MULHERES UNIVERSITÁRIAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ACADÊMICO

Autores

  • Helen Carine de Andrade Faculdade Patos de Minas
  • Michelle Lucas Cardoso Balbino Faculdade Patos de Minas
  • Gilmar Antoniassi Junior Faculdade Patos de Minas https://orcid.org/0000-0002-1809-1380

DOI:

https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A28

Palavras-chave:

Promoção Psicossocial; Violência; Mulheres; Criminologia; Direito; Ambiente Universitário.

Resumo

A presente pesquisa objetiva-se em verificar as vistas acerca da violência contra a mulher no ambiente universitário, com mulheres universitárias de uma instituição privada do interior do Estado de Minas Gerais, Brasil. Por meio de uma narrativa do tipo estudo de caso ao qual utilizou-se como método de coleta de dados a roda de conversa, entre 22 (vinte e duas) estudantes de diferentes cursos ofertados pela instituição de ensino superior. Os resultados evidenciam que 65% das participantes já sofreram algum tipo de violência, dos quais 52% afirmaram ter sofrido assédio sexual na universidade. As participantes revelam terem vividos atos de coerção, desqualificação intelectual, agressão moral e psicológica no espaço acadêmico. Bem como, afirmam não se sentirem seguras no ambiente universitário e apresentarem dificuldades de aprendizagem, depressão, ansiedade e estresse em relação aos espaços acadêmicos. Foi possível constatar neste estudo informações sobre os padrões de ocorrência desses casos, como: os tipos de violência, os locais onde ocorrem e as características dos agressores, o que ajuda a identificar as áreas de risco e a desenvolver estratégias para prevenção e intervenção, a fim de criar um ambiente mais seguro e igualitária para todas as mulheres no contexto universitário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amorim, B. M., & Mazon, M. S. (2023). A violência simbólica e o sofrimento psíquico em jovens estudantes universitárias. In Caponi, S., Mazon, M. S., Vasquez, M. F., & Brzozowski, F. S. Saberes expertos e medicalização no domínio da infância e da juventude. (v. 2, pp. 117-120). LiberArs.

Antoniassi Júnior, G., & Santos, L. H. (2016). A análise da inserção do psicólogo em grupo comunitário: um referencial do CRAS. Revista Saúde e Educação, 1(1), 08-31.

Antoniassi Júnior, G., Gomes, G. A., Beretta, R. C. S., & Figueiredo, G. L. A. (2018). Psicodrama na promoção da saúde e do bem-estar: experiência de grupo com pacientes oncológicos. Revista Brasileira de Psicodrama, 26(2), 133-139. http://dx.doi.org/10.15329/2318-0498.20180035

Antoniassi Júnior, G., Figueiredo, G. L. A., & Beretta, R. C. S. (2021). A personalidade feminina e sua dimensão social à luz da psicodrama. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, 10(1), 85-93. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v10i1.3391

Bandeira, L. M. (2017). Trotes, assédios e violência sexual nos campi universitários no Brasil, Gênero, 17(2), 49-79. https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31263

Beiras, A., Moraes, M., Alencar-Rodrigues, R., & Cantera, L. M. (2012). Políticas e leis sobre violência de gênero - reflexões críticas. Psicologia & Sociedade, 24(1), p. 36-45. https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000100005

Brabo, J. C., & Gomes, A. S. A. (2013, 10 a 14 de novembro). Teste de Evocações Semiestruturado Como Ferramenta para o Estudo de Representações Sociais: Possibilidades de Aplicação na Pesquisa em Ensino de Ciências. [Apresentação e publicação de Trabalho nas atas do evento]. IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, São Paulo. https://www.researchgate.net/publication/267267786_Evocation_Semi_Structured_Test_as_a_tool_for_the_study_of_social_representations_possibilities_of_application_to_research_in_science_education.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. (2023). "Precisamos interromper esse ciclo de violência contra as mulheres" diz Helena Piragibe. https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-

Corrêa, M. D. C. (2021). A jurisprudência como categoria social: multiplicações de Deleuze. Revista Direito e Práxis, 12(3), 1895-1923. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2020/48235

Costa, C. B. A., Lopes, B. H. D. R., Silva, V. D. S., & Melo, T. C. D. L. (2019). Violência Doméstica nontra a mulher: uma análise sobre os relatos das vítimas. Ciências Humanas e Sociais, 5(2), 135-150. https://periodicos.set.edu.br/fitshumanas/article/view/6204/3360

Costa, L. M. G., Zucatti, A. P. N., & Dell'Aglio, D. D. (2011). Violência contra a mulher: levantamento dos casos atendidos no setor de psicologia de uma delegacia para a mulher. Estudos de psicologia, 28(2), 219-227. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2011000200009

D’ Oliveira, A. F. (2019). Invisibilidade e banalização da violência contra as mulheres na universidade: reconhecer para mudar. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 23, p. e190650, 2019. https://doi.org/10.1590/Interface.190650.

