Escritos sobre tecnologias e políticas educacionais no Brasil: uma análise dos trabalhos publicados pela Anped e RBPAE (2000-2013) / Technologies and educational policies in Brazil: analysis of the texts published by Anped and RBPAE (2000-2013)

Autores/as

  • Fernando Cesar Sossai Profesor Departamento de Historia y Diseño (Univille/Brasil); Doctorando en Educación, Comunicación y Tecnologías (Udesc/Brasil).
  • Viviane Grimm Profesora del Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC/Brasil), Campus Jaraguá de Sul; Doctoranda en Educación, Comunicación y Tecnologías (UDESC/Brasil).
  • Carla Cristiane Loureiro Profesora del Colégio de Aplicação de la Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Brasil); Doctoranda en Educación, Comunicación y Tecnologías (UDESC/Brasil).

DOI:

https://doi.org/10.17398/1695-288X.15.3.39

Palabras clave:

Educação, Comunicação e Tecnologia, Política Educacional, Enfoque Epistemológico de Políticas Educacionais, Campo Educacional / Education, Communication and Technology, Educational Policy, Approach of Educational Policy Epistemologies (EEPE), Educational

Resumen

Neste artigo, analisamos textos publicados no Brasil que cruzam discussões sobre políticas educacionais e tecnologias da informação e comunicação, tomando como referência o Enfoque Epistemológico de Políticas Educacionais-EEPE, um procedimento teórico-metodológico sugerido por pesquisadores latino-americanos dedicados à análise de políticas educacionais. Para tanto, utilizamos como material empírico as pesquisas socializadas nos Grupos de Trabalho 05 (Estado e Política Educacional) e 16 (Educação e Comunicação) da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação e na Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, divulgadas entre os anos de 2000 e 2013. Inicialmente, apresentamos as premissas do artigo e uma reflexão acerca da constituição dos campos de conhecimento em estudo. Na sequência, explicitamos os elementos de análise do material empírico, bem como promovemos uma reflexão acerca das concepções de tecnologia, do debate sobre política educacional, das temáticas presentes e dos aspectos epistemológicos recorrentes nos textos pesquisados. Ao final, concluímos o artigo ponderando sobre as possibilidades e os limites epistemológicos do EEPE, bem como sistematizando os elementos que se sobressaíram nas publicações analisadas. Entre os principais resultados do estudo, destacamos a dificuldade/economia de teoria evidenciada nas elaborações intelectuais que reivindicam para si o epíteto de estudo em política educacional e em tecnologia.

Abstract

In this article, papers that intersect issues related to Educational Policies and Communication and Information Technologies in Brazil are analysed taking into consideration the Approach of Educational Policy Epistemologies (EEPE), a theoretical and methodological approach suggested by Latin American researches dedicated to analysing educational policies. Therefore, socialized research in the working Group 05 (State and Educational Policies) and 16 (Education and Communication) from Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) and in Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação (RBPAE) disclosed in 2000 and 2013 were used as empirical materials. Firstly, assumptions of the article and reflections about the history of the knowledge fields were presented. Then, the elements of analysis which are used to discuss when we analysis the empirical material, as well as considerations about the conceptions of technology, on the educational policies discussion, its repeating themes and the epistemological aspects observed in the papers researched were explained. So, we conclude the text with observation about the possibilities and the limits of the EEPE, as well as was finished systematizing the elements which stand up in the publications analyzed. Among the main results, it is focused on the scarcity of theories which are the base of intellectual discussion that claims for itself the epithet of the study in educational policy and in technology.

Biografía del autor/a

  • Fernando Cesar Sossai, Profesor Departamento de Historia y Diseño (Univille/Brasil); Doctorando en Educación, Comunicación y Tecnologías (Udesc/Brasil).

    Possui graduação em História pela Univille e mestrado em Educação pela Udesc. Atualmente está cursando o doutorado em Educação (linha de pesquisa em Educação, Comunicação e Tecnologia) também nessa última instituição. É professor de Teoria da História e de História do Brasil no curso de História; de Estética no curso de Design; e de Antropologia no curso de Gastronomia da Univille. Tem experiência nas áreas da Educação, História e Design, com ênfase em estudos sobre: Currículo, Tecnologias da Informação e Comunicação, Ensino de História, História Oral, Cidade, Estética.


  • Viviane Grimm, Profesora del Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC/Brasil), Campus Jaraguá de Sul; Doctoranda en Educación, Comunicación y Tecnologías (UDESC/Brasil).

    Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da UDESC, Mestre em Educação (2009) e graduada em Pedagogia (2005), ambos pela FURB. Professora efetiva do IFSC - Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Jaraguá de Sul, atuando em disciplinas da área de formação de professores. Tem desenvolvido pesquisa em educação com ênfase nos seguintes temas: discursos pedagógicos, políticas educacionais, tecnologias educativas e currículo.


