Evolução Tectônica do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais - Um Modelo
DOI:
https://doi.org/10.22456/1807-9806.21350Palavras-chave:
evolução tectônica, quadrilátero ferrífero, Minas GeraisResumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a evolução geológica do Quadrilátero Ferrífero (QF) cuja estruturação é bastante complexa. Essa estruturação resulta principalmente da ação de dois eventos deformacionais: o primeiro de caráter extensional e o segundo compressional, de idades do Proterozóico Inferior e Superior, respectivamente. O primeiro foi o responsável pela formação dos megassinclinais interconectados de Santa Rita, Dom Bosco, da Moeda e da Serra do Curral além dos soerguimentos dos complexos granito-gnáissicos de Santa Rita, Bonfim, do Bação, de Belo Horizonte e Caeté, os quais, em termos gerais, definiram o formato do QF. Durante esse evento foram desenvolvidas megazonas de cisalhamento extensional, identificadas ao longo do contato entre terrenos granito-gnáissicos e rochas supracrustais dos supergrupos Rio das Velhas e Minas. O evento extensional regional, possivelmente ligado a um choque de placas pode ter evoluído em um mecanismo do tipo metamorphic core complex, situado entre 2050 e 1700 Ma, no qual o QF se localizaria na posição de antepaís. Já o evento compressional principal, associado ao fechamento do proto-oceano Brasiliano/Africano a leste do QF, caracteriza-se por constituir a porção intermediária a distal de um cinturão de dobramento com vergência para W. Esse evento afetou principalmente a porção leste do QF, amplificando os megassinclinais, reaproveitando as descontinuidades previamente formadas e gerando novas estruturas.