A persistência da Europa como medida da modernidade
Português (Brasil)

Palavras-chave

Modernidade
Colonialidade
Jürgen Habermas

Como Citar

OLIVEIRA, M. de J. A persistência da Europa como medida da modernidade: a propósito da epopeia habermasiana. Revista Aurora, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 169–182, 2018. DOI: 10.36311/1982-8004.2018.v11n1.10.p169. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/7305. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

O objetivo do presente trabalho é apresentar as relações entre eurocentrismo como padrão cognitivo imperial e o pensamento social de Jürgen Habermas. Tal análise será levada a cabo pela discussão do método comparativo bastante comum à tradição das ciências sociais europeias e cujo uso em Habermas torna possível entrever o monismo universalista característica de sua teoria em que a Europa é tomada como norma, significante mestre, medida de todas as outras sociedades e civilizações do mundo. Para desenvolver o objetivo delineado, foram escolhidas, basicamente, duas obras, uma dos anos de 1980 e outra do início do século XXI com o intuito de mostrar como a narrativa habermasiana se mantém basicamente presa ao que designamos por padrão cognitivo imperial europeu pela qual se entreve uma geopolítica de classificação da população mundial cuja dinâmica se iniciou em 1492 com a conquista da América.

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2018.v11n1.10.p169
Português (Brasil)

Referências

ASAD, Talal. Formations of secular: Christianity, Islam, Modernity. Stanford: Stanford University Press, 2003.

ASAD, Talal (org.). Anthropology and colonial encounter. Atlantic Highlands, NJ: Humanities Press International, Inc., and Reading, UK: Ithaca Press, 1973.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BHAMBRA, Gurminder K. Rethinking modernity: Postcolonialism and the sociological imagination. London: Palgrave, 2007.

BHAMBRA, Gurminder K. Connected sociologies. London/New York: Bloomsbury Publishing, 2014.

CHAKRABARTY, Dipesh. Provincializing Europe: postcolonial thought and historical difference. USA: Princeton University Press, 2000.

CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2011.

CONNELL, Raewyn. Southern Theory: the global dynamics of knowledge in social science. Cambridge: Polity, 2007.

DIOP, Cheik Anta. The black origins of civilization: myth or reality. New York/ Westport: Lawrence Hill & Company, 1974.

DERRIDA, Jacques. Canallas: dos ensayos sobre la razón. Madrid: Trotta, 2005.

DERRIDA, Jacques. Gramatologia. São Paulo: Perspectiva, 2008.

DUSSEL, Enrique. The underside of modernity: Apel, Ricoeur, Rorty, taylor, and the philosophy of liberation. Atlantic Highlands, NJ: Humanities Press International, 1996.

DUSSEL, Enrique. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

HABERMAS, Jürgen. Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.

HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo, 1: racionalidade da ação e racionalização social. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo, 2: sobre a crítica da razão funcionalista. São Paulo: Martins Fontes, 2012b.

HABERMAS, Jürgen. O Ocidente divido: pequenos escritos políticos X. Trad. Bianca Tavolari. São Paulo: Editora UNESP, 2016.

FABIAN, Johannes. Time and the other: how anthropology makes its objects. USA: Columbia University Press, 2002.

GUHA, Ranajit. “Prefacio a los estudios subalternos”. In: FREIRE, Raúl Rodríguez (comp.). La (re) vuelta de los estudios subalternos. Santiago: Qillqa : Universidad Católica del Norte : Ocho Libros Editores, 2011.

GUHA, Ranajit. “Sobre algunos aspectos de la historiografia colonial de la India”. In: FREIRE, Raúl Rodríguez (comp.). La (re)vuelta de los estudios subalternos. Santiago: Qillqa : Universidad Católica del Norte : Ocho Libros Editores, 2011b.

LANDER, Edgardo. “Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos”. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

LEIRIS, Michel. A África fantasma. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.

MALDONADO-TORRES, Nelson. “A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento: modernidade, império e colonialidade”. In: SANTOS, Boaventura de Souza & MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

MBEMBE, Achillle. On the postcolony. Berkeley/Los Angeles: University of California Press, 2001.

MIGNOLO, Walter. The darker side of the Renaissance: literacy, territoriality and colonization. USA: Michigan State University, 2003.

MIGNOLO, Walter. The darker side of western modernity: global futures, decolonial options. Durham/ London: Duke University Press, 2011.

MIGNOLO, Walter. Local histories/global designs: coloniality, subaltern knowledge and border thinking. Berkeley: Princeton University Press, 2012.

QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade del poder, eurocentrismo y América Latina”. In: Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidade/descolonialidad del poder. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2014.

SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

SAKAI, Naoki. Modernity and its critiques: the problem of universalism and particularism. The South Atlantic Quartely 87 (3), pp. 475-504, 1988.

SANTOS, Boaventura de Souza. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2010.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Crítica de la razón poscolonial: hacia una historia del presente evanescente. Madrid: Ediciones Akal, 2010.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG, 2011.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. En otras palavras, en otros mundos: ensayos sobre política cultural. Buenos Aires: Paidos, 2011b.

TROUILLOT, Michel. Global transformations: anthropology and the modern world. New York: Palgrave Macmillan, 2003.

WALLERSTEIN, Immanuel. Impensar a ciência social: os limites dos paradigmas do século XIX. São Paulo: Ideias e Letras, 2006.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Revista Aurora

Downloads

Não há dados estatísticos.