  • Carla Cristiane Loureiro, Profesora del Colégio de Aplicação de la Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Brasil); Doctoranda en Educación, Comunicación y Tecnologías (UDESC/Brasil).

    Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina, Mestre em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professora efetiva do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina. Atuando principalmente nos seguintes temas: educação, ensino fundamental, infância e tecnologia.

Referencias

Aguiar, M. A. S. (2011). Formação em gestão escolar no Brasil nos anos 2000: políticas e práticas. Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, 27(1), 1-152.

Azevedo, E.; Gonzalez, W. R. C. (2013). O Projeto Nave: análise da relação público-privada. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Goiânia, GO, Brasil, 36. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_aprovados/gt05_trabalhos_pdfs/gt05_2753_texto.pdf

Bachelard, G. (1996). A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto.

Ball, S. J. (2006). Sociologia das políticas educacionais e pesquisa crítico-social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e da pesquisa em política educacional. Currículo sem Fronteiras, 6(2), 10-32.

Ball, S. J. (2009). Entrevista com Stephen J. Ball: um diálogo sobre justiça social, pesquisa e política educacional. Educação e Sociedade, 30(106), 303-318.

Barreto, E. S. S. (2011). Políticas e práticas de formação de professores da educação básica no Brasil: um panorama nacional. Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, 27(1), 1-152.

Barreto, R. G. et al. (2006). As tecnologias da informação e da comunicação na formação de professores. Revista Brasileira de Educação, 11(31), 32-42.

Borges, M. K.; Girardello, G.; Fischer, R. M. B. (2012). Educação, comunicação e tecnologias: perspectivas e desafios para a pesquisa e a formação de professores. En E. M. M. P. Mullin e N. A. N. Berbel (Eds.), Pesquisas em educação: inquietações e desafios. Londrina: Editora da UEL.

Bourdieu, P. (1983). Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero.

Bourdieu, P. (2004). Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Editora da Unesp.

Bourdieu, P. (2007). Razões práticas: sobre a teoria da ação. 8. ed. Campinas: Papirus.

Bourdieu, P.; Chamboredon, J. C.; Passeron, J. C. (2004). Ofício de sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis: Vozes.

Castro, A. M. D. A. (2002). Descentralização e autonomia: limites e possibilidades de um programa de formação de professores. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Caxambu, MG, Brasil, 25. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://25reuniao.anped.org.br/texced25.htm#gt5

Castro, M. C. (2011). Leituras do ProInfo integrado na rede pública de ensino do estado do Rio de Janeiro. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Natal, RN, Brasil, 34. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://www.anped.org.br/app/webroot/34reuniao/images/trabalhos/GT16/GT16-1035%20int.pdf

Feenberg, A. (2003). O que é a filosofia da tecnologia? Conferência pronunciada para os estudantes universitários de Komaba, sob o título de «What is philosophy of technology?». Tradução de Agustín Apaza. Recuperado em 1.º setembro, 2015, de http://www.sfu.ca/~andrewf/Feenberg_OQueEFilosofiaDaTecnologia.pdf

Feenberg, A. (2009). Entrevista a Pablo Rubén Mariconda e Fernando Tula Molina. Scientia Studia, 7(1), 165-171.

Foucault, M. (2010). Sobre as maneiras de escrever a história: entrevista a R. Bellour. Em M. B. Motta (Ed.). Ditos e escritos II: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento (pp. 62-77). Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Garcia, W. (Ed.) (1995). Inovação educacional no Brasil: problemas e perspectivas. São Paulo: Autores Associados.

Gomes, A. M.; Santos, A. L. F. dos; Melo, D. B. L. (2009). Escola de gestores: política de formação em gestão escolar. Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, 25(2), 185-384.

Gonzáles, S. N. S. (2002). Modernización o maquillaje? Reflexiones sobre la incorporación de las nuevas tecnologías en la educación argentina. Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, 18(1), 1-152.

Linhares, R. N.; Ferreira, S. L. (2012). Reflexões sobre o perfil tecnológico dos professores do núcleo de Itabaiana/Sergipe no curso de formação para ProUCA. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Porto de Galinhas, PE, Brasil, 35. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT16%20Trabalhos/GT16-1892_int.pdf

Mainardes, J. (2009). Análise de políticas educacionais: breves considerações teórico-metodológicas. Contrapontos, 9(1), 4-16.

Mainardes, J.; Gandin, L. A. (2013). A abordagem do ciclo de políticas como epistemologia: usos no Brasil e contribuições para a pesquisa sobre políticas educacionais. Em C. Tello e M. Almeida (Eds.). Estudos epistemológicos no campo da pesquisa em política educacional. Campinas: Mercado de Letras.

Martins, A. M. (2007). Gestão da escola pública e informática na educação: análise de um programa. Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, 23(3), 409-576.

Pereira, G. R. M.; Andrade, M. C. L. (2005). A construção da administração da educação na RBAE (1983-1996). Educação & Sociedade, 26(93), 1393-1411.

