DIZER-SE NEGRO COMO ATO/DESAFIO: ASPECTOS AUTODECLARATÓRIOS DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Resumo
O presente artigo versa sobre os resultados de uma pesquisa autodeclaratória étnico-racial desenvolvida com estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul, CETEPES - BA. A pesquisa foi elaborada com questionários baseados no senso do IBGE (2013) sobre as características étnico-raciais da população brasileira e visou compreender como os discentes percebem as desigualdades raciais e em que medida as características de cor, patrimônio fenotípico, ideologia política, tradição cultural, origem familiar e classe social incidem sobre o ato de dizer-se pertencentes a determinado grupo étnico-racial. Os resultados obtidos na pesquisa foram comparados com dados nacionais, estaduais e analisados segundo o contexto histórico, social e regional dos discentes.
Downloads
Referências
ARAÚJO, Emanoel. Negras memórias: imaginário luso-afro-brasileiro e a herança da escravidão. Estudos avançados: São Paulo, n. 18, p. 242 – 250, 2004.
AZEVEDO, Aloísio T. G. O Mulato. São Paulo: Ática, 2003.
AZEVEDO, Thales. Cultura e situação racial no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
BAHIA. Secretaria de promoção da igualdade. Cartilha de promoção da igualdade de Gênero e raça no trabalho. Salvador, 2010.
BRASIL. Características étnico-raciais da população: um estudo das categorias de classificação de cor ou raça. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.
BERNARDO, Teresinha. Racismo e educação: um conflito constante. UFScar – Contemporânea: Santa Catarina, v. 05, n. 1, p. 191-205, 2015.
CARMO, Alane F. Colonização e escravidão na Bahia: A colônia de Leopoldina (1850 – 1888). 2010. 139 f. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.
CHAUY, Marilena. Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.
D’ADESKY, Jacques. Anti-racismo, liberdade e reconhecimento. Rio de Janeiro: Daudt, 2006.
__________________. Racismo e anti-racismo no Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2001.
DOMINGUES, Petrônio J. Negros de almas brancas? A ideologia de branqueamento no interior da comunidade negra de São Paulo, 1915 – 1930. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, ano 24, nº 3, p. 563 – 599, 2002.
FANON, Frantz. Pele Negra Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
FERNANDES, Florestan. A Integração do Negro na Sociedade de Classes. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1978.
Gênero e Diversidade na Escola (GDE). E-CLAM Formação em Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos, 2009, web, 17 de agosto de 2010, < http://www.e-clam.org/publicacoes.php>.
GOMES, Liliane Maria Fernandes Cordeiro. Helvécia: homens, mulheres e eucaliptos (1980-2005). 229 f. Dissertação de Mestrado. Departamento de Ciências Humanas, Universidade do Estado da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2009.
GUIMARÃES, Antônio S. A. Raça cor, cor da pele e etnia. Cadernos de Campo, São Paulo, n. 20, p. 265 – 271, 2011.
IBGE: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18319-cor-ou-raca.html >acessado em 22/01/2020.
_____: Estudo e pesquisas: informação demográfica e socioeconômica. Brasil, n. 41, 2019. Link: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf
_____: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/teixeira-de-freitas > acessado em 01/07/2020
MUNANGA, Kabenguele. Uma abordagem conceitual do sentido de raça, racismo, identidade e etnia. Palestra proferida no 3º Seminário Nacional Relações Raciais e Educação-PENESB-RJ, 05/11/03.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito Racial de Marca e Preconceito Racial de Origem. Tempo social - Revista de sociologia da USP, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 287 – 308, 2006.
PNAD. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese dos indicadores de 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
PETRUCCELLI, José Luis; SABIOA, Ana Lucia (Org.). Características Étnico-Raciais da População: Classificação e Identidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
SANTANA, Gean, Paulo, Gonçalves. Vozes e versos quilombolas umas poética identitária em Helvécia. 265 f. Tese de doutorado interdisciplinar, Programa de pós-graduação em estudos e linguagens, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2014.
SARTRE, Jean-Paul. Orfeu Negro. In: Reflexões sobre o racismo. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1960.
SCHWARCZ, Lilia M. Nem preto nem branco, muito pelo contrário. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
SILVA, Maria N. O negro no Brasil: um problema de raça ou de classe? Revista Mediações, Londrina, vol. 5, n. 2, p. 99-124, dezembro de 2000.
SILVA, Nelson. Uma nota sobre raça social no Brasil. In: Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, n. 26, p. 67 – 80, 1994.
VON MARTIUS, C. F. P. Como se deve escrever a história do Brasil. Revista Trimensal de Hitoria e Geographia ou Jornal do Instituto Historico e Geographico Brazileiro, Rio de Janeiro, n. 24, p. 381 – 402, Janeiro de 1845. Disponível em: http://brasilindependente.weebly.com/uploads/1/7/7/1/17711783/von_martius_como_se_deve_escrever_a_historia_do_brasil_1845.pdf
Copyright (c) 2021 Teoria e Prática da Educação
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista Teoria e Pratica da Educação o direito de primeira publicação
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados.