Epidemiologia de abcessos cervicais profundos submetidos a cirurgia num hospital terciário português

Autores

  • João Viana Pinto Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de São João, EPE, Porto; Unidade de Otorrinolaringologia, Departamento de Cirurgia e Fisiologia, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), Porto
  • António Andrade Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de São João, EPE, Porto; Unidade de Otorrinolaringologia, Departamento de Cirurgia e Fisiologia, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal
  • Fernando Vales Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de São João, EPE, Porto; Unidade de Otorrinolaringologia, Departamento de Cirurgia e Fisiologia, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal
  • Carla Pinto Moura Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar Universitário de São João, EPE, Porto; Serviço de Genética Médica, Centro Hospitalar Universitário S. João/Faculdade Medicina da Universidade do Porto; I3S, Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.2081

Palavras-chave:

Infeção Cervical Profunda, Mediastinite

Resumo

Objetivo: Avaliar dados epidemiológicos e fatores preditivos de mediastinite em abcessos cervicais profundos (ACP) submetidos a cirurgia.
Desenho de Estudo: Observacional retrospetivo.
Material e Métodos: Avaliação de adultos com ACP submetidos a cirurgia de janeiro de 2015 a dezembro de 2021 no serviço de Otorrinolaringologia de um hospital terciário português.
Resultados: Foram incluídos 165 doentes com uma idade média de 48,5 anos. O espaço cervical envolvido mais frequentemente foi o espaço submandibular (60,6%) e a etiologia mais comum foi a infeção odontogénica (51,5%). Os microrganismos isolados mais frequentemente em pacientes com e sem mediastinite foram da espécie Streptococcus spp. Ocorreu evolução para mediastinite em 20 (12,1%) doentes. Numa análise multivariada, a presença de abcesso bilateral (p=0,015) e o aumento do rácio de neutrófilos para linfócitos (NLR) (0,037) associaram-se à evolução para mediastinite.
Conclusão: A presença de abcesso bilateral e o aumento do NLR são os fatores preditivos mais importantes na evolução para mediastinite.

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Publicado

26-12-2023

Como Citar

Viana Pinto, J., Andrade, A., Vales, F., & Pinto Moura, C. (2023). Epidemiologia de abcessos cervicais profundos submetidos a cirurgia num hospital terciário português. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 61(4), 367–374. https://doi.org/10.34631/sporl.2081

Edição

Secção

Artigo Original