369188349608

Liana Filgueira Albuquerque

Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Engenharia Sucroalcooleira, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/8259087042517666

Maíra Cordeiro dos Santos

Secretaria de Educação do Estado da Paraíba, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/1077832655133494

Thais Emanuele Galdino Pessoa

Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Psicologia, João Pessoa- PB

http://lattes.cnpq.br/1777885928403025

 

 

Resumo

As pesquisas da psicologia positiva mostram que suas intervenções são válidas para a promoção de saúde e bem-estar do ser humano. Dessa forma, o estudo objetivou verificar o impacto do projeto “Ensino da felicidade” em moradores da cidade de João Pessoa, durante o período inicial da pandemia em 2020. Foi utilizado, para tanto, o método quase experimental de pesquisa, com desenho do tipo pré-teste e pós-teste. Participaram do estudo 77 sujeitos, com média de idade de 35 anos (DP= 12,68), sendo a maioria mulher (77,9%), solteira (59,7%), com ensino superior completo (45,5%) e nível socioeconômico médio (38,3%), que responderam à Escala de Satisfação com a Vida (ESV), Escala de Afetos Positivos e Negativos (EAPN), Escala de Positividade (EP) e Questionário de Gratidão (QG). Como resultados, percebeu-se que apenas o construto Afetos Positivos apresentou diferenças estatisticamente significativas, sendo que pessoas no pós-teste (M = 2,77; DP = 0,2) apresentaram escores menores de afetos negativos do que pessoas pré-teste (M = 3,51; DP = 0,16, p < 0,01).  Ainda, foi considerada uma diferença marginalmente significativa para Positividade (p < 0,1), Gratidão (p < 0,1) e Satisfação com a Vida (p < 0,1), não sendo encontrado efeito para Afetos Positivos (p > 0,1). Dessa forma, o minicurso “Ensino da Felicidade”, contribuiu para a promoção da saúde mental e emocional da população de João Pessoa, em período de isolamento social causado pela pandemia mundial de Coronavírus em 2020.

Palavras-Chave: intervenção, psicologia positiva, pandemia, bem-estar

Abstract

Positive psychology research shows that its interventions are valid for the promotion of health and well-being of human beings. Thus, the study aimed to verify the impact of the minicourse "Teaching happiness" in residents of the city of João Pessoa, during the initial period of the pandemic in 2020. For this, the quasi-experimental research method was used, with a pre-test and post-test design. Participated in the study 77 subjects, with mean age of 35 years (SD = 12.68), mostly women (77.9%), single (59.7%), with complete higher education (45.5%) and average socioeconomic level (38.3%), who answered the Life Satisfaction Scale (ESV), Scale of Positive and Negative Affects (EAPN), Positivity Scale (EP) and Gratitude Questionnaire (QG). As results, it was noticed that only the construct Positive Affects presented statistically significant differences, being that people in the post-test (M = 2.77; SD = 0.2) presented lower scores of negative affections than people pre-test (M = 3.51; SD = 0.16, p < 0.01).  Also, a marginally significant difference was found for Positivity (p < 0.1), Gratitude (p < 0.1) and Satisfaction with Life (p < 0.1), while no effect was found for Positive Affects (p > 0.1). Thus, the Minicourse "Teaching Happiness", contributed to the promotion of mental and emotional health of the population of João Pessoa, in a period of social isolation caused by the global pandemic of coronavirus in 2020.

Keywords: intervention, positive psychology, pandemic, well-being

 

 

Introdução

A partir do final de 2019, o mundo passou a vivenciar uma pandemia causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Diante dessa realidade, o isolamento social foi estabelecido como estratégia de contenção do vírus proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 30 de janeiro de 2020. Como consequência dessa medida de segurança, Brooks et al. (2020), constataram diversos efeitos psicológicos negativos na população, como medo, raiva, humor rebaixado dentre outros. 

No Brasil, diversos grupos de pesquisa e instituições profissionais passaram a produzir conteúdo com informações e recomendações para a saúde mental em tempos de pandemia, a exemplo das cartilhas lançadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (CEPEDES/FIOCRUZ) e as lives “Pandemia, isolamento social e sofrimento psíquico”, da Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME). Além disso, universidades e faculdades forneceram grupos terapêuticos voluntários online ou ainda teleconsultas gratuitas para a população em geral, ou mesmo grupos específicos, como os profissionais de saúde na linha de frente do combate à COVID-19 (LIMA, 2020). 

Nesse contexto, o projeto “Ensino da felicidade online para moradores de João Pessoa”, idealizado pela professora Liana Filgueira (2020), é um exemplo de ação, por meio de um projeto de extensão universitária. A finalidade dessa extensão, vinculada à Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi a de promover um suporte social, educacional e emocional, a partir dos encontros coletivos de forma remota, visto que a capacidade de se integrar socialmente passa pela autoavaliação positiva e pelo sentimento de bem-estar que o indivíduo vivencia em seu ambiente (BAPTISTA; TORRES, 2006). Além disso, no escopo do projeto, o minicurso “A felicidade está aqui” teve como foco o ensino e aplicação de técnicas para atingir o bem-estar para reduzir a ansiedade, depressão e falta de motivação, inclusive possibilitando o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como referenciado por Hirschle (2018), Macedo et al. (2019) e Soares (2019). 

  • Compreendendo os construtos psicológicos: positividade, gratidão e bem-estar subjetivo

Visando mensurar a efetividade das ações do projeto, faz-se necessário inicialmente compreender a definição dos construtos psicológicos (positividade, gratidão e bem-estar subjetivo) utilizados no processo psicométrico deste artigo em construção.

A positividade, também conhecida como "pensamento positivo" (CAPRARA, STECA, 2005; 2006; SCHEIER, CARVER, 1993) ou "orientação positiva" (CAPRARA et al, 2012a, 2012b), consiste em um traço latente que influencia a orientação do sujeito para avaliar de forma positiva eventos e aspectos da vida (DIENER et al., 2000) além das reações frente a eventos estressores e à crença do sujeito no futuro (FREDRICKSON, 2009; SCHEIER, CARVER,1993). A expressão da Positividade é possível sim encontrar nas atitudes do dia a dia a partir de uma postura mais motivadora e mais encorajadora diante das situações cotidianas. É um pensamento que vai se transformando em ações. Para Fredrickson (2009), existem seis fatores vitais sobre o conceito de positividade e disso advém a importância de serem cultivados. São as ideias de que a positividade: é boa; muda como sua mente pensa; transforma seu futuro; coloca um freio na negatividade; obedece a um ponto de equilíbrio; e pode ser aumentada a partir do exercitar.

 Segundo estudos, a positividade possui relativa estabilidade durante a vida do indivíduo (ALESSANDRI et al., 2011) e também tem forte influência genética (CAPRARA et al., 2009; CAPRARA, 2012). Esse construto explica as variações e a estabilidade quanto aos níveis de autoestima, satisfação com a vida, otimismo e esperança, apesar das mudanças ocorridas no ambiente (CAPRARA et al., 2012a; 2012b; CAPRARA et al., 2010; CAPRARA, STECA, 2005; 2006).

Outro construto psicológico estudado pela área da psicologia positiva é a gratidão, entendida como estado de agradecimento pelas trajetórias na vida, podendo atuar mesmo em situações adversas ou de risco (VAZQUEZ et al., 2019). A gratidão permite a ampliação da perspectiva e desenvolve outras emoções positivas e raciocínio positivo (EMMONS, 2007). Estudos apontam, ainda, o caráter relacional e social desse elemento (ALGOE et al., 2013; ALGOE, 2012). 

A gratidão estimula as pessoas a reestruturar experiências negativas como sendo positivas, quando apropriado e realista. Dessa forma, o diário da gratidão é umas das práticas mais conhecidas nessa temática e auxilia na aprendizagem de estratégias de enfrentamento mais positivas, diminuindo o estresse (RASHID; SELIGMAN, 2019).

Por fim, outro elemento proposto para discussão é o Bem-Estar Subjetivo (BES). A “Felicidade”, estudada cientificamente pelo campo da psicologia positiva, expressa componentes efetivos do BES, podendo ser entendidos como sinônimos pelo senso comum, assim como qualidade de vida, que é um outro campo de estudo, que causa confusão de entendimento (ALBUQUERQUE; TRÓCCOLI, 2004).

Na literatura, o BES é o elemento subjetivo que define como o sujeito reage frente aos diversos fatores da vida (GILL; FEINSTEIN, 1994). Verificam-se as reações e os comportamentos mais diversificados, diante de aspectos positivos, quanto negativos. Por isso, faz-se necessário ter um olhar mais profundo diante dos acontecimentos diários.

O bem-estar subjetivo difere do tema saúde mental, porque “não significa necessariamente saúde psicológica, ele é apenas um aspecto do bem-estar psicológico, sendo necessário, mas não suficiente para a pessoa estar bem na vida” (ALBUQUERQUE, TRÓCCOLI, 2004, P. 154).

