SINDROME UVEODERMATOLÓGICA CANINA: REVISÃO DE LITERATURA

  • Carlos Eduardo Fonseca-Alves Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - UNESP, Botucatu, SP - Brasil.
  • Juliano Nobrega Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - UNESP, Botucatu, SP - Brasil.
  • Renée Laufer-Amorim Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - UNESP, Botucatu, SP - Brasil.
  • Veridiana Maria Brianezi Dignani De Moura Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ), Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brasil.
Palavras-chave: auto-imune, canino, linfócito T, melanócitos

Resumo

A síndrome uveodermatológica (SUD) é um distúrbio autoimune caracterizado por lesões cutâneas associadas à uveíte, sendo descrito em humanos e cães domésticos. A etiologia está relacionada à resposta autoimune mediada por linfócitos T contra melanócitos e proteínas formadoras de melanina associam-se à fisiopatologia da afecção. Quando diagnosticada tardiamente, pode resultar em cegueira permanente. Para fins diagnósticos são considerados os sinais clínicos associados aos achados histopatológicos das lesões cutâneas. Após o diagnóstico definitivo deve-se instituir protocolo terapêutico adequado para controlar a doença. Dentre as opções disponíveis destacam-se a administração tópica, oral ou intravenosa de corticosteroides, ciclosporina, antimetabólitos e agentes alquilantes. O prognóstico da função visual depende do tempo desde o diagnóstico e início do tratamento imunossupressor, no entanto, a maioria dos animais perde a visão devido ao diagnóstico tardio. As lesões dermatológicas tendem a persistir, podendo ser permanentes. Alguns pacientes necessitam de terapia sistêmica durante anos, sendo esse controle dependente da complacência do proprietário. O objetivo deste artigo de revisão é apresentar aspectos clínicos, histopatológicos e terapêuticos da síndrome uveodermatológica canina.

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Biografia do Autor

Carlos Eduardo Fonseca-Alves, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - UNESP, Botucatu, SP - Brasil.
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Goiás (2004-2008), Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais pela Faculdade UPIS (2009-2011) e Mestrado em Medicina Veterinária (Clínica Veterinária - Área Oncologia Veterinária) pela Universidade Estadual Paulista - Julio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Botucatu (2011-2013). Atualmente é aluno do programa de Pós Graduação nível Doutorado em Medicina Veterinária (Clínica Veterinária) na Universidade Estadual Paulista - Julio de Mesquita Filho (UNESP), campus de Botucatu. Associate Member of the American Association for Cancer Research. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Médica de Pequenos Animais (caninos e felinos), Anatomia Patológica de pequenos animais (cães e gatos) e Oncologia Clínica, Molecular e Comparada. Atua principalmente nos seguintes temas: Dermatologia, Hepatologia, Nefrologia, Oncologia, Imuno-histoquímica, Oncogenes, Genes de Supressão Tumoral e Mecanismos Epigenéticos do Câncer..
Publicado
2015-03-14
Como Citar
Fonseca-Alves, C. E., Nobrega, J., Laufer-Amorim, R., & De Moura, V. M. B. D. (2015). SINDROME UVEODERMATOLÓGICA CANINA: REVISÃO DE LITERATURA. Revista De Ciência Veterinária E Saúde Pública, 1(2), 125-134. https://doi.org/10.4025/revcivet.v1i2.20387
Seção
Artigo de revisão à convite do corpo editorial