Práticas de resistência de alunos em uma escola pública: uma outra possiblidade de ver a indisciplina e a ‘defasagem’ de aprendizagem
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar práticas de resistência que alunos/as desenvolvem contra os efeitos das relações de poder vigentes em uma escola pública. A análise toma como referência o campo teórico pós-estruturalista, entendendo-se com Foucault que, onde há relações de poder, há práticas de resistência e que estas nunca se encontram em relação de exterioridade ao poder; ao contrário, as práticas de resistência ocorrem ali mesmo onde há relações de poder. Nesta perspectiva, tanto as relações de poder quanto as práticas de resistência são produtivas e têm um potencial de criação e transformação. Por meio da análise de entrevistas com professores/as e da observação dos/as alunos/as, mostramos que aquilo que a escola entende como comportamento indisciplinado e como defasagem de aprendizagem dos conteúdos das propostas curriculares pode também ser visto como práticas de resistência de alunos/as à homogeneidade exigida na escola. Esses movimentos de resistência possibilitam criar espaços de tensão, de fissuras, de desestabilização e transformação nas relações de poder instituídas. Desse modo, entendemos o contexto escolar além dos dispositivos de controle e normalização, ou seja, a escola constitui-se como um espaço privilegiado de práticas de liberdade.
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