Aconselhamento Fonoaudiológico: um formato único e personalizado para sujeitos com zumbido crônico
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2021v33i2p287-298Palavras-chave:
Zumbido, Audição, AconselhamentoResumo
Introdução: O zumbido é uma percepção auditiva na ausência de um estímulo acústico externo. Por ser um crescente na clínica audiológica, é necessário buscar estratégias de tratamento rápidas e eficazes. Objetivo: Verificar o resultado de um formato único de Aconselhamento Fonoaudiológico na redução da percepção do zumbido. Método: Estudo de caráter prospectivo e transversal, registrado sob o número 776111417.5.0000.5346, composto por conveniência. Os critérios de elegibilidade contemplaram sujeitos de 18 a 59 anos, com limiares auditivos normais e zumbido crônico, Escala Visual Analógica (EVA) (mínimo nota cinco), sem histórico de doenças neurológicas e psiquiátricas. Foram submetidos à anamnese, EVA e Tinnitus Handicap Inventory (THI) antes e pós-tratamento. Para o tratamento foi realizada uma divisão em dois grupos de forma randomizada. Um, denominado Grupo Aconselhamento Fonoaudiológico (grupo alvo), recebeu Aconselhamento Fonoaudiológico (personalizado e por escrito) baseado na Tinnitus Activities Treatment e acrescentaram-se, ainda, orientações referentes a alterações metabólicas, musculares, hábitos alimentares, entre outras. Outro, o Grupo Música, foi orientado a ouvir música ao perceber o sintoma. Após o intervalo de um mês, foram reaplicados a EVA e o THI. Resultados: Participaram 11 sujeitos de ambos os gêneros. O Grupo alvo apresentou melhora e diferenças estatisticamente significantes antes e pós-tratamento. Conclusão: O Aconselhamento Fonoaudiológico em formato único e personalizado mostrou-se eficaz na redução da percepção do sintoma podendo, assim, ser implementado em diferentes centros auditivos.
Downloads
Metrics
Referências
Moore BCJ. The psychophysics of tinnitus. In: Eggermont, J. J. et al. Editors, Tinnitus. New York, Springer, 2012, p. 187-253.
Farhadi M, Mahmoudian S, Saddadi F, Karimian AR, Mirzaee M, Ahmadizadeh M, et al. “Functional brain abnormalities localized in 55 chronic tinnitus patients: Fusion of SPECT coincidence imaging and MRI”. J. cereb. blood flow metab. 2010; 30 (4): 864-0.
Jastreboff PJ. Phantom auditory perception (tinnitus): mechanisms of generation and perception. Neurosci Res. 1990; 8(4): 221-54.
Figueiredo RR, Azevedo AA de. Introdução, epidemiologia e classificações. In: Figueiredo RR, Azevedo AA, editors. Zumbido. Rio de Janeiro: Revinter; 2013. p.1-4.
Langguth B, Kreuzer PM, Kleinjung T, De Ridder D. Tinnitus: causes and clinical management. Lancet Neurol. 2013;12(9):920-30.
Tyler RS. Neurophysiological Models, Psychological Models and Treatments for Tinnitus. In: Tyler RS, editor. Tinnitus Treatment – Clinical Protocols. Nova Iorque: Editora Thieme; 2006. p.1-22.
Davis PB, Wilde RA, Steed L. Relative effects of acoustic stimulation and counseling in the tinnitus rehabilitation process. Aust N Zj Audiolog. 2001; 23: 84-5.
Cardoso NA, Hoshino ACH, Perez MA, Bastos WR, Carvalho DPD, Câmara VDM. Zumbido em uma população ribeirinha exposta ao metilmercúrio. Audiol Commun Res. 2014; 19(1): 40-4.
Mazurek B, Szczepek AJ, Hebert S. Stress and Tinnitus. HNO. 2015; 63(4): 258-65.
Searchfield GD, Boone M, Bensam J, Durai M, Hodgson SA, Linford T, Vogel D. A proof-of-concept study of the benefits of a single-session of tinnitus instruction and counselling with homework on tinnitus. Int. j. audiol. 2020; 59(5): 374-82.
