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Fotoetnografia: um ensaio de antropologia visual sobre o cotidiano da Geni Drink's

Fabio Lopes Alves, Valdecir Soligo

Resumo

Fundamentado na perspectiva da Fotoetnografia (Achutti 1997, 2004), campo da Antropologia Visual (Collier Jr. 1973; Koury, 1997, 1999, 2001), o presente ensaio apresenta imagens que foram captadas por ocasião de uma etnografia (Alves 2010a, 2010b) que teve por objetivo problematizar as dinâmicas de interação, gênero e sociabilidade que ocorrem em uma zona de meretrício designada nesse estudo, de forma fictícia, por Geni Drink’s, em alusão à música “Geni e o Zepelim”, de Chico Buarque. A maneira como as garotas de programa constroem suas relações cotidianas no ambiente de prostituição constituíram-se no objetivo principal do trabalho. Com esse ensaio, buscamos descortinar parcialmente o lado de dentro do cabaré, apresentando algumas ocorrências desse espaço, incluindo como essas garotas preparam suas performances, como se relacionam entre si, tanto dentro quanto fora do ambiente prostitucional, entre outros. Para preservar a identidade do bordel e das garotas de programa, além da alteração do nome da zona de meretrício, as imagens passaram por um tratamento de forma a não identificar os rostos. O trabalho de campo exigiu a escolha de um fazer etnográfico que permitisse sair do status de estranho, posição que ocupada no início da investigação e passasse a ocupar um espaço mais próximo possível das nativas, mas sem cair naquilo que Cardoso (1986) bem denominou por “armadilhas do método”. Seguindo as orientações dessa antropóloga, a pesquisa foi realizada com base no alicerce construído entre a interação do pesquisador com o universo pesquisado. O resultado final foi a coleta de uma grande quantidade de dados que se encontram registrados em diários de campo, entrevistas semiestruturadas realizadas com a utilização de gravador, além de diálogