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Artigo Original

Estudo de base populacional sobre excesso de peso e diabetes mellitus em idosos na região metropolitana de Goiânia, Goiás

Population-based study of overweight and diabetes mellitus in elderly in the metropolitan area of Goiânia, Goiás

Ana Paula Abrão Melloa; Lorrany Aparecida de Oliveira Beloa; Angelita Evaristo Barbosa Pontesa,b; Valéria Pagottoc; Adélia Yaeko Kyosen Nakatanic; Karine Anusca Martinsd

RESUMO

OBJETIVO: Descrever a prevalência de diabetes mellitus (DM) e excesso de peso autorreferidos em idosos e a associação com fatores sociodemográficos, estilo de vida e outras comorbidades.
MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra probabilística de idosos de Goiânia, Goiás.
RESULTADOS: Dos 934 idosos, 19,0% autorreferiram DM, e 13,9% excesso de peso. A prevalência de DM e excesso de peso foi superior no sexo feminino, na faixa etária de 60 a 69 anos, nas pessoas que autorreferiram saúde boa e não praticantes de atividade física (excesso de peso). Houve associação e elevadas prevalências das enfermidades hipertensão arterial, hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia.
CONCLUSÃO: A frequência de DM e de excesso de peso autorrreferidos foi elevada. Sua associação com comorbidades também de alta prevalência são condições que interferem negativamente nos hábitos de vida dessa população vulnerável, requerendo ações que promovam a saúde dessas pessoas.

Palavras-chave: diabetes mellitus; sobrepeso; doença crônica; idoso; condições sociais; envelhecimento da população.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To describe the prevalence of diabetes mellitus (DM) and excessive self-reported weight in the elderly and the association with sociodemographic factors, lifestyle and other comorbidities.
METHODS: Cross-sectional population-based study with a probabilistic sample of elderly in Goiânia, Goiás, Brazil.
RESULTS: Of the 934 elderly, 19.0% self-reported DM and 13.9% overweight. The prevalence of DM and overweight was higher among females, on those aged 60-69 years, among people who self-reported good health and were not physically active (overweight). There was an association and a high prevalence of hypertension, hypertriglyceridemia and hypercholesterolemia.
CONCLUSION: The prevalence of self-reported diabetes and excess weight was high. Their association with comorbidities also with high prevalence is a condition that negatively affects the living habits of this vulnerable population, requiring actions to promote health for these people.

Keywords: diabetes mellitus; overweight; chronic disease; aged; social conditions; demographic aging.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, evidencia-se uma tendência crescente da proporção de idosos mundialmente, e, no Brasil, os idosos representam 13,7% da população total.1 Entretanto, o aumento da expectativa de vida está atrelado ao aumento da prevalência de condições crônicas, que levam a incapacidades, cuidados de longa duração, além de onerar os serviços de saúde.2

No Brasil, 79,1% dos idosos com 65 anos ou mais relataram ser portadores de pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT). Entre elas, destacam-se o diabetes mellitus (DM) e o excesso de peso, condições que estão inter-relacionadas e que podem ser decorrentes de hábitos de vida inadequados ao longo da vida.

Alguns estudos no Brasil analisaram a prevalência dessas doenças. Estima-se que existam no Brasil 9 milhões de diabéticos, e que desses, quase 40,0% (3,5 milhões) sejam idosos.1,3

A Pesquisa Nacional de Saúde1 mostrou prevalência de DM autorreferido de 5,4% nos homens e 7,0% nas mulheres, ou seja, de 6,2% (IC95% 5,9 - 6,6) na população geral. Dados do Inquérito Nacional por Entrevistas Telefônicas (VIGITEL)4 demonstraram prevalência de DM de 6,9% (IC95% 6,5 - 7,3) nos idosos. Outros estudos de prevalência, incluindo dados oriundos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada em 2002-2003, além de outros realizados com idosos de Florianópolis, Santa Catarina, e Viçosa, Minas Gerais, demonstraram prevalência de DM variando de 13,5 a 22,4% e de excesso de peso entre 45,1 e 59,4%.5-7

Observou-se nesses estudos que variáveis como idade, sexo, raça, consumo de bebidas alcoólicas, escolaridade, auto-percepção da saúde, história de hipertensão e dislipidemias se associaram ao excesso de peso e/ou DM, assim como reafirmaram a associação, por si só, entre a DM e excesso de peso.5-7

Reconhece-se, pois, que muitas DCNT como a obesidade e o DM, altamente prevalentes inclusive em idosos, podem ser prevenidas por hábitos de vida saudáveis: alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, abolição do cigarro e de bebidas alcoólicas. Além disso, outros aspectos como crenças, práticas culturais, gênero, idade, estado de integração social, grau de mobilidade física, situação econômica e estado de saúde também podem influenciar tanto na qualidade de vida quanto no desenvolvimento dessas enfermidades.8-10

Tendo em vista o aumento da prevalência das DCNT no Brasil, com ênfase no DM e obesidade, no contexto da evolução ascendente do envelhecimento populacional, torna-se fundamental aprofundar os estudos sobre o papel do perfil nutricional na promoção e manutenção da independência e autonomia dos idosos, assim como delinear políticas públicas e programas específicos para contribuir com a prevenção e o controle dessas doenças emergentes, com vistas a reduzir suas complicações, diminuir os índices de mortalidade e aumentar a qualidade de vida desse público.9-11

Contudo, ainda são escassos estudos de prevalência de DM e excesso de peso em idosos residentes na região central do país, em especial na capital do estado de Goiás, bem como da associação dessas condições com outras DCNT.

Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo descrever a prevalência de DM e/ou excesso de peso autorreferidos em idosos de Goiânia, Goiás, e a associação com fatores sociodemográficos, estilo de vida e outras comorbidades.

 

MÉTODOS

Estudo transversal de base populacional que integra a pesquisa "Situação de Saúde da População Idosa do Município de Goiânia, GO", realizada pela Rede de Vigilância à Saúde do Idoso (REVISI). Detalhes metodológicos e outros desfechos estudados constam em publicações prévias.12,13

Para o cálculo amostral do projeto matriz foram considerados como parâmetros: população idosa de Goiânia (7,0% da população de Goiânia: 1.249.645 habitantes, ano base 2007); frequência esperada de 30% para todos os objetivos do inquérito, com nível de confiança de 95,0%, prevalência esperada de 30,0%, precisão absoluta de 5,0%, efeito do desenho de 1,8 e acréscimo de 11,0% para possíveis perdas, totalizando uma amostra representativa mínima de 934 idosos, a qual foi utilizada para o presente estudo.

O processo de amostragem foi probabilístico por conglomerados, em múltiplos estágios. Na definição da área geográfica utilizou-se a delimitação do município de Goiânia por setor censitário, utilizando-se os mapas de campo e memorial descritivo informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fornecidos pela Companhia de Processamentos de Dados do Município de Goiânia (COMDATA), órgão municipal responsável pela construção da malha digital da cidade. Foi realizada amostragem probabilística por conglomerados, e 56 setores censitários (SC) foram sorteados como unidade amostral primária, por meio de sistema eletrônico de randomização. Sorteou-se por SC um quarteirão, e, nesse, uma esquina em que se iniciou o sorteio da primeira residência que foi visitada, excluindo-se aqueles imóveis que não eram residenciais, e foram visitados os domicílios até completar a amostra.

Foram incluídos os idosos com 60 anos ou mais e que dormiam mais de 4 dias por semana na residência entrevistada. Foram excluídos aqueles que não estavam no domicílio após três tentativas sem sucesso do entrevistador e aqueles que se encontravam no domicílio sorteado, contudo não residiam nele.

Os dados foram coletados entre os meses de dezembro de 2009 e abril de 2010 mediante o aceite e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As entrevistas foram realizadas com o próprio idoso em seu domicílio, por entrevistadores previamente treinados e utilizando questionário padronizado. O projeto de pesquisa matriz foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (n° 050/2009), conforme legislação brasileira de pesquisa com seres humanos, vigente na época do estudo.14

As variáveis desfecho deste estudo foram o excesso de peso e DM autorreferidos pelo idoso. A definição dessas variáveis se deu a partir da resposta à seguinte sentença: "Vou ler o nome de algumas doenças/agravos. Quais destes agravos/doenças o médico já disse que o(a) Sr.(a) tem?". A resposta positiva ao DM e ao excesso de peso foram consideradas para a definição dos desfechos.

As variáveis de exposição foram: sociodemográficas (sexo, idade, estado civil e escolaridade), hábitos de vida (tabagismo, ingestão de álcool, prática de atividade física), presença de comorbidades (hipertensão arterial, hipercolesterolemia e hiper-trigliceridemia) e a autoavaliação da saúde. Todas as variáveis de estilo de vida foram referidas pelo idoso em sim ou não, exceto o tabagismo, para a qual foram classificados em fumantes (uso de cigarro atual e até nos últimos 6 meses), ex-fumantes e nunca fumou. As morbidades foram identificadas por meio das respostas à pergunta: "Quais doenças o médico já disse que o(a) Sr.(a) têm?" e foram considerados portadores dessas doenças, os idosos que as autodeclararam. A autoavaliação de saúde foi avaliada através da pergunta: "O que o(a) Sr.(a) acha do seu estado de saúde no último mês?", cujas opções de respostas foram: "muito bom", "bom", "regular", "ruim" e "muito ruim". Essa variável foi dicotomizada como boa (muito bom, bom e regular) e ruim (ruim, muito ruim).15

Os dados foram digitados em Excel® e, após checagem de inconsistências, foram importados para o Software Stata 11.0 para análise. Primeiramente, todas as variáveis foram analisadas de forma descritiva: as variáveis categóricas foram expressas em frequências absolutas e relativas, e as variáveis contínuas em médias e desvio-padrão. Estimou-se a prevalência de excesso de peso e DM conforme todas as variáveis de exposição, e as diferenças de proporção foram analisadas por meio do teste do χ2 ou teste exato de Fischer, considerando um nível de significância de 5% (p < 0,05).

 

RESULTADOS

Foram avaliados 934 idosos, com predominância do sexo feminino (62,3%), com filhos (92,2%), na faixa etária de 60 a 69 anos (48,2%), estado civil casado (49,6%) e com ensino primário (47,7%). Quanto ao estilo de vida, a maioria relatou nunca ter fumado (54,6%), não consumir bebidas alcoólicas (79,6%) e não praticar atividade física (68,3%) (Tabela 1).

 

 

Quanto à prevalência dos desfechos analisados, 19,0% (n = 177) reportaram DM e 13,9% (n = 130) foram classificados com excesso de peso autorreferido.

A prevalência de DM apresentou diferença estatisticamente significante conforme a faixa etária (p = 0,050), sendo que a prevalência foi superior na faixa etária 60 a 69 anos. Já a prevalência de excesso de peso apresentou diferenças estatisticamente significantes conforme sexo (p = 0,002) e prática de atividade física, sendo que a maior prevalência foi observada nas mulheres (74,6%) e nos idosos que não praticavam atividade física (72,4%) (Tabela 2).

 

 

No que se refere à distribuição das comorbidades associadas ao DM e ao excesso de peso (Tabela 3), observa-se que grande parte dos idosos com diabetes (72,3%) e sobrepeso/obesidade (75,4%) reportaram hipertensão. Apesar da maioria dos diabéticos e com excesso de peso autorreferidos referir ausência de hipercolesterolemia (56,2 e 56,9%, respectivamente) e hiper-trigliceridemia (62,3 e 64,3%, respectivamente), verificou-se uma frequência elevada de indivíduos com essas alterações. Quanto à autoavaliação da saúde, houve elevada prevalência de saúde negativa em idosos com ambas as condições, com diferenças estatisticamente significantes (p < 0,000) (Tabela 3).

 

 

Ao avaliar a relação entre portadores de diabetes e excesso de peso autorreferidos, encontrou-se associação significativa entre as variáveis (p = 0,003), e ressalta-se que uma porcentagem considerável (28,5%; n = 37) dos idosos com excesso de peso autorreferido reportaram diabetes (n = 130), correspondendo a quase 4,0% da população estudada (n = 934).

 

DISCUSSÃO

No presente estudo verificou-se que a prevalência de DM nos idosos foi de 19,0% e a de excesso de peso foi de 13,9%. A associação entre DM reportada e o excesso de peso autorreferido se fez presente em quase dois terços dos idosos avaliados.

Dos idosos avaliados que reportaram DM, observou-se que quase dois terços eram do sexo feminino, pouco menos da metade com idade de 60 a 69 anos, com frequência muito aumentada (quase 75%) de hipertensão arterial e autoavaliação da saúde boa. Já para aqueles que referiram excesso de peso, a maioria (75%) também referiu ser do mesmo sexo, faixa etária, com frequência elevada de hipertensão e sedentarismo, e a mesma autoavaliação de saúde.

Ao avaliar a prevalência de diabetes autorreferido (19,0%), observam-se valores três vezes maiores quando se compara a estudos nacionais do mesmo cunho (6,2 e 6,9%), conforme Pesquisa Nacional de Saúde1 e VIGITEL,3,4 respectivamente. Ao se relacionar a outros achados locais/regionais de diferentes regiões do país, verifica-se que os dados encontrados demonstraram ser um pouco superiores a estudos semelhantes realizados em São Paulo (17,6%);16 Campina Grande, Paraíba (14,7%);17 Florianópolis, Santa Catarina (13,5%)6 e Cruz Alta, Rio Grande do Sul (11,5%)18 e aproximados aos resultados evidenciados em estudo realizado na capital paulista (20,1%)19 e um pouco inferiores às prevalências relatadas em Viçosa, Minas Gerais (22,4%),7 onde se obteve associação significativa entre sexo e grau de escolaridade. Foram encontradas também associações entre diabetes e baixas renda e escolaridade.19

Ao se tratar do excesso de peso autorreferido (13,9%), observou-se frequência relativamente menor do que em outros estudos semelhantes, que encontraram 59,4% (Florianópolis, Santa Catarina),6 52,3% (Pelotas, Rio Grande do Sul),20 45,1% em idosos brasileiros avaliados pela Pesquisa dos Orçamentos Familiares, incluindo o percentual relativamente importante de obesidade de 12,4% entre os idosos do país.5 Cabe aqui a reflexão do "porquê" de idosos goianos se autorreferirem com menor frequência com excesso de peso ao se comparar com os demais de outras localidades. Seria por questões culturais em que se enxergam mais "fortes"/saudáveis quando estão acima do peso? Ou pode ter sido a forma como a questão foi elaborada? Será que essa "falsa percepção" faz com que a obesidade seja ainda mais frequente entre esses idosos? Não se encontraram referências nessa ótica para ampliar o escopo dessa discussão.

Em estudo que avaliou a prevalência e os fatores associados ao excesso de peso em idosos brasileiros,6 os autores verificaram que, além da porcentagem de 45,1% de excesso de peso referido, todas as variáveis sociodemográficas avaliadas associaram-se ao excesso de peso, entre elas, a idade (60 a 69 anos), o sexo (feminino) e a ausência de atividade física, condições que corroboram os achados do presente estudo.

No estudo que avalia as condições de saúde de idosos de sete cidades de países da América Latina e Caribe,21 o DM tipo II prevaleceu nas mulheres idosas (18,7%) em comparação aos homens (17,0%), condições que se assemelham aos do presente estudo, assim como em outros realizados com brasileiros6 e idosos da região sul.20 Tal condição pode se justificar pelo fato de, por questões sociais e culturais, as mulheres procurarem mais os serviços de saúde para seu cuidado e serem menos susceptíveis a mortes violentas, em relação aos homens,22 condição que ocorre também em idosas goianas.23

Destaca-se, pois, no presente estudo, que quase um terço (28,5%; n = 37) dos idosos que referiram ter excesso de peso (n = 130) também reportaram diabetes, que corresponde a quase 4,0% da população estudada (n = 934), condição que corrobora estudos semelhantes realizados em Florianópolis, Santa Catarina,7 e Campina Grande, Paraíba,17 que verificaram uma associação elevada entre diabetes e excesso de peso, independente do sexo, idade, escolaridade, atividade física habitual e hipertensão arterial sistêmica.

Observou-se associação entre excesso de peso autorreferido em idosos e não praticar atividade física, situação que reforça que o comportamento sedentário pode comprometer a composição corporal, aptidão física e qualidade de vida, em especial daqueles que são portadores de diabetes.24

Com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento sobre diabetes e o grau de percepção em relação à qualidade de vida de idosos no Rio Grande do Sul,25 os autores perceberam a importância de se repassar maiores informações e medidas preventivas, devido à desinformação dos idosos quanto à prevenção, tratamento e qualidade de vida em relação à enfermidade. Tal realidade, contudo, pode se equiparar aos demais agravos de saúde como, por exemplo, o excesso de peso, com ênfase na obesidade, dentre outros.

Diante do exposto, é notável a necessidade de novas abordagens de prevenção e cuidado às doenças e/ou comorbidades, com incentivo à adesão aos tratamentos específicos. Quanto às pessoas que não desenvolveram tais enfermidades, tornam-se importantes ações de promoção da saúde com maior intervenção nutricional a fim de incentivar mudanças comportamentais que favoreçam a redução da incidência e de suas complicações na terceira idade.8,21,26,27

Uma das limitações deste estudo refere-se ao tipo de delineamento, que, por ser do tipo transversal, não possibilita testar relações de causalidade entre as variáveis de exposição e os desfechos. A informação autorreferida dos desfechos e das outras morbidades pode ser considerada uma limitação, embora o uso dessas medidas seja confiável e recomendada em estudos de base populacional com grandes amostras como este, em função dos custos e operacionalização da coleta de dados. Por outro lado, quanto aos aspectos metodológicos, alguns cuidados foram tomados para garantir a qualidade dos dados coletados, como realização de estudo piloto, treinamento de entrevistadores, checagem de questionários e digitação do banco de dados em dupla entrada para checagem de inconsistências.

 

CONCLUSÕES

Os achados demonstraram elevada prevalência de DM e excesso de peso autorreferidos, em comparação com outros estudos desenvolvidos no Brasil, incluindo a relação entre os desfechos. Houve associação e elevadas prevalências das comorbidades hipertensão arterial, hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia.

Desta maneira, a partir das prevalências encontradas de diabetes e/ou excesso de peso em idosos, e suas relações entre si, sugere-se que mais pesquisas e estudos populacionais de intervenção sejam realizados, abordando a realidade desse grupo etário, com vistas a auxiliar no planejamento de ações de promoção da saúde/prevenção de doenças, além do cuidado adequado e adaptado à conjuntura atual em que os idosos se inserem.

 

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o apoio financeiro da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), Brasil.

 

CONFLITO DE INTERESSES

Os autores declaram não possuir conflito de interesses.

 

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Received in February 11 2016.
Accepted em May 19 2016.


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