 Dentre os componentes do BES têm-se duas dimensões: Satisfação com a vida, que é o componente cognitivo; e Afetos Positivos e Negativos, que integram o componente afetivo. O Afeto Positivo pode ser compreendido como um entusiasmo hedônico, um estado emocional prazeroso, enquanto o Afeto Negativo constitui-se como um também transitório estado de emoções desagradáveis e angustiantes. A Satisfação com a vida, por sua vez, se dá pelo processamento cognitivo do sujeito no julgamento de sua própria vida (ALBUQUERQUE; TRÓCCOLI, 2004).

Dessa forma, o deste presente estudo foi verificar o impacto do projeto “Ensino da felicidade” em moradores da cidade de João Pessoa, durante o período inicial da pandemia do Covid 19 em 2020. Utilizou-se as escalas de: Escala de Satisfação com a Vida (ESV), Escala de Afetos positivos e negativos (EAPN), Escala de Positividade (EP) e o Questionário de Gratidão.

Metodologia
  • Metodologia do curso

Inicialmente, o projeto foi submetido e aprovado com a máxima de excelência, considerado o melhor projeto do programa “UFPB no seu município” do departamento de engenharia sucroalcooleira da Universidade Federal da Paraíba no ano de 2020. Após a aprovação, o projeto foi divulgado por meios digitais, como o Instagram do projeto (@afelicidadeestaaqui), grupos de WhatsApp e Facebook. Além da divulgação digital, deu-se, também, a participação em mídia televisiva, por meio de duas entrevistas com a coordenadora Liana Filgueira em dois jornais locais de João Pessoa, afiliadas da Rede Globo e Rede SBT. 

Devido ao grande número de inscritos no primeiro módulo do minicurso “O Ensino da felicidade para moradores de João Pessoa” (mais de 400 inscritos para apenas 200 vagas de participação com certificado), foi necessário elaborar mudanças no planejamento do minicurso. Dessa forma, foi aberta uma segunda turma de primeiro módulo do minicurso, com um total de 448 participantes, entre cursistas e ouvintes (participantes sem certificação). Os encontros com essas turmas ocorreram no período de 20 de julho a 1 de agosto de 2020 e 31 de agosto a 10 de setembro de 2020, respectivamente, totalizando 08 (oito) encontros consecutivos com média de duração de uma hora e trinta minutos em horário noturno, por meio da plataforma de reuniões online Google Meet. 

            Quanto à distribuição de conteúdo por encontro, foi realizada uma divisão de professores. No primeiro dia, os participantes foram introduzidos ao tema “felicidade” com Liana Filgueira, assim como no segundo e terceiro encontro, com as temáticas “Introdução a psicologia positiva e Emoções” e “Emoções positivas, realizações e metas”, respectivamente. Já no quarto encontro, Valdiney Gouveia, trabalhou a temática “Amor”. Dando sequência ao curso, a professora Liana Filgueira, no quinto encontro, discutiu a temática “Engajamento, Mindfulness e Propósito”. No sétimo encontro, Maíra Cordeiro discutiu sobre o tema “Comunicação não violenta” e, posteriormente, no encontro de número oito, o tema tratado foi o de “Virtudes e Forças do caráter”, por Simone Moura Cabral.

O encerramento ocorreu no nono encontro, pela coordenadora do projeto, Liana Filgueira, com a temática “Compaixão, autocompaixão e relacionamentos positivos''. Dessa forma, o material bibliográfico do curso citado anteriormente foi subdividido em áreas temáticas por encontro, tendo assim seus respectivos profissionais debatedores e especialistas na área.

  • Método de Pesquisa

Para a presente análise, foi utilizado o método de pesquisa aplicado do tipo quase experimental. Quanto ao desenho de pesquisa, foi utilizado o tipo pré-teste, em que os sujeitos foram submetidos antes dos encontros, e pós-teste, após o último encontro, com cerca de um mês entre os testes, visto a impossibilidade de total controle de variáveis intervenientes.

  • Participantes

Participaram da pesquisa, de forma voluntária, 77 sujeitos, com idade média 35 anos (DP = 12,68) sendo esses moradores da cidade de João Pessoa, em maioria mulheres (77,9%), solteiras (59,7%), com nível de escolaridade com ensino superior completo (45,5%) e nível socioeconômico médio (38,3%). 

  • Instrumentos

Para a análise, foram utilizados um questionário sociodemográfico, visando compreender o contexto dos sujeitos participantes, além de quatro escalas: Escala de Positividade (EP), Questionário de Gratidão (QG), Escala de Satisfação com a vida (ESV), Escala de Afetos Positivos e Afetos Negativos (EAPN).

Escala de Positividade: É uma escala de autorrelato composta por 08 (oito) itens, sendo essas afirmações como a ex: “Eu tenho muita fé no futuro” (item 01), do tipo likert que variam de intensidade em 5 alternativas acerca do grau de concordância do sujeito com proposições, sendo 1 discordo totalmente e 5 concordo totalmente (CAPRARA et al., 2012, adaptado por SOUZA 2014). 

Questionário de Gratidão (QG-6):  É uma escala de autorrelato composta por 06 (seis) itens sendo essas afirmações como a ex: “Sou grato (a) por muitas coisas na vida” (item 01), do tipo likert que variam de intensidade em 7 acerca do grau de concordância do sujeito com as afirmações, sendo 1 discordo totalmente e 7 concordo totalmente. (MCCULLOUGH et al., 2002, adaptado por GOUVEIA et al., 2018).

Escala de Satisfação com a Vida: É uma escala de autorrelato composta por 05 (cinco) itens sendo essas afirmações como ex: “As condições da minha vida são excelentes” (item 02), do tipo likert que variam de intensidade em 5 alternativas acerca da identificação do sujeito com as afirmações, sendo 1 não me descreve e 5 descreve-me totalmente (DIENER et al., 1985 adaptada por GOUVEIA et al., 2009).

Escala de Afetos Positivos e Negativos: É uma escala de autorrelato composta por 10 (dez) itens acerca dos diferentes afetos, a escala do tipo likert varia de 1 totalmente improvável a 7 totalmente provável (GOUVEIA et al., 2019).  

  • Procedimentos

O primeiro passo foi a organização do projeto e a submissão na Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que concedeu parecer favorável em 15 de maio de 2020. Posteriormente, as inscrições do minicurso “O ensino da felicidade”, foram abertas, de forma virtual, organizado por meio de um formulário online, (Google Forms). Com o consentimento livre e esclarecido, foi aplicado o questionário com informações básicas dos alunos interessados e em seguida, as escalas do pré-teste começaram a serem disponibilizadas para preenchimento. A equipe de pesquisadores se colocou à disposição por e-mails para tirar dúvidas acerca da pesquisa. Na apresentação do questionário pré-teste, enviado no momento da inscrição do curso, foi explicado, por meio TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), que a pesquisa respeitou os preceitos éticos do Conselho Nacional de Saúde, conforme a Resolução 466/12 e 510/16. 

A aplicação do pós-teste ocorreu posteriormente ao encerramento do último encontro do módulo I do projeto, também por um formulário online respeitando os procedimentos éticos da primeira aplicação.

  • Análise de Dados

Os dados foram analisados por meio do Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21. Para a escolha do teste estatístico, fez-se necessário uma análise prévia dos dados, que ocorreu por meio do Teste de Shapiro Wilk, a assimetria e curtose, visando analisar a normalidade da distribuição das variáveis uni e multivariada. Após a observação da normalidade dos dados, por meio da análise dos requisitos prévios, foi possível inferir a utilização de testes paramétricos (MARTINS, 2011). Outro pressuposto acatado foi a homogeneidade de variância e covariância, avaliadas pelo Box´s Test Of Equality (Teste de Caixa de Igualdade de Matrizes de Covariância) (FIELD, 2009). 

De modo a compreender o impacto do minicurso nas mudanças de bem-estar subjetivo, positividade e gratidão dos participantes do minicurso, fez-se necessário a análise das diferenças de médias dos índices pré e pós-intervenção. A fim de cumprir com os requisitos para a utilização de estatística paramétrica e pelo delineamento de pesquisa, optou-se pela MANOVA (Análise Multivariada de Variância), visando comparar em que medida índices psicológicos (Variáveis Dependentes) variaram antes e depois do curso (Variável Independente). Também foi realizado o cálculo do tamanho de efeito, de modo a verificar a significância prática a partir do D de Cohen para amostras dependentes (FIELD, 2009). 

Além disso, foram realizadas análises descritivas para a caracterização da amostra, (frequência, médias e desvios padrão), por distribuições e frequências dos dados sociodemográficos (ex.: Escolaridade, idade, sexo…). 

Por fim, nas análises estatísticas, assumiu-se para o valor de significância p<0,05, ainda considerados marginalmente significativos os resultados com nível de significância de p<0,10, visto a prevalência do uso deste em contextos de pesquisa psicométrica (OLSSON-COLLENTINE et al., 2019). 

Resultados

Na tabela 1, é possível observar o resultado das médias e desvio padrão dos construtos psicológicos “Satisfação com a Vida”, “Positividade” e “Gratidão”, “Afetos positivos e Afetos negativos” no primeiro momento, anterior aos encontros do projeto (pré-teste) e no segundo momento, após o encerramento dos encontros (pós-teste).

 

Tabela 1: Informações gerais do pré-teste e pós-teste

CONSTRUTOS

PRÉ-TESTE

PÓS-TESTE

 

M

DP

M

DP

Satisfação com Vida

3,36

0,92

3,62

0,84

Positividade

3,67

0,64

3,89

0,72

Gratidão

4,86

0,64

4,71

1,21

Afetos Positivos

4,88

1,21

5,01

1,34

Afetos Negativos

3,51

1,34

2,76

1,38

      

M= Média; DP= Desvio Padrão

Fonte: Arquivo de pesquisa dos autores (2022)

 

O teste M de BOX acatou o pressuposto de homogeneidade de covariância (BOX´S M = 15,47; F (15,19990,12), p = 0,42). Os resultados da MANOVA demonstraram que houve efeito principal entre os tempos pré e pós-teste (F (5, 106) = 2504,35, p = 0,00; h2 = 0,99).

Porém, testes a posteriori (post-hoc de Bonferroni) demonstraram que, em relação ao momento antes e depois da intervenção, apenas o construto “Afetos Positivos” apresentou diferenças estatisticamente significativas, sendo que indivíduos no pós-teste (M = 2,77; DP = 0,2) apresentaram escores menores de afetos negativos do que indivíduos pré-teste (M = 3,51; DP = 0,16, p < 0,01).  Ainda, foi acatado uma diferença marginalmente significativa para “Positividade” (p < 0,1), “Gratidão” (p < 0,1) e “Satisfação com a Vida” (p < 0,1), não sendo encontrado efeito para “Afetos Positivos” (p > 0,1).

Discussão

Verificou-se que as hipóteses estabelecidas no início do curso, como o aumento nos índices de positividade, gratidão e satisfação com a vida dos participantes após o término do minicurso foram atendidas, mesmo que encontrado uma variação significativa para esses índices. Esses resultados seguem os achados da literatura especializada acerca da efetividade de intervenções da Psicologia Positiva em contextos grupais para o aumento do bem-estar, embora em escala ainda reduzida (SIN, LYUBOMIRSKY, 2009; RIBEIRO, 2011; VIANA, 2015; FERREIRA, 2020). 

Dessa forma, verifica-se que a persistência das intervenções em Psicologia Positiva causa mudanças de comportamento, atitudes e até alteração nas percepções diante da vida, apesar de se estar no meio de uma pandemia, naquela época ainda sem nenhuma perspectiva de melhoramento. Outro aspecto a ser considerado e em um próximo trabalho ser percebido foi a amostra ser de tamanho pequeno, isso porque, no cálculo do erro padrão da média, o tamanho da amostra é inversamente proporcional ao tamanho do erro padrão, ou seja, amostras maiores tendem a possuir estimativas melhores (SHAUGHNESSY et al., 2012). 

Apesar disso, o índice de afetos negativos apresentou uma diminuição estatisticamente significativa na sua existência entre os momentos do curso. Essa diminuição gerou um impacto salutar para as pessoas envolvidas, ressaltando a importância de uma vida de busca pelo equilíbrio e a procura por um estilo de vida conciliador das dificuldades, desafios e autossuperações, sobretudo no contexto pandêmico de 2020. Uma postura de valorização da positividade, segundo Fredrickson (2009), na proporção de três situações positivas para uma negativa, requer manutenção, vigilância e um constante estado de alerta para ser identificado e reajustados conscientemente. 

Sobre o construto “Positividade”, foi realizado um estudo com um protocolo de sessões com “atividades positivas” e, com isso observado, além do aumento na positividade, a ampliação no nível de conexão social entre o grupo participante, anteriormente diagnosticados com ansiedade e depressão (TAYLOR et al., 2020). Tal diagnóstico foi trazido em formato de relato pelos próprios participantes. Durante o minicurso, foi percebido um amadurecimento a partir da fala dos indivíduos envolvidos e aumento no volume de práticas valorizando e enaltecendo as atividades positivas no dia a dia pós minicurso. Inclusive, segundo os participantes, havendo um melhoramento nos sintomas depressivos e ansiogênicos.

Na presente pesquisa, ao longo dos encontros remotos, também foi possível observar envolvimento e participação durante todos os momentos e também posteriormente, pós-projeto em estudo, isso porque os encontros informais online continuaram acontecendo por um chamamento dos participantes envolvidos. Tal envolvimento demonstra que eles estavam sedentos de experiências como estas, de conteúdo, compartilhamento de perspectivas, oportunidade para conversas e trocas de vivências.

