SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.24 issue3-4Anti-tick repellent effect of Andropogon gayanus grass on plots of different ages experimentally infested with Boophilus microplus larvaeMETAZOAN PARASITES OF THE ATLANTIC CUTLASSFISH, Trichiurus lepturus (OSTEICHTHYES: TRICHIURIDAE) FROM COASTAL ZONE OF THE STATE OF RIO DE JANEIRO, BRAZIL author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

Share


Parasitología al día

Print version ISSN 0716-0720

Parasitol. día vol.24 n.3-4 Santiago July 2000

http://dx.doi.org/10.4067/S0716-07202000000300004 

Diversidade das infracomunidades de estrongilídeos do cólon dorsal de Equus caballus do estado do Rio de Janeiro, Brasil

MARIA DE LURDES A. RODRIGUES*, DEBORA H. S. ANJOS**, MARTA P. SOUTO-MAIOR***,
ABISAIR A. CASTRO**, CRISTIANE R. C. OLIVEIRA**** e JOSE L. LUQUE*

DIVERSITY OF STRONGYLID INFRACOMMUNITIES OF DORSAL COLON Equus caballus FROM RIO DE JANEIRO STATE, BRAZIL

Twenty three species of the strongylid nematodes (18 Cyathostominae and five Strongylinae) were collected 33 equines in Metropolitana region of Rio de Janeiro State, Brazil. Cylicostephanus longibursatus (90.9%; 1,078.4), Cylicostephanus goldi (81.8%; 236.9) e Cylicocuclus nassatus (75.8%; 39.1) were the most prevalent and abundance species, respectively. Cylicostephanus longibursatus showed highest dispersion (2,425.1) and one of smallest aggregation value (0.1). Five infracommunities (2, 3, 11, 24 and 25) showed equal parasite richness (4.0), however the values obtained from diversity indices were different because the unequal evenness of these samples.
Key words: Cyathostominae, Ecology. Intracommunities, Horse parasites, Brazil.

INTRODUCÃO

Os nematóides da família Strongylidae encontramse divididos em duas subfamílias: Strongylinae e Cyathostominae.1 Os ciatostomíneos são os helmintos mais abundantes no intestino grosso de eqüinos, podendo atingir números superiores a 1.000.000 espécimes por hospedeiro.2 A coexistência de numerosas espécies destes nematóides, no in testino grosso, em relação à comunidade ecológica, foi considerada como um fenômeno de agrupamento.3

Para se avaliar, precisamente, os parâmetros ecológicos das infracomunidades dos nematóides estrongilídeos faz-se necessária a individualização dos compartimentos do intestino grosso; pois cada segmento possui uma fauna característica.2- 6

Poucos estudos sobre ecologia de nematóides estrongilídeos de eqüinos foram realizados e a maioria relata a prevalência e a abundância das espécies coletadas a partir de amostras do conteúdo total do intestino grosso. Esta metodologia impede a avaliação da real composição faunística de cada compartimento intestinal. No Brasil, no entanto, pesquisas sobre análise ecológica vêm sendo realizadas, objetivando conhecer as espécies de nematóides que ocorrem nos distintos compartimentos do intestino grosso.7-10

O presente estudo tem como objetivo a análise ecológica das infracomunidades dos nematóides estrongilídeos do cólon dorsal de eqüinos, naturalmente infectados, provenientes da região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro.

MATERIAL E METODOS

Trinta e três eqüinos de ambos os sexos, de raças e idades variadas, provenientes da região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro, foram sacrificados e necropsiados na Estação para Pesquisas Parasitológicas W. O. Neitz, do Departamento de Parasitologia Animal, do Instituto de Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. De cada animal seccionou-se o trato gastrointestinal, o qual foi separado, através de ligaduras duplas, assim como os compartimentos do intestino grosso (ceco, cólon dorsal e cólon ventral). Cada compartimento do cólon dorsal foi aberto longitudinalmente e o conteúdo foi colocado em um recipiente graduado. Logo após, o conteúdo foi homogeneizado e retirou-se uma alíquota de aproximadamente 10% do volume inicial. As alíquotas foram fixadas com álcool-formalina-ácido acético a quente.11

Os nematóides coletados, das alíquotas, foram conservados em álcool 70º GL, clarificados em fenol-álcool 90%12e montados provisoriamente entre lâmina e lamínula em lactofenol de Amann, no laboratório de Helmintologia, da mesma Instituição. A identificação dos estrongilídeos adultos e la nomenclatura das espécies da subfamília Cyathostominae foi realizada segundo outros investigadores.1, 13-15

Na análise ecológica, os termos utilizados estão de acordo com Bush et al.16 e as espécies com prevalência menor que 10% foram excluídas da análise.17. Avaliou-se os parâmetros relativos à prevalência, abundância total e média e riqueza parasitária. Utilizou-se o índices de Dispersão (ID) e de agregação de Green (IG) afim de verificar o tipo de dispersão e grau de agregação das espécies dos nematóides estrongilídeos, respectivamente. Os índices de Shannon (H') e de uniformidade de Pielou (J') foram utilizados para avaliar a diversidade parasitária das infracomunidades.18, 19

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas 33 amostras do cólon dorsal analisadas, observouse 23 espécies de Strongylidae: 18 pertencentes à subfamília Cyathostominae e cinco à Strongylinae. Encontrouse ainda, nematóides da espécie Oxyuris equi. Coletou-se 54.959 espécimes de nematóides, dos quais os ciatostomíneos foram os mais abundantes com 86,3% de formas adultas e 13,2% de formas larvares, seguidos dos estrongilíneos com 0,4% de adultos e 0,04% de larvas e O. equi correspondeu de 0,1% e 0,04% para adultos e larvas, respectivamente, do total de espécimes coletados.

As espécies que apresentaram maior prevalência foram Cylicostephanus longibursatus (90,9%), Cylicostephanus goldi (81,8%), Cylicocyclus nassatus (75,8%), Cyathostomum tetracanthum (69,7%), Cylicostephanusminutus (51,5%), Cylicoste-phanus calicatus (48,4%) e Cylicocyclus leptostomus (42,4%). E as espécies mais abundantes que preferem o cólon dorsal de eqüinos,2 foram C. longibursatus, C. goldi, C. nassatus e C. tetracanthum (Tabela 1).

 

Tabela 1. Prevalência, abundância, abundância média e desvio padrão, índice de dispersão (ID) e índice de agregação de Green (IG) dos nematóides estrongilídeos do cólon dorsal de eqüinos naturalmente infectados

Espécie observada Prevalência

Abundância

Abundância (ID)

(IG)

      % Média ± s    

Cylicostephanus longibursatus 90,9

35.587 000

1.078,4 ± 1.624,6 2.524,10000 0,1
Cylicostephanus goldi 81,8 7.817000 236,9 ± 348,8 513,600 0,1
Cylicocyclus nassatus 75,8 1.290000 39,1 ± 78,9 154,900 0,1
Cyathostomum tetracanthum 69,7 48700 14,8 ± 27,0 48,10 0,1
Cylicostephanus minutus 51,5 52600

15,9 ± 39,9

97,10 0,2

Cylicostephanus calicatus

48,5 18100 5,5 ± 9,9 17,50 0,1
Cylicocyclus leptostomus 42,4 39500 12,0 ± 29,4 72,20 0,2
Cylicodontophorus bicoronatus 33,3 18900 05,7 ± 22,0 114,100 0,6
Parapoteriostomum euproctus 45,5 20700 06,3 ± 17,9 51,00 0,2
Coronocyclus coronatus 30,3 170 0,5 ± 1,4 3,9 0,2
Triodontophorus tenuicollis 30,3 20000 06,1 ± 12,8 35,80 0,2
Cylicocyclus insigne 24,2 43600 13,2 ± 62,2 292,500 0,7
Cyathostomum pateratum 27,3 13000 03,9 ± 12,8 41,60 0,3
Coronocyclus labratus 21,2 580 1,8 ± 4,8 14,20 0,2
Gyalocephalus capitatus 21,2 530 1,6 ± 7,1 31,60 0,6
Strongylus vulgaris 12,1 120 0,4 ± 1,5 4,1 0,3
Cylicocyclus brevicapsulatus 12,1 140 0,4 ± 1,4 4,7 0,3
Coronocyclus labiatus 12,1 130 0,4 ± 1,4 7,8 0,5
Cylicocyclus ultrajectinus 06,1 180 0,50000 - -
Craterostomum acudicaudatum 03,0 1 0,03000 - -
Triodontophorus serratus 03,0 1 0,03000 - -
Triodontophorus minor 06,1 2 0,10000 - -
Triodontophorus ratzzi 03,0 1 0,03000 - -

Na análise ecológica, relacionada às espécies, observou-se que C. longibursatus apresentou o maior ID (2.524,1), estando presente na maioria das infracomunidades, e um dos menores IG (0,1), sugerindo baixo o nível de agregação dos indivíduos. O menor ID (3,9) foi observado para Strongylus vulgaris indicando sua presença em poucas infracomunidades (Tabela 1).

