Avaliação biomecânica de duas técnicas extracapsulares para reconstrução do ligamento cruzado cranial em cadáveres de cães

Autores

  • Sam Golgy Shoyama Oda Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Alexandre Navarro Alves Souza Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Cesar Augusto Martins Pereira Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Andrés Sebastian Aristizabal Escobar Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Angélica Cecilia Tartarunas Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
  • Julia Maria Matera Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1327

Palavras-chave:

Biomecânica, Cães, Joelho, Ligamento cruzado cranial, Sutura fabelo-tibial.

Resumo

A ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das principais afecções ortopédicas em cães e resulta na instabilidade do joelho, dor, desenvolvimento de osteoartrose, podendo também causar lesão de menisco. Com o intuito de restabelecer a estabilidade da articulação, muitas técnicas são utilizadas, dentre elas, as extracapsulares. O objetivo do presente trabalho foi realizar a avaliação biomecânica de duas dessas técnicas em 20 joelhos de cadáveres de cães utilizando-se fio de náilon leader line. Nestas peças foram avaliados a rigidez articular e o deslocamento tanto cranial quanto caudal da tíbia em quatro situações distintas: joelho íntegro; joelho com RLCCr e sutura fabelo-tibial lateral (SFTL); joelho com RLCCr e sutura fabelo-tibial lateral e medial (SFTLM); e por fim, o joelho com RLCCr sem as técnicas de estabilização. Houve diferença no deslocamento cranial entre todas as situações, sendo em ordem crescente, o joelho integro, com SFTLM, com SFTL e por fim, o joelho com RLCCr não estabilizado. Na comparação da presença de movimento de gaveta caudal a técnica de SFTLM apresentou menor deslocamento que a técnica de SFTL. Com relação à rigidez tanto cranial quanto caudal, as duas técnicas não apresentaram diferença. As duas técnicas testadas diminuem a instabilidade do joelho, sendo a SFTLM mais efetiva, e nenhuma delas restaurou a rigidez articular de um joelho íntegro. As implicações clínicas dos resultados apresentados ainda precisam ser determinadas, mas um estudo clínico com avaliação cinética da locomoção pode esclarecer se as diferenças biomecânicas encontradas entre estas duas técnicas são relevantes para a função locomotora dos cães.

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Biografia do Autor

Sam Golgy Shoyama Oda, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Discente do Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, FMVZ/USP, São Paulo, SP, Brasil.

Alexandre Navarro Alves Souza, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Pós-Doutorando, Departamento de Cirurgia, FMVZ/USP, São Paulo, SP, Brasil.

Cesar Augusto Martins Pereira, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Tecnólogo, Laboratório de Biomecânica LIM-41 do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, FM/USP, São Paulo, SP, Brasil.

Andrés Sebastian Aristizabal Escobar, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Discente do Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, FMVZ/USP, São Paulo, SP, Brasil.

Angélica Cecilia Tartarunas, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Pós-Doutorando, Departamento de Cirurgia, FMVZ/USP, São Paulo, SP, Brasil.

Julia Maria Matera, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo

Profª, Departamento de Cirurgia, FMVZ/USP, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2016-06-22

Como Citar

Oda, S. G. S., Souza, A. N. A., Pereira, C. A. M., Escobar, A. S. A., Tartarunas, A. C., & Matera, J. M. (2016). Avaliação biomecânica de duas técnicas extracapsulares para reconstrução do ligamento cruzado cranial em cadáveres de cães. Semina: Ciências Agrárias, 37(3), 1327–1336. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1327

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