Praça adaptada de um centro de reabilitação em Pelotas/RS: a visão de profissionais e estagiários atuantes no local / An adapted square in a rehabilitation center in Pelotas/RS: the view of professionals and trainees working there

Autores

  • Franciele Costa Berní Universidade Federal de Pelotas
  • Nicole Ruas Guarany Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto12474

Palavras-chave:

Occupational performance, Resource, Occupational therapy.

Resumo

O terapeuta ocupacional é o profissional que estuda a ocupação humana, intervindo no desempenho das habilidades físicas, mentais, sociais e ambientais de cada indivíduo, a fim de proporcionar a participação deste nas atividades em casa, na escola e no trabalho. O brincar favorece a intervenção terapêutica e está presente em diversos contextos da vida das crianças e adolescentes, inclusive no contexto de uma praça adaptada. Desta forma, este estudo tem como objetivo verificar a percepção de profissionais de um centro de reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência, e estagiários de Terapia Ocupacional, sobre a utilização de uma praça adaptada como um recurso terapêutico e de recreação. Para isto, identificou-se uma amostra composta por 20 sujeitos, de ambos os sexos. Foram utilizados dois questionários semiestruturados para coleta dos dados, ambos com a mesma finalidade, porém com linguagens adaptadas a cada área de atuação. A partir disto, constatou-se idade média de 33 anos, e diferenças nas respostas dos profissionais e estagiários em relação as atividades e objetivos propostos na praça adaptada, bem como na identificação desta como um recurso terapêutico. Todos os pesquisados qualificaram a praça como importante para instituição. Este estudo identificou que a praça adaptada é um ambiente utilizado como recurso terapêutico/pedagógico pelos sujeitos, porém, ainda é uma área inovadora para a Terapia Ocupacional, a qual busca aprimorar o desempenho ocupacional dos indivíduos. No entanto, são necessários novos estudos que possam auxiliar na fidedignidade destes resultados, e evidenciar as possibilidades de atuação do terapeuta ocupacional neste âmbito.

 

Abstract

 

An occupational therapist is a professional who studies human occupation by intervening in the performance of physical, mental, social and environmental skills of each subject in order to provide their participation in activities at home, at school and at work. The act of playing helps therapeutic treatment and it is in several contexts of children's and teenagers' lives including the context of an adapted square. Based on that, this study aims to check the professionals' and Occupational Therapy trainees' perception about the use of an adapted square as a therapeutic and recreational resource in a rehabilitation center for disabled children and teenagers. A sample with twenty subjects, both men and women, was used. Two semi-structured questionnaires were used for data collection. Both of them had the same aims but they had adapted language to each area of work. The professionals and trainees were thirty-three years old on average. There were differences in the professionals' and trainees' answers about the activities and aims proposed for the adapted square and if it really was a therapeutic resource. Every researcher agreed that the square was important to the institution. This study identified that the adapted square is a place used by the subjects as a therapeutic/teaching resource. However, it is a new area in Occupational Therapy which aims to improve the individual occupational performance. New studies are necessary to help the results of this work emphasizing the occupational therapists' work possibilities in this area.

Key words: Resource, Occupational Performance, Occupational Therapy.

Biografia do Autor

Franciele Costa Berní, Universidade Federal de Pelotas

Departamento: Faculdade de Medicina

Área: Terapia Ocupacional

Nicole Ruas Guarany, Universidade Federal de Pelotas

Departamento: Faculdade de Medicina

Área: Terapia Ocupacional

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Publicado

31-01-2018

Edição

Seção

Artigo Original