Semiótica crítica: materialidades, acontecimento e micropolíticas

Autores

  • Alexandre Rocha da Silva Programa de pós-graduação em comunicação e informação Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • André Corrêa da Silva de Araujo Programa de pós-graduação em comunicação e informação Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583201534.132-145

Palavras-chave:

Semiótica crítica. Materialidades. Acontecimento. Micropolíticas. Pós-estruturalismo.

Resumo

Semiótica crítica: materialidades, acontecimento e micropolíticas têm por objetivo principal discutir a tese de que a linguagem é antes uma questão de política que de linguística. Para tanto, adota alguns procedimentos. Em primeiro lugar, caracteriza três fases do desenvolvimento da semiótica no século XX: a da descoberta, com Saussure e Peirce; a dos modelos e classificações; e a da crítica pós-estruturalista, foco deste estudo. Em segundo lugar, no âmbito desta crítica pósestrutural, caracteriza alguns vetores que sustentam o projeto de uma semiótica crítica: as materialidades, o acontecimento e as micropolíticas. Com tais relações problematizadas, o artigo procurou demonstrar que, reformulada, a semiótica permanece uma epistemologia em movimento contínuo de autogeração, aberta a críticas que a fizeram diferenciar-se de si para responder às questões postas aos problemas da linguagem e da comunicação no tempo presente.

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Biografia do Autor

Alexandre Rocha da Silva, Programa de pós-graduação em comunicação e informação Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Alexandre Rocha da Silva possui graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994), mestrado em Semiótica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1999), doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003), doutorado-sanduíche em Sémiotique - Centre d Étude de La Vie Politique Française (2002) e pós-doutorado na Universite de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (2005-6). Atualmente é pesquisador do CNPq (bolsista produtividade), professor e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Semiótica, Teorias da Comunicação, Audiovisualidades e Micropolíticas. Autor de A dispersão na semiótica das minorias e Comunicação e minorias, também participou da organização de livros, entre os quais Imagem e tecnologias da representação, Audiovisualidades da cultura, Do audiovisual às audiovisualidades: convergência e dispersão nas mídias, Percursos semióticos: significação, codificação, semiose e interface, Semiótica da comunicação, Semiótica e linhas de fuga. Foi editor das revistas Rastros e Em Questão, e sub-editor da Revista Fronteiras. Atualmente é editor da Revista Intexto, coordenador do Grupo de Pesquisa Semiótica da Comunicação da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e coordenador do Diretório CNPq Semiótica e culturas da comunicação (GPESC).

André Corrêa da Silva de Araujo, Programa de pós-graduação em comunicação e informação Universidade Federal do Rio Grande do Sul

André Corrêa da Silva de Araujo é Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vinculado ao Grupo de Pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação, atualmente cursa o Mestrado, integrando o PPG em Comunicação e Informação da UFRGS na linha de pesquisa Cultura e Significação

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Publicado

2015-12-17

Como Citar

da Silva, A. R., e A. C. da S. de Araujo. “Semiótica crítica: Materialidades, Acontecimento E micropolíticas”. Intexto, nº 34, dezembro de 2015, p. 132-45, doi:10.19132/1807-8583201534.132-145.