Quanto ao índice de gratidão não ter obtido aumento estatisticamente significativo, acredita-se que isso se deva ao fato do tema não ter sido abordado especificamente em nenhum dos 9 (nove) encontros, nem ter sido trabalhado de forma mais detalhada, do ponto de vista teórico e prático. Tal perspectiva serve de dica para os próximos desdobramentos sobre essa temática, tão importante e necessária de aprofundamento.

Percebe-se, com o minicurso “Ensino da felicidade”, que a ciência do bem-estar tem contribuído como uma área de atuação que tem possibilitado um despertar de muitas pessoas a repensarem suas práticas do dia a dia, por meio de uma percepção de crença na pessoa e nas potencialidades de reestruturação do ser humano. Um ponto interessante a ser destacado é que o número de encontros foi pequenino (apenas nove) para causar uma modificação mais representativa, de modo que seria necessário mais tempo para que os elementos da Ciência do bem-estar fossem absorvidos e vivenciados verdadeiramente por todos.

Conclusão

O projeto mostrou que é possível identificar que o envolvimento e a participação dos indivíduos continuaram após término no curso, já que os encontros informais on-line continuaram acontecendo. A partir da utilização das métricas da ciência do bem-estar (positividade, gratidão, satisfação com a vida, afetos positivos e negativos), foi possível medir os resultados da intervenção do projeto “Ensino da Felicidade” e verificar que nos encontros agendados aconteceram uma reflexão, inspiração e algumas mudanças de comportamento, como, por exemplo, a diminuição do índice de emoções negativas. Tal redução do aspecto das emoções negativas é bem significativa porque em pandemias mundiais é comum acontecer abalos emocionais e econômico-financeiros e em várias ordens possibilitando, assim, com a realização do minicurso um relevante olhar sobre a regulação das emoções.

Portanto, o projeto, que aconteceu no formato online para moradores de João Pessoa, visou proporcionar bem-estar e saúde emocional no período atual de mudança social e apresentou-se como uma intervenção eficaz da psicologia positiva em contexto de pandemia mundial de Coronavírus, contribuindo para o desenvolvimento do campo científico da ciência do bem-estar em contexto nacional e enquanto Universidade Federal da Paraíba, que tem estudado com mais profundidade tais temáticas. Espera-se que novos minicursos sejam ofertados, de modo a realizar novos estudos com mais construtos psicológicos desse campo de conhecimento em ascensão. 

Referências

ALGOE, S. B. Find, remind, and bind: The functions of gratitude in everyday relationships. Social and Personality Psychology Compass, [s.l.], v. 6, n. 6, p. 455-469, jun. 2012. Disponível em: https://compass.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1751-9004.2012.00439.x. Acesso em: 7 maio 2022.

ALGOE, S. B.; FREDRICKSON, B. L.; GABLE, S. L. The social functions of the emotion of gratitude via expression. Emotion, Washington-DC, v. 13, n. 4, p. 605-609, aug. 2013. Disponível em: https://content.apa.org/record/2013-19079-001. Acesso em: 7 maio 2022.

BAPTISTA, M. N.; BAPTISTA, A. S. D.; TORRES, E. C. R. Associação entre suporte social, depressão e ansiedade em gestantes. Psic: revista da Vetor Editora, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 39-48, jan.-jun. 2006. Disponível em: https://content.apa.org/record/2013-19079-001. Acesso em: 7 maio 2022.

BEN-SHAHAR, T. Aprenda a ser feliz. [s.l.]: Lua de papel editora, 2017.

BROOKS, S. K. et al. The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence. The lancet, [s.l.], v. 395, n. 10227, p. 912-920, mar. 2020. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)30460-8/fulltext. Acesso em: 7 maio 2022.

CAPRARA, G. V. et al. The positivity scale. Psychological assessment, [s.l.], v. 24, n. 3, p. 701-712, sep. 2012. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22250591/. Acesso em: 7 maio 2022.

CAPRARA, G. V.; ALESSANDRINI, G; HEIKAMP, T.; TROMMSDORFF, G. Positive orientation across three cultures. Journal of Cross-Cultural Psychology, [s.l.], v. 43, p. 77-83, jan. 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/221678924_Positive_Orientation_Across_Three_Cultures. Acesso em: 7 maio 2022.

CAPRARA, G. V.; ALESSANDRINI, G; KUPFER, A.; EISENBERG, N. The positivity scale. Psychological assessment, [s.l.], v. 24, n. 3, p. 701-712, jan. 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/221752656_The_Positivity_Scale. Acesso em: 7 maio 2022.

