A rinha de galos (Gallus gallus domesticus) é uma prática antiga na história, considerada ilegal no Brasil. A prática consiste em um evento de combate entre galos, utilizando animais previamente selecionados e treinados para expressarem comportamento agressivo. Os galos são colocados em uma arena e incitados a lutar, podendo resultar em lesões moderadas a severas ou em morte. Relata-se no presente trabalho o caso de uma perícia realizada por médicos veterinários em propriedade suspeita de sediar e realizar brigas de galo, no estado do Paraná. Para avaliar a existência de maus-tratos, utilizou-se o Protocolo de Perícia em Bem-estar Animal (PPBEA), que avalia quatro conjuntos de indicadores: conforto, nutricionais, comportamentais e sanitários. Os animais encontrados na propriedade condizem com a espécie sabidamente utilizada com a finalidade de rinha e as instalações encontradas vão de acordo, também, com esta atividade. A estrutura e as constatações gerais acerca da propriedade e dos animais, associadas aos medicamentos indicados para ferimentos compatíveis com resultados de brigas, concluem que as aves eram utilizadas para a prática de rinha. Ainda, o parecer para o conjunto de indicadores de conforto e bem-estar foram considerados inadequados. Assim sendo, segundo o que estabelece a legislação acerca dos crimes ambientais, caracterizou-se este caso como sendo de maus-tratos.
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