Ativação comportamental — fundamentos, aplicações e contribuições na construção de intervenções baseadas em evidências

Autores deste artigo

• MARCELO PANZA LOMBARDO

• OLIVIA GAMARRA

Resumo

Atualmente, a ativação comportamental (AC) é um tratamento bem estabelecido para o transtorno depressivo maior e gera múltiplas questões do ponto de vista básico e aplicado. O objetivo deste artigo é descrever as suas características, expor os seus possíveis mecanismos de ação e descrever as suas aplicações e os resultados. O termo ativação comportamental engloba um conjunto de protocolos bem estabelecidos, um processo comportamental e um conjunto de técnicas ou componentes. Os seus mecanismos de ação propostos são múltiplos e concorrentes, vinculados principalmente aos controles apetitivo e aversivo, mas passíveis de serem integrados a hipóteses internalistas e orgânicas, como a reestruturação cognitiva e as hipóteses neuroquímicas, endócrinas, imunológicas e evolucionistas do transtorno depressivo maior. As suas aplicações em diversos transtornos são promissoras, e existe evidência robusta no que diz respeito às suas aplicações preventivas. Por fim, essa psicoterapia aprimorou a abordagem baseada em evidências entre os teóricos do behaviorismo e, por sua vez, introduziu a consideração de conceitos comportamentais no âmbito da psicopatologia e das neurociências.

Palavras-chave

Ativação comportamental; fundamentos; aplicações; terapias baseadas em evidências.