CAPRARA, G. V.; ALESSANDRINI, G; STECA, P.; FAGNANI, C. Human optimal functioning: The genetics of positive orientation towards self, life, and the future. Behavior genetics, [s.l.], v. 39, n. 3, p. 277-284, may 2009. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/225987876_Human_Optimal_Functioning_The_Genetics_of_Positive_Orientation_Towards_Self_Life_and_the_Future. Acesso em: 7 maio 2022.

CAPRARA, G. V.; STECA, P. Affective and social self-regulatory efficacy beliefs as determinants of positive thinking and happiness. European psychologist, [s.l.], v. 10, n. 4, p. 275-286, 2005. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/2005-13741-003. Acesso em: 7 maio 2022.

CARVER, C. S.; SCHEIER, M. F.; SEGERSTROM, S. C. Optimism. Clinical psychology review, [s.l.], v. 30, n. 7, p. 879-889, nov. 2010. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20170998/. Acesso em: 7 maio 2022.

DIENER, E.; et al.; Positivity and the construction of life satisfaction judgments: Global happiness is not the sum of its parts. Journal of happiness studies, [s.l.], v. 1, n. 2, p. 159-176, jan. 2000. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/23545424_Positivity_and_the_Construction_of_Life_Satisfaction_Judgments_Global_Happiness_Is_Not_the_Sum_of_Its_Parts. Acesso em: 7 maio 2022.

DIENER, E.; EMMONS, R. A.; LARSEN, R. J.; GRIFFIN, S. The satisfaction with life scale. Journal of personality assessment, [s.l.], v. 49, n. 1, p. 71-75, 1985. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/citedby/10.1207/s15327752jpa4901_13?scroll=top&needAccess=true. Acesso em: 7 maio 2022.

EMMONS, R. A. Thanks!: How the new science of gratitude can make you happier. Boston: Houghton Mifflin Harcourt, 2007.

FERREIRA, A. P. da S. P. Intervenção psicológica positiva: análise da eficácia de um programa em grupo. 2020. 86f. Dissertação (Pós-Graduação em Psicologia) - Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2020. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/9306/1/DM_29309.pdf. Acesso em: 7 maio 2022.

FIELD, A. Descobrindo a estatística usando o SPSS-5. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

FREDRICKSON, B. L. Positividade. Tradução de Pedro Libânio. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

GILL, T. M.; FEINSTEIN, A. R. A critical appraisal of the quality of quality-of-life measurements. Jama, [s.l.], v. 272, n. 8, p. 619-626, aug. 1994. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7726894/. Acesso em: 7 maio 2022.

GOUVEIA, V. V. et al. Scale of positive and negative affects (EAPN-10): evidence of its psychometric adequacy. Trends in Psychology, Ribeirão Preto, v. 27, n. 1, p. 189-203, mar. 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tpsy/a/Pr7tgmN9bQLC8XkGhhTNB3G/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 7 maio 2022.

GOUVEIA, V. V. et al. Gratitude Questionnarie (GQ-6): evidence of construct validity in Brazil. Current Psychology, [s.l.], v. 40, n. 5, p. 2481-2489, 2021. Disponível em: https://researchportal.bath.ac.uk/en/publications/gratitude-questionnarie-gq-6-evidence-of-construct-validity-in-br. Acesso em: 7 maio 2022.

GOUVEIA, V. V.; FONSECA, P. N. da; COELHO, J. A. P. de M.; MILFONT, T. L. Life satisfaction in Brazil: testing the psychometric properties of the satisfaction with life scale (SWLS) in five Brazilian samples. Social Indicators Research, [s.l.], v. 90, n. 2, p. 267-277, jan. 2009. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/226721210_Life_Satisfaction_in_Brazil_Testing_the_Psychometric_Properties_of_the_Satisfaction_With_Life_Scale_SWLS_in_Five_Brazilian_Samples. Acesso em: 7 maio 2022.

HIRSCHLE, A. L. T.; GONDIM, S. M. G. Estresse e bem-estar no trabalho: uma revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 25, n. 7, p. 2721-2736, jul. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/7rhP4hgWgcspPms5BxRVjfs/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 maio 2022.

HO, H. C. Y.; YEUNG, D. Y.; KWOK, S. Y. C. L. Development and evaluation of the positive psychology intervention for older adults. The Journal of Positive Psychology, [s.l.], v. 9, n. 3, p. 187-197, feb. 2014. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/17439760.2014.888577?scroll=top&needAccess=true. Acesso em: 7 maio 2022.

LIMA, R. C. Distanciamento e isolamento sociais pela Covid-19 no Brasil: impactos na saúde mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 1-10, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/nyq3wrt8qpWFsSNpbgYXLWG/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 maio 2022.

