O propósito deste ensaio é refletir sobre o corpo enquanto manifestação da identidade em relação ao consumo e à modernidade. O corpo constitui-se como biológico, mas a sua dinâmica se insere no social. Suas extensões tais como vestimentas, acessórios, adornos, modificações estéticas, configuram-se como uma necessidade de demarcação da diferença. Em função dos ideais da sociedade moderna são seguidos padrões, dificilmente atingíveis e o corpo tornou-se mais uma mercadoria a ser explorada. Novas necessidades são criadas sucessivamente, e por fim, o indivíduo torna-se refém de seu próprio corpo, e diante dos excessos, carências, e faltas o corpo entra em colapso. Por fim, relaciona-se aos aspectos sociais envolvidos nos transtornos alimentares, especificamente a bulimia e a anorexia, delineando a necessidade de estudos culturais que explorem esses aspectos de maneira interdisciplinar.