Liu YQ, JiChen Z, Li G,Lai D, Liu P, Zheng Y. Effects of Educational Counseling as Solitary Therapy for Chronic Primary Tinnitus and Related Problems. BioMed res. int. 2018; (4): 1-9.
Jerger J. Clinical experience with impedance audiometry. Arch. otolaryngol. 1970; 92(4): 311-24.
Tunkel DE, Bauer CA, Sun GH, Rosenfeld RM, Chandrasekhar SS, Cunningham ER et al. Clinical Practice Guideline: Tinnitus Executive Summary. Otolaryngol. 2014; 151(4): 533-41.
Silverthorn DU. Fisiologia humana: Uma abordagem integrada. 7ª ed. Artmed editora; 2017.
Gonçalves LS. Depressão e atividade física: uma revisão. Uberlândia. 2018. 22f. [Monografia]. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia – UFU, 2018.
Sheldon SH, Ferber R, Kryger MH, Gozal D. Principles & Practice of Pediatric Sleep Medicine. 2ª ed. Elsevier Saunders; 2014.
McArdle WD, Katch FI, Katch VL. Nutrição para o desporto e o exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p. 306-11.
Organização Mundial da Saúde. Depressão e outras doenças comuns Transtornos Mentais: Estimativas Globais de Saúde. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2017. Licença: CC BY-NC-SA 3,0 IGO.
Geocze L, Mucci S, Abranches DC, Marco MA, Penido NO. Systematic review on the evidences of an association between tinnitus and depression. Braz. j. otorhinolaryngol. 2013; 79(1): 106-11.
Sanchez TG, Medeiros IRT, Fassolas G, Coelho FF, Constantino GTL, Bento RF. Frequência de alterações da glicose, lipídeos e hormônios tireoidianos em pacientes com zumbido. Int. arch. otorhinolaryngol. 2001; 5(1): 16-20.
McFerran DJ, Phillips JS. Tinnitus. The Journal of Laryngology & Otology. 2007 ;121(3): 201-8.
Almeida TAS, Samelli AG, Mecca FDN, Martino ED, Paulino AM. Sensação subjetiva do zumbido pré e pós intervenção nutricional em alterações metabólicas. Pró-Fono. 2009; 21(4): 291-6.
Olzowy B, Canis M, Hempel JM, Mazurek B, Suckfüll M. Effect of Atorvastatin on Progression of Sensorineural Hearing Loss and Tinnitus in the Elderly: Results of a Prospective, Randomized, Double-Blind Clinical Trial. Otol. neurotol. 2007; 28(4): 455-8.
Belfort MAFG, Zanoni A, Onishi ET. Prevalência de alterações glicêmicas em pacientes com zumbido. Acta ORL. 2006; 24(3): 108-12.
Azevedo AA, Mello PO, Siqueira AG, Figueiredo RR. Análise Crítica dos Métodos de Mensuração do zumbido. Rev bras otorrinolaringol. 2007; 73(3): 418-23.
Ferreira PEA, Cunha F, Onishi ET, Branco-Barreiro FCA, Ganança FF. Tinnitus Handicap Inventory: Adaptação Cultural para o Português Brasileiro. Pró-Fono, 2005; 17(3): 303-10.
Matos IL, Rocha AV, Mondelli MFCG. Aplicabilidade da orientação fonoaudiológica associada ao uso de aparelho de amplificação sonora individual na redução do zumbido. Audiol., commun. res. 2017; 22: e1880.
Aazh H, Moore BC, Lammaing K, Cropley M. Tinnitus and hyperacusis therapy in a UK National Health Service audiology department: Patients’ evaluations of the effectiveness of treatments. Int. j. audiol. 2016; 55(9): 514-22.
Holdefer L, CP de Oliveira CA, Venosa AR. Sucesso no tratamento do zumbido com terapia em grupo. Braz. j. otorhinolaryngol. 2010; 76(1): 102-6.
Santos GM, Bento RF, de Medeiros IRT, Oiticcica J, da Silva EC, Penteado S. The influence of sound generator associated with conventional amplification for tinnitus control: randomized blind clinical trial. Trends in hearing. 2014; 18:1-9.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Rubia Soares Bruno, Michele Vargas Garcia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