MACÊDO, J. W. de L. Competências socioemocionais no serviço público: Um estudo com gerentes de atendimento do INSS. 2018. 172f. Dissertação (Pós-Graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/16380/1/Arquivototal.pdf. Acesso em: 7 maio 2022.

MACEDO, M. N. dos S.; WAENY, M. F. C.; ALMARIO, A.; SOARES, C. Estresse e qualidade de vida no trabalho: uma revisão de literatura para intervenções atuais. Revista da Universidade Ibirapuera, São Paulo, n. 17, p. 38-46, jan.-jun. 2019. Disponível em: https://www.ibirapuera.br/seer/index.php/rev/article/view/176. Acesso em: 7 maio 2022.

MARTINS, C. Manual de análise de dados quantitativos com recurso ao IBM SPSS: Saber decidir, fazer, interpretar e redigir. Braga: Psiquilíbrios Edições, 2011.

MCCULLOUGH, M. E.; EMMONS, R. A.; TSANG, J.-A. The grateful disposition: a conceptual and empirical topography. Journal of personality and social psychology, [s.l.], v. 82, n. 1, p. 112-127, 2002. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/2001-05824-010. Acesso em: 7 maio 2022.

OLSSON-COLLENTINE, A.; VAN ASSEN, M. A. L. M.; HARTGERINK, C. H. J. The prevalence of marginally significant results in psychology over time. Psychological science, [s.l.], v. 30, n. 4, p. 576-586, apr. 2019. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6472145/. Acesso em: 7 maio 2022.

RASHID, T.; SELIGMAN, M. Psicoterapia positiva: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed Editora, 2019.

RIBEIRO, L. I. O. Positividade: Intervenção em grupo com pessoas idosas. 2011. 103f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade de Coimbra, Coimbra, 2011. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/17721/1/TESE%20-%2024.09.2011.pdf. Acesso em: 7 maio 2022.

SCHEIER, M. F.; CARVER, C. S. On the power of positive thinking: the benefits of being optimistic. Current directions in psychological science, [s.l.], v. 2, n. 1, p. 26-30, feb. 1993. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/20182190. Acesso em: 7 maio 2022.

SHAUGHNESSY, J. J.; ZECHMEISTER, E. B.; ZECHMEISTER, J. S. Metodologia de pesquisa em psicologia. 9. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2012.

SILVEIRA, J. Z. M. Bem-estar subjetivo e bem-estar psicológico: avaliação e intervenção em profissionais da segurança pública. 2020. 228f. Tese (Pós-Graduação em Psicologia), Universidade São Francisco, Campinas, 2020. Disponível em: https://www.usf.edu.br/galeria/getImage/427/1281830251784755.pdf. Acesso em: 7 maio 2022.

SIN, N. L.; LYUBOMIRSKY, S. Enhancing well‐being and alleviating depressive symptoms with positive psychology interventions: A practice‐friendly meta‐analysis. Journal of clinical psychology, [s.l.], v. 65, n. 5, p. 467-487, may 2009. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jclp.20593. Acesso em: 7 maio 2022.

SOUZA, R. V. L. de. et al. The positivity dimension of well-being: adaptation and psychometric evidence of a measure. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 24, n. 59, p. 305-312, sep.-dec. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/paideia/a/nfW9mqMY7HV7g3YrCmfvsRs/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 7 maio 2022.

TAYLOR, C. T. et al. Enhancing social connectedness in anxiety and depression through amplification of positivity: preliminary treatment outcomes and process of change. Cognitive therapy and research, [s.l.], v. 44, n. 4, p. 788-800, aug. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/paideia/a/nfW9mqMY7HV7g3YrCmfvsRs/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 7 maio 2022.

VAZQUEZ, A. C. S.; ALMANSA, J. F. F.; FREITAS, C. P. P. de; HUTZ, C. S. Evidência de Validade da Escala Brasileira de Gratidão (B-GRAT) na Psicologia Positiva. Avaliaçao Psicologica: Interamerican Journal of Psychological Assessment, [s.l.], v. 18, n. 4, p. 392-399, 2019. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v18n4/08.pdf. Acesso em: 7 maio 2022.

VIANA, C. T. R. Efeitos de um programa integrado de mindfulness e inteligência emocional sobre o bem-estar, a positividade e o stress percebido no trabalho. 2014. 140f. Tese (Pós-Graduação em Psicologia) - Universidade de Évora, Évora, 2014. Disponível em: https://dspace.uevora.pt/rdpc/handle/10174/20826. Acesso em: 7 maio 2022.