O H' associa dados relativos à riqueza parasitária e à distribuição da abundância das espécies (equitabilidade) na infracomunidade, a qual pode ser avaliada pelo J'18. O H' foi nulo, devido à infecção monoespecífica por S. vulgaris, na amostra 9, C. longibursatus, na amostra 21 e ausência de infecção na amostra 21. As infacomunidades 2, 3, 11, 24 e 25 apresentaram riqueza parasitária igual a quatro, H' igual a 0,8; 1,1; 1,2; 0,1; 0,5 e J' igual a 0,6; 0,8; 0,89; 0,1 e 0,4, respectivamente (Tabela 2). Assim, pode-se inferir que a infracomunidade 24 apresentou menor equitabilidade quando comparada com as demais, pois o J' foi menor, o que justifica o menor H', uma vez que apresentaram a mesma riqueza parasitária; o que pode ser observado em outras infracomunidades. O maior H' (2,7) e J' (1,1) foi observado na infracomunidade 12, o que pode ser atribuído à maior equitabilidade das espécies, apesar de não possuir a maior riqueza parasitária.

A prevalência das espécies no presente estudo refere-se somente ao cólon dorsal, fato que impossibilita a comparação destes dados com os da literatura, devido ao fato da maioria dos autores4, 6, 20, 21ter analisado alíquotas do conteúdo total do intestino grosso de eqüinos.

Cylicostephanus longibursatus e C. goldi foram as duas espécies mais prevalentes e abundantes no presente estudo, ratificando as observações de outros autores,2, 5, 6, 20 diferindo destas, pela ausência de Cylicostephanus asymetricus, Oesophagodontus robustus e Poteriostomum imparidentatum que foram encontradas em eqüinos do Panamá;20 C asymeticus na Inglaterra;2 Cylicocyclus elongatus na África do Sul5 e Cylicostephanus hybridus e Cylicodontophorus mettami, na Polônia.6 Contudo, as espécies de nematóides estrongilídeos de eqüinos na Austrália,21 não apresentaram preferência pelo cólon dorsal, diferindo assim dos demais estudos.

 

Tabela 2. Riqueza parasitária, índice de diversidade de Shannon (H')
e índice de uniformidade Pielou (J') de infracomunidades
(= amostras) de estrongilídeos do cólon dorsal de eqüinos
naturalmente infectados

Amostras Riqueza Parasitária (H') (J')

01 9 1,0 0,4
02 4 0,8 0,6
03 4 1,1 0,8
04 8 1,5 0,7
05 8 1,0 0,5
06 6 0,7 0,4
07 8 0,5 0,2
08 100 1,2 0,5
09 1 0,0 0,0
10 3 1,1 1,0
11 4 1,2 0,9
12 110 2,7 1,1
13 140 2,0 0,8
14 130 0,9 0,3
15 100 1,1 0,5
16 140 1,7 0,6
17 9 1,4 0,6
18 6 1,3 0,7
19 0 0,0 0,0
20 100 0,7 0,3
21 1 0,0 0,0
22 9 1,2 0,5
23 8 0,8 0,4
24 4 0,1 0,1
25 4 0,5 0,4
26 3 0,2 0,2
27 9 1,2 0,6
28 120 0,7 0,3
29 6 0,7 0,4
30 110 0,5 0,2
31 120 0,6 0,2
32 2 0,3 0,4
33 2 0,7 1,0
       
X ± s * 7,1 ± 4,0 0,9 ± 0,6 0,5 ± 0,3
       
* Valores de média aritmética ± desvio padrão.

A comunidade do ceco, dos mesmos eqüinos deste estudo foi composta por 21 espécies,9 a qual diferiu do cólon dorsal pela presença de Petrovinema poculatum, C. elongatus, Strongylus edentatus e Strongylus equinos e, a ausência de Cylicodontophorus bicoronatus e Cylicocyclus insigne, além da distinta prevalência e abundância das espécies comuns aos dois compartimentos.

RESUMO

Vinte e três espécies de nematóides estrongilídeos (18 Cyathostominae e cinco Strongylidae) foram coletadas de alíquotas, com aproximadamente, 10% do cólon dorsal de 33 eqüinos, provenientes da região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Cylicostephanus longibursatus (90,9%; 1.078,4) C. goldi (81,8%; 236,9) e Cylicocyclus nassatus (75,8%; 39,1) foram as espécies mais prevalentes e com maior abundância média, respectivamente. Cylicostephanus longibur-satus apresentou o maior Índice de Dispersão (2.524,1) e menor Índice de Green (0,1), devido à presença em quase todas as infracomunidades, e ao baixo nível de agregação dos espécimes nas mesmas. Cinco infracomunidades (2, 3, 11, 24 e 25) apresentaram riqueza parasitária igual a quatro, porém os índices de Shannon e de uniformidade de Pielou foram distintos, devido à equitabilidade das infrapopulações.

