O perfil epidemiológico das gestantes notificadas com sí­filis no municí­pio do Rio de Janeiro - 2008 a 2017

Autores

  • Luiz Alberto de Freitas Felipe UNIRIO
  • Clarissa Coelho Vieira Guimarães UNIRIO
  • Vanessa Oliveira Ossola da Cruz UNIRIO
  • Michelle Freitas de Souza UNIRIO
  • Roberto Carlos Lyra da Silva UNIRIO
  • Beatriz Gerbassi Costa Aguiar UNIRIO

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v19i1.3366

Resumo

Objetivou-se conhecer incidência da sí­filis em gestantes no municí­pio do Rio de Janeiro e descrever o perfil epidemiológico dos casos de gestantes com sí­filis notificadas nesse municí­pio. Estudo epidemiológico, retrospectivo com abordagem quantitativa. A coleta de dados secundários foi obtida pela base de dados do Sistema de Informação e Agravos de Notificação – SINAN, disponibilizados pelo TABNET – RIO, o perí­odo analisado foi de 2008 a 2017. Os resultados mostraram que no perí­odo registraram-se 22.085 casos de sí­filis em gestantes. A taxa de incidência variou entre 5.31 a 58,87/1.000 nascidos vivos. O estudo revelou que 63,75 % das gestantes notificadas eram pretas ou pardas, com baixa escolaridade (44,28%) e faixa etária entre 15 e 24 anos, 39,32% das gestantes foram diagnosticadas com sí­filis no primeiro trimestre de gestação, e a maioria realizou o tratamento de acordo com protocolo do Ministério da saúde, quanto ao parceiro, apenas 32,66% realizam o tratamento concomitante a gestante. O número de casos notificados é crescente, sugerindo que há uma necessidade de melhoria na assistência ao pré-natal, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Palavras-chave: sí­filis, gestantes, cuidado pré-natal.

Biografia do Autor

Luiz Alberto de Freitas Felipe, UNIRIO

Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Atuação: Enfermeiro da Estratégia de Saúde da Famí­lia do Municí­pio do Rio de Janeiro.

Clarissa Coelho Vieira Guimarães, UNIRIO

Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Atuação: Enfermeira da Força Aérea Brasileira.

Vanessa Oliveira Ossola da Cruz, UNIRIO

Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Michelle Freitas de Souza, UNIRIO

Enfermeira. Especialista em Saúde da Famí­lia. Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Atuação: Enfermeira Federal do Hospital Antonio Pedro.

Roberto Carlos Lyra da Silva, UNIRIO

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Professor Associado II da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Beatriz Gerbassi Costa Aguiar, UNIRIO

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora associada I da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

2020-03-22

Edição

Seção

Artigos originais