Lacunas e falhas relacionadas à importação de produtos para a saúde em contêiner

Autores

  • Mariene Castilho D'Ávila Coordenação de Portos e Aeroportos, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (CVPAF.RJ/Anvisa/MS), Rio de Janeiro, RJ
  • Patrícia Fernandes S. Nobre Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz) Rio de Janeiro, RJ
  • Kátia Christina Leandro Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz) Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.22239/2317-269X.00791

Palavras-chave:

Vigilância Sanitária, Importação, Contêineres, Temperatura

Resumo

Metade das mercadorias relacionadas à saúde, importadas via Porto do Rio de Janeiro, é armazenada em contêineres, 70% deles não possui sistema de refrigeração, por isto, não é possível assegurar a manutenção das recomendações do fabricante conforme exigem as regulamentações sanitárias estabelecidas. Estes contêineres geralmente são fabricados em aço, suas especificações são voltadas para possibilitar segurança e eficiência no transporte de mercadorias diversas e estão inseridos em um complexo contexto multimodal. O presente estudo objetivou obter conhecimento sobre este segmento de importação, na produção científica, legislação internacional, orientações técnicas e práticas operacionais atuais. As análises realizadas entre 2014 e 2015 revelaram que os contêineres são sensíveis ao ambiente em que estão depositados, 30% das medições apresentaram discrepâncias em relação às recomendações de temperatura para a armazenagem. Foram registradas temperaturas acima de 60°C. A exposição das mercadorias a estas condições foi estimada em no mínimo 38 dias. Não foram localizados estudos científicos sobre o acondicionamento de mercadorias para a saúde em contêineres. As produções técnica e legal são incipientes. Esses resultados reforçam a preocupação com a eficácia das mercadorias importadas e a necessidade de se promover o debate sobre a armazenagem em contêineres onde se estabeleçam requisitos mínimos de qualidade obrigatórios.

Biografia do Autor

Mariene Castilho D'Ávila, Coordenação de Portos e Aeroportos, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (CVPAF.RJ/Anvisa/MS), Rio de Janeiro, RJ

Servidora Especialista em Regulação desde 2005, lotada atualmente na Coordenação do Rio de Janeiro e atua em inspeções para concessão de autorização de funcionamento de empresas que armazenam produtos sujeitos a VISA .

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Publicado

2016-08-30

Como Citar

D’Ávila, M. C., Nobre, P. F. S., & Leandro, K. C. (2016). Lacunas e falhas relacionadas à importação de produtos para a saúde em contêiner. Vigil Sanit Debate, Rio De Janeiro, 4(3), 63–70. https://doi.org/10.22239/2317-269X.00791

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