* Professor do Departamento de Parasitologia Animal fda Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRRJ).
** Doutoranda do Curso de Pós-graduação em Medicina Veterinária-Parasitologia veterinária da UFRRJ.
*** Bolsista de Desenvolvimento Científico Regional, CNPq/ Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Medicina veterinária Preventiva.
**** Bolsista de Iniciação Científica, CNPq-PIBIC/UFRRJ.
 

REFERÊNCIAS

1.- LICHTENFELS J R. Helminths of domestic equids. Illustrated keys to genera and species with emphasis on the North American forms. Proc. Helminthol. Soc. Washington, 1975; 42 (Special Issue): 1-92.

2.- OGBOURNE C P. The Prevalence, relative abundance and site distribuition of nematode of the subfamily Cyathostominae in horses killed in Britain. J Helminthol 1976; 50: 203-14.

3.- KENNEDY C R, BUSH A O. Species richness in helminth communities: the importance of multiple congeners. Parasitology 1992; 104: 189-97.

4.- MFITILODZE M W, HUTCHINSON G W. The site distribuition of adult strongyle parasites in the large intestines of horses in Tropical Australia. Int J Parasitol 1985; 15: 313-9.

5.- KRECEK R C, REINECKE R K, HORAK I G. Internal parasites of horses on mixed grassveld and Busveld in Transvaal Republic of South Africa. Vet Parasitol 1989; 34: 135-43.

6.- GAWOR J J. The prevalence and abundance of internal parasites in working horses autopsied in Poland. Vet Parasitol 1995; 58: 99-108.

7.- ANJOS D H S, RODRIGUES M L A, SOUTO-MAIOR M P, CASTRO A A. Prevalência, intensidade média e densidade relativa dos ciatostomíneos (Cyathostominae: Strongylidae) do cólon dorsal de eqüinos. Parasitol al Día 1997; 21: 133-5.

8.- ANJOS D H S. Estrutura das infracomunidades de estrongilídeos (Nematoda: Strongylidae) do cólon dorsal de Equus caballus naturalmente infectados, proveniente da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Tese de Mestrado, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, 62 p, 1998.

9.- SOUTO-MAIOR M P. Sistemática e estrutura das infracomunidades de estrongilídeos (Nematoda: Strongylidae) do ceco de Equus caballus naturalmente infectados provenientes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro 107 p 1998.

10.- SOUTO-MAIOR M P, RODRIGUES M L A, ANJOS D H S, et al Estrutura das infracomunidades de nematóides estrongilídeos (Nematoda:Strongylidae) do ceco de Equus caballus naturalmente infectados, provenientes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil. Parasitol al Día 1999; 23: 24-32.

11.- AMATO J F R, BOERGER W A, AMATO S B. Protocolo para laboratório - coleta e processamento de parasito de pescado. Imprensa da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 81p, 1991.

12.- LICHTENFELS J R. Methods for conserving, storing and studying helminths in the U.S. National Parasite Collection. In: Technology as applied to Museum Collections: The Collection, fixation and conservation of helminths. Syst Parasitol1984; 6: 241-55.

13.- GEORGI J R. Parasitology for veterinarians. 3rd ed. W. B. Saunders company, Philadelfia, 460p, 1982.

14.- HARTWICH G. On the Strongylus tetracanthus problem and the systematics of the Cyathostominea (Nematoda: Strongyloidea). Miheil Zool Museum in Berlin 1986; 62: 61-102.

15.- LICHTENFELS J R, KHARCHENKO V A, KRECEK R C, GIBBONS L M. An annotated cheklist by genus and species of 93 species level names for 51 recognized species of small strongyles (Nematoda: Strongyloidea: Cyathostominea) of horses, asses and zebras of the world. Vet Parasitol 1998; 79: 65-79.

16.- BUSH A O, LAFFERTY K D, LOTZ J M, SHOSTAK A W. Parasitology meets ecology on its owm terms: Margolis et al revesited. J Parasitol 1997; 83: 575-83.

17.- BUSH A O, AHO J M, KENNEDY C R. Ecological versus phylogenetic determinantes of helminth parasite community richness. Evol Ecol 1990; 4: 1-20.

18.- LUDWIG J A, REYNOLDS J F. Statistical Ecology: A primer on methods and computing. Wiley Interscience Publications, New York, USA, 337p, 1988.

19.- ZAR J H. Biostatistical Analysis. 4th ed. Prentice Hall, New Jersey, 663p., 1999.

20.- FOSTER A O, ORTIZ O P. A further report on the parasites of a selected group of equines in Panama. J. Parasitol 1937; 23: 360-4.

21.- BUCKNELL D G, GASSER R B, BEVERIDGE I. The Prevalence and epidemiology of gastrointestinal parasites of horses in Victoria, Austrália. Int J Parasitol 1995; 25: 711-24.
 
 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License