Pesce, L. (2008). A problemática do tempo nos programas de formação docente online. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Caxambu, MG, Brasil, 31. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://31reuniao.anped.org.br/1trabalho/GT16-3962--Int.pdf

Pesce, L. (2013). O Programa Um Computador por Aluno no estado de São Paulo: confrontos e avanços. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Goiânia, GO, Brasil, 36. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_encomendados/gt16_trabencomendado_lucilapesce.pdf

Picanço, A. A. (2002). Telecurso 2000 e o problema da educação em massa no Brasil. Anais eletrônico da Reunião Nacional da Anped, Caxambu, MG, Brasil, 25. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://25reuniao.anped.org.br/texced251.htm#gt16

Pretto, N. D. L. (2007, outubro). Educação, comunicação e a Anped: uma história em movimento. Anais da Reunião Anual da Anped: 30 anos de pesquisa e compromisso social, Caxambu, MG, Brasil, 30.

Richit, A. (2010). Avaliação da educação e formação continuada docente: horizontes e contradições nas políticas públicas. Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, 26(1), 173-193.

Santos, N. F. A. (2013). Ideb e tecnologias educacionais: algumas reflexões. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Goiânia, GO, Brasil, 36. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_aprovados/gt16_trabalhos_pdfs/gt16_2579_texto.pdf

Silva, A. A.; Scaff, E. A. S.; Jacomini, M. A. (2010, outubro). Políticas públicas e educação: o legado da Anped para a construção da área no período 2000-2009. Anais da Reunião Anual da Anped: educação no Brasil – o balanço de uma década, Caxambu, MG, Brasil, 33.

Siqueira, R. M. (2001). O programa ‘Um Salto para o Futuro’ e o discurso da formação continuada de professores. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Caxambu, MG, Brasil, 24. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://24reuniao.anped.org.br/tp.htm#gt5

Souza, R. A.; Moraes, R. A. (2013). Políticas públicas de formação por meio da educação a distância: o ProFormação e o ProGestão. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Goiânia, GO, Brasil, 36. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_aprovados/gt05_trabalhos_pdfs/gt05_2717_texto.pdf

Souza, R. A.; Silva, M. S. P. (2012). Organismos multilaterais e educação a distância. Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação, 28(1), 35-47.

Stremel, S. (2012). Fontes para o estudo da constituição do campo da política educacional no Brasil. Jornadas Latinoamericanas de Estudios Epistemológicos en Política Educativa, Buenos Aires, Argentina, 1.

Stremel, S.; Mainardes, J. (2015). A disciplina política educacional em cursos de pedagogia no Brasil: primeiras aproximações. Jornal de Políticas Educacionais, 9(17 e 18), 137-155.

Tello, C. G. (2012). Las epistemologías de la política educativa: vigilancia y posicionamiento epistemológico del investigador en política educativa. Práxis Educativa, 7(1), 53-68.

Tello, C. G. (2013a). Objetos de estudio de las políticas educacionales: argumentaciones e epistemólógicas. Anais do Congresso de Educação Educere, (pp. 2895-2912), Curitiba, PR, Brasil, 11.

Tello, C. G. (2013b). Notas reflexivas y descriptivas sobre el enfoque de las epistemologías de la política educativa. Conjectura: Filosofia e Educação, 18, 48-62.

Tello, C. G.; Mainardes, J. (2012). La posición epistemológica de los investigadores en política educativa: debates teóricos en torno a las perspectivas neomarxista, pluralista y pos-estructuralista. Archivos Analíticos de Políticas Educativas, 20(9), 1-37.

Velloso, L. (2013). Programa um Computador por Aluno (ProUCA) em uma escola municipal do Rio de Janeiro: o que há de novo na rede? Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Goiânia, GO, Brasil, 36. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_aprovados/gt16_trabalhos_pdfs/gt16_2955_texto.pdf

Vieira, P. M. T. V. (2003). O ProInfo no entrecruzamento de seus diferentes discursos: um estudo bakhitiniano. Anais eletrônicos da Reunião Nacional da Anped, Poços de Caldas, MG, Brasil, 26. Recuperado em 13 janeiro, 2015, de 26reuniao.anped.org.br/trabalhos/paulamichelleteixeiravieira.rtf

Descargas

Publicado

2016-12-06

Número

Sección

Artículos / Articles

Cómo citar

Escritos sobre tecnologias e políticas educacionais no Brasil: uma análise dos trabalhos publicados pela Anped e RBPAE (2000-2013) / Technologies and educational policies in Brazil: analysis of the texts published by Anped and RBPAE (2000-2013). (2016). Revista Latinoamericana De Tecnología Educativa - RELATEC, 15(3), 39-54. https://doi.org/10.17398/1695-288X.15.3.39

Artículos similares

1-10 de 499

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.

Artículos más leídos del mismo autor/a

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >>