Ciências humanas e a esfera pública: uma perspectiva pragmática

Autores

  • Jef Verschueren Universidade da Antuerpia

DOI:

https://doi.org/10.19177/memorare.v7e220207-26

Palavras-chave:

Linguagem, Pragmática, Linguística

Resumo

Este artigo parte das observações de que (i) todo uso de linguagem combina, inevitavelmente, significado explícito e implícito e (ii) todas as línguas têm meios estruturais à sua disposição para marcar significado implícito. Isso parece uma espécie de paradoxo pragmático: se é possível falar sobre “marcadores de implicatura” (um nome geral para todas as construções tradicionais portadoras de pressupostos e implicações, assim como de estratégias geradoras de implicaturas), estamos ainda lidando com implicatura? Adicionalmente, que (i) implicatura absoluta não existe (na medida em que existe, não podemos dizer nada sobre ela), (ii) explicatura e implicatura não são, portanto, opostos absolutos, e (iii) no grau em que a explicatura de marcadores de implicatura (ou “gatilhos” para processos inferenciais que levam a uma compreensão de significado não explicitamente declarado) é bastante variável, buscar-se-á uma solução descritiva e explicativa ao problema do aparente paradoxo em uma matriz tridimensional para explicar a implicatura.

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Publicado

08-09-2020