ALTERIDADE, ESPIRITUALIDADE E EXOTISMO: DA MÚSICA CELTA AO PSYTRANCE

Conteúdo do artigo principal

Daniela Cordovil

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo propor uma análise das interseções entre música, alteridade e espiritualidade, a partir de uma comparação entre dois estilos musicais, a música Celta e o Psytrance. Ambos surgem da valorização e do aumento de interesse em culturas e práticas ligadas à natureza e a um imaginário do primitivo enquanto puro. O consumo de música ligada a este imaginário está associado a um estilo de vida naturalista, esotérico e místico, construído a partir de referências na contracultura. Para os consumidores destes estilos, as práticas e vivências comunais associadas à música adquirem um significado ritual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
CORDOVIL, D. ALTERIDADE, ESPIRITUALIDADE E EXOTISMO: DA MÚSICA CELTA AO PSYTRANCE. Revista Fragmentos de Cultura - Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, Goiânia, Brasil, v. 29, n. 4, p. 778–787, 2020. DOI: 10.18224/frag.v29i4.7398. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/view/7398. Acesso em: 28 abr. 2024.
Seção
Artigos / Articles
Biografia do Autor

Daniela Cordovil, Universidade do Estado do Pará/ Universidade Nova de Lisboa

Professora Adjunta da Universidade do Estado do Pará. Investigadora da Universidade Nova de Lisboa. Doutora em Antropologia Social pela Universidade de Brasília

Referências

BACEGA, Marcus. “Entre a Mito-Poiese e a Reprodutibilidade Técnica: a Matéria da Bretanha na Era do Capital”. Revista Signum, 2010, vol. 11, n. 1. Pp 316-341.

BARCHAN, Ruth; JOHNSTON, Jay. “New Age artworks: portrait of a puzzle”. Culture and Religion, 2018, 19.1: 20-39.

BELLO, Raquel. “Discursos Religiosos, Recriação Histórica e “Cultura do Caminho” nos Caminhos de Santiago. Revista Mosaico, v. 7, n. 1, p. 35-44, jan./jun. 2014.

BRANCO, Jorge Freitas. “Festivalização e Políticas Públicas: Lorient, o FIL e uma leitura lusitana”. Revista Anthropológicas. Ano 19, n. 26, vol. 2. Pp.215-227, 2015.

CHASE, Chistopher. “Be Pagan Once Again”: Folk Music, Heritage, and Socio-sacred Networks in Contemporary American Paganism. The Pomegranate, n.8, vol. 2. Pp 146-160, 2006.

COBERT, John. “Experimental Oriental: new Music and other Others”. In: BORN, Georgina; HESMONDHALGH David. Western Music and Its Others: Difference, Representation, and Appropriation in Music. University of California Press. 2000.

CUSAK, Carole. “Charmed Circle: Stonehenge, Contemporary Paganism, and Alternative Archaeology”. Numen, v.59. Pp. 138–155, 2012.

FIRTH, Simon. “The Discourse of World Music”. In: BORN, Georgina; HESMONDHALGH David. Western Music and Its Others: Difference, Representation, and Appropriation in Music. University of California Press. 2000.

HANEGRAAFF, Wouter J. New age spiritualities as secular religion: A historian's perspective. Social Compass, 1999, 46.2: 145-160.

JIMENEZ-ESQUINAS, Guadaloupe. Las meigas: la transformación de un estigma en recurso patrimonial. Revista de Dialectología y Tradiciones Populares. Vol 68, No 1, 2013.

MAC COY, Narelle. “The rise of the celtic ciber-diaspora: the influence of the “New Age” on internet pagan communities and the dissemination of “Celtic Music”. In: WESTON, Donna and BENNETT, Andy. Pop Pagans: Paganism and Popular Music. London, Routledge, 2014, 176-88.

MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades pós-modernas. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

MAGNANI, J. G. C. Xamãs na Cidade. In: Revista Usp, 67 (2005): 218-227.

MELO, Sara. “Santa Maria da Feira: A função das artes de rua para a definição e projecção de uma política cultural local”. Actas dos ateliers do Vº Congresso Português de Sociologia Sociedades Contemporâneas: Reflexividade e Acção. Atelier: Artes e Culturas.

MENDES, Ana Catarina. Peregrinos a Santiago de Compostela: Uma Etnografia do Caminho Português. Universidade de Lisboa. Mestrado em Antropologia, 2009.

MIDDLETON, Richard. “Musical Bellongings: Western music and its low others”. In: BORN, Georgina; HESMONDHALGH David. Western Music and Its Others: Difference, Representation, and Appropriation in Music. University of California Press. 2000.

PORTER, James. “Introduction: Locating Celtic music (and song)”. Western folklore, 1998, 57.4: 205-224.

SAGE, Vanessa. “Encountering the Wilderness, Encountering the Mist: Nature, Romanticism, and Contemporary Paganism”. Anthropology of Consciousness, Vol. 20, Issue 1. Pp. 27–52, 2009.

SAMARTIM, Roberto. “Bases de dados para o estudo da cultura: apresentação do catalogador e possibilidades de abordagem sobre o corpus documental do Projeto Caminho de Santiago”. Projeto de investigação “Discursos, imagens e práticas culturais sobre Santiago de Compostela como meta dos caminhos de Santiago”, subsidiado polo Ministerio de Economía y Competitividas do Gobierno de España entre 2013 e 2016.

SIMÕES, Dulce. “Power, Identity and Music: The Santulhão Celtic Music Festival. In: 17 th Biennial Conference of the International Association for the Study of Popular Music. Bridge Over Troubled Waters: Challenging Orthodoxies, Gijón, Spain, 24-29 June 2013.

ST JOHN, Graham (ed.). Rave culture and religion. Routledge, 2004.

ST JOHN, Graham. “Neotrance and the psychedelic festival”. Dancecult: Journal of Electronic Dance Music Culture, 2009, 1.1.

ST JOHN, Graham. Global tribe: technology, spirituality and psytrance. Equinox, 2012.

TAYLOR, Charles. Uma era secular. São Leopoldo: Ed. da Unisinos, 2010.

TURNER, Vitor. O Processo Ritual, estrutura e anti-estrutura. Petrópolis: Vozes, 2013. SANTOS, Ana Cristina. “Comunidades Alternativas”: trilhas entre cuidados ecológicos e o cuidado de si. In: Anais do XI Congresso Luso-afro-brasileiro de Ciências Sociais. UFBA, Salvador, 2011.

WEBER, Max. “A Ciência como vocação”. In: ____ Ciência e política. Duas vocações. 16ª ed. tradução de Leônidas Hegenberg e Octany Silveira da Mota. – São Paulo: Editora Cultrix, 2000.