Introdução: A paralisia cerebral (PC) é caracterizada por alterações neurológicas permanentes e progressivas, que por diversas vezes ocasionam disfunções alimentares, gerando uma redução da ingestão de calorias e nutrientes necessários para manutenção do estado nutricional, cujos portadores são constantemente submetidos a gastrostomia. O nutricionista tem papel fundamental na construção de conceitos sobre alimentação saudável, nos processos de escolha, higienização, armazenamento, preparo e oferta da dieta para essas crianças gastrostomizadas. Método: Trata-se de um relato de experiência da vivência de nutricionistas, no período de 2 meses em um hospital filantrópico pediátrico situado em Salvador/BA, com o objetivo de relatar rotinas, condutas e treinamentos nutricionais em uma unidade de terapia para desospitalização pediátrica, visando à segurança alimentar e nutricional pós alta hospitalar. Resultados: As estratégias adotadas possibilitaram aos cuidadores maior percepção quanto à necessidade e à importância das práticas de higiene diária, habitualmente negligenciadas. Conclusões: É de extrema importância o planejamento dietoterápico para desospitalização, tendo em vista o contato dos cuidadores com a via de alimentação alternativa, podendo acarretar riscos nos processos de preparo e oferta, assim como na qualidade nutricional da dieta, caso o cuidador não tenha instrução adequada.