Religião e economia como culturas universalistas

Autores

  • Joaquim Costa Departamento de Sociologia / Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho, Braga, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.21814/rlec.205

Palavras-chave:

Economia, mercado, pobreza, religião

Resumo

A ideia deste artigo persegue-me desde o momento em que, preparando um colóquio, li, num artigo de um economista, que “a economia é uma teologia”; especificava ele, ainda, que Marx, Hayek e Keynes foram “os teólogos mais influentes do século XX”. Aos poucos, comparando a expansão dos grandes monoteísmos universalistas com a da moderna economia de mercado, apercebi-me de que o paralelismo entre religião e economia é mais do que um ocioso exercício de analogia. No expansionismo universalista que os alimenta, na linguagem com que invadem e descrevem o mundo, ambas impregnam as nossas vidas e tornam-se a infraestrutura somática das sociedades que conquistaram. Não por acaso, o problema da pobreza e do seu valor teológico tem gerado cismas na Igreja Católica. É coisa atávica e não nos deveria surpreender, pois a pobreza é, a um tempo, economia e teologia.

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

Costa, J. (2017). Religião e economia como culturas universalistas. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 4(1), 409–. https://doi.org/10.21814/rlec.205