EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS EM ÓBITOS POR AGRESSÃO

Autores

  • Fernanda Carolina Camargo Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • Luan Augusto Alves Garcia Universidade Federal do Triângulo Mineiro http://orcid.org/0000-0003-0984-2688
  • Helena Hemiko Iwamoto Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • Sybelle de Souza Castro Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • Regiane Máximo de Souza Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Gilberto de Araújo Pereira Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

DOI:

https://doi.org/10.18554/reas.v7i2.2352

Resumo

Objetivo: analisar a evolução temporal dos óbitos por agressão e seu impacto no potencial de vida perdido no estado de Minas Gerais. Método: Trata-se de estudo observacional, ecológico e série temporal por coeficiente de mortalidade, anos potenciais de vida perdidos, variação percentual bruta e tendência temporal. Foram incluídos os registros de óbitos por Agressão (CID-10: X85-Y09) entre 1996 a 2014, disponíveis em sistema de informação. Resultados: A média de mortalidade (30,7; IC95% 25,4 - 35,9) por arma de fogo foi maior entre homens, com idade do óbito de 30,5 anos, potencial de vida perdido para 100.000 habitantes com variação percentual positiva 288,7%. Regressão linear foi significativa (p<0,001), com coeficiente de determinação >70% havendo evolução temporal crescente dos óbitos. Conclusão: Foi identificado expressivo impacto da mortalidade por agressão no potencial de vida perdido, sendo oportuno reconhecer vulnerabilidades e contexto dos óbitos no delineamento de intervenções intersetoriais, como também contribuir para vigilância epidemiológica da violência.

Biografia do Autor

Fernanda Carolina Camargo, Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Doutora e Mestre em Atenção à Saúde UFTM; Tutora da Especialização em Saúde da Família NESCON/UFMG; Epidemiologista Clínica do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica GEP/HC-UFTM; Analista Regulação em Saúde SMS/PMU

Luan Augusto Alves Garcia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Enfermeiro. Especialista em Enfermagem do Trabalho, Saúde do Adulto na modalidade Residência Multiprofissional em Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM.

Mestrando em Atenção à Saúde pela UFTM.

Helena Hemiko Iwamoto, Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Enfermeira. Professora Associada UFTM. Doutora em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Sybelle de Souza Castro, Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Doutora em Saúde Pública – EERP/USP. Professor Associado do Departamento de Medicina Social.

Regiane Máximo de Souza, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Doutora em Engenharia de Produção pela UFSCAR. Mestre em Física Aplicada à Medicina e Biologia pela Universidade de São Paulo. Professor Assistente Doutor junto ao Departamento de Engenharia de Produção e ao Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção da UNESP-Bauru.

Gilberto de Araújo Pereira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Doutor pela Universidade de São Carlos. Professor Adjunto do Curso de Graduação em Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde da UFTM, Uberaba (MG).

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Publicado

2018-10-15

Edição

Seção

Artigos Originais