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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 48-49


Investigação

#126 Peri-implantite: biomarcadores e mecanismos moleculares





Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 48-49
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Objetivos: Nos últimos anos, várias publicações têm reportado uma taxa elevada de peri- implantite ao fim de 10 anos, com valores aproximados de 20%. Todavia, a etiologia desta patologia e os seus mecanismos de ação não estão totalmente esclarecidos. Tendo estes dados em consideração, este estudo teve como principal objetivo atualizar a informação molecular em peri- implantite, através da identificação e esclarecimento dos mecanismos moleculares com importância na instalação e progressão da doença. Materiais e métodos: Efetuou- se uma revisão bibliográfica dos estudos de proteoma existentes sobre peri? implantite, utilizando as bases de dados Medline e as palavras- chave ´peri- implantitis”, “biomarkers”, “proteome”, “bone diseases” e “dental implants” combinadas com o operador booleano “AND”. A informação recolhida foi anotada de forma manual na base de dados SalivaTecDB e, subsequentemente, foi realizada a caracterização funcional do OralOma da peri?implantite à luz do conhecimento existente relativo a indivíduos saudáveis e com periodontite, com recurso a estratégias bioinformáticas. Resultados: Este trabalho permitiu incrementar de 38 para 96 o n.º de proteínas na base de dados SalivaTecDB para esta patologia. A maioria das proteínas catalogadas apresentavam dados de quantificação, contudo, não existe homogeneidade quanto às unidades utilizadas e aos métodos de recolha e análise. As análises funcionais permitiram elucidar alguns dos mecanismos moleculares comuns entre a peri? implantite e a periodontite. O aumento das concentrações de IL-1b, MPO e TNF- a e a diminuição de IL- 10 poderão refletir a fase inicial da patologia peri-implantar em que é estimulado o recrutamento de células. O aumento da MMP- 8 reflete o início da fase de destruição de tecidos peri-implantares e finalmente, o aumento do RANK, RANKL e a diminuição da OPG são indicadores da osteoclastogénese, processo essencial para a instalação da doença. Conclusões: Este estudo mostra que apesar da utilização de OPG recombinante poder ser uma opção para travar a reabsorção óssea, como tem sido sugerido noutros trabalhos, esta seria uma solução a curto prazo mas que não reverteria a doença, uma vez que estaríamos a atuar no final do processo. Neste sentido, sugere- se que a intervenção terapêutica seja feita no início do mesmo, antes da produção de mediadores inflamatórios, pelo que se propõe que a modelação das células imunes seja estudada em trabalhos futuros de modo a identificar os melhores alvos terapêuticos.


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