Delziono, C. R., Taquette, S. R., Carvalho, M. G. O., Coelho, E. B. S., Oliveira, C. S., Warmling, D., & Bolsoni, C. C. (2022). Guia para o manejo de situações de violência doméstica contra a mulher na APS. UFSC. https://unasus.ufsc.br/saudedamulher/files/2022/02/GUIA_ViolenciaMulheres_V4-1.pdf

Garcia, R. M., Campos, C. H., Silva Junior, N. G. S., & Tannuss, R. W. (2020). Sistema de justiça criminal e gênero diálogos entre as criminologias crítica e feminista. CCTA. https://www.ccta.ufpb.br/editoraccta/contents/titulos/direito/sistema-de-justica-criminal-e-genero-dialogos-entre-as-criminologias-critica-e-feminista/livro-ebook.pdf

Gomes, T. R. A. (2021). Violência contra as mulheres nas Universidades Públicas: O que elas têm a dizer? Facebook como espaço de denúncia. [dissertação de Mestrado]. Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho”. https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/educacao_sexual/5835.pdf

Guimarães, G. F., & Stefanini, M. R. (2023). Crimes cibernéticos e a violência contra a mulher: a legislação brasileira no combate aos ataques virtuais, In M. R. Stefanini. (Org.). Direitos e suas aplicabilidades sistêmicas: novos paradigmas. (v. 1, pp. 7895). Científica Digital.

Guimarães, M. C., & Pedroza, R. L. S. (2015). Violência contra a mulher: problematizando definições teóricas, filosóficas e jurídicas. Psicologia & Sociedade, 27(2), 256-266. https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n2p256

Lessa, L. M., & Silva, L. M. (2018). Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres desafios e possibilidades em um projeto de extensão universitária. V Simpósio Gêneros e Políticas Públicas, 5(1), 341-354. https://doi.org/10.5433/SGPP.2018v5.p341

Machado, T. M. G., Carvalho, P. I. N., Brandão, A. S. M., & Vilarinho, M. L. C. M. (2015). A roda de conversa como ferramenta de planejamento de ações: relato de experiência. Revista Gestão & Saúde, 1, 751-761. https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/2707

Mah, Á. C., & Oliveira, W. L. L. (2022). Prevalência e fatores associados à violência por parceiro íntimo em mulheres universitárias do oeste de Santa Catarina. Revista Psicologia em Foco, 14(20), 78-91. https://revistas.fw.uri.br/index.php/psicologiaemfoco/article/download/3845/3213

Melo, T. A. (2014). A violência praticada contra a mulher no âmbito doméstico e familiar: uma análise sob a ótica do princípio da igualdade. [Monografia de Graduação]. Centro Universitário de Brasília. https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/5608/1/20956091.pdf

Moreno, J. L. (2011). Psicodrama (13a. ed.). Cultrix.

Oliveira, B. S. (2018). Direitos da mulher: avanços na legislação e o surgimento da Lei nº 11.340 de agosto de 2006, Lei Maria da Penha. [Monografia de Graduação]. Faculdade de Inhumas. http://65.108.49.104/bitstream/123456789/99/1/BEATRIZ-convertido%20%282%29-compactado.pdf

Organização Mundial da Saúde - OMS. (2018). 162ª Sessão do Comitê Executivo. https://docplayer.com.br/137594688-162-a-sessao-do-comite-executivo.html

Piana, M. C. (2009). A construção do perfil do assistente social no cenário educacional. UNESP; Cultura Acadêmica.

Pinto, D. P., Cruz, E. M. S., Pinto, J. A., Braga, T. S., & Paula, V. C. (2021). A importância da roda de conversa na educação infantil. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 7(6), 1298-1309. https://doi.org/10.51891/rease.v7i6.1637

Rodrigues, A. S. C. (2016). Feminicídio no Brasil: uma reflexão sobre o direito penal como instrumento de combate à violência de gênero. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Universidade Federal Fluminense. https://oasisbr.ibict.br/vufind/Record/UFF-2_114f69ed1b0ac3e6462d4ab1eac9f372

Silva, C. M. (2019). O que querem as mulheres? Uma análise criminológica do feminicídio sob a ótica da mínima intervenção penal. [Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação]. Centro Universitário UNDB. http://repositorio.undb.edu.br/handle/areas/122

Sydow, S. T. (2023). Curso de Direito Penal Informático: partes geral e especial: Edição revista, aumentada e atualizada de acordo com as Leis com considerações da Convenção sobre o Cibercrime e Investigação Defensiva. (4a. ed. pp, 495–497). Editora Juspodivm. JUS2431-Degustacao.pdf (editorajuspodivm.com.br

Timm, F. B., Pereira, O. P., & Gontijo, D. C. (2011). Psicologia, Violência contra Mulheres e Feminismo: em defesa de uma clínica política. Revista Psicologia Política, 11(22), 247-259. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v11n22/v11n22a05.pdf

Downloads

Publicado

22-04-2024

Como Citar

Carine de Andrade, H., Lucas Cardoso Balbino, M., & Antoniassi Junior, G. . (2024). MULHERES UNIVERSITÁRIAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ACADÊMICO. Psicologia E Saúde Em Debate, 10(1), 457–470. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A28

Edição

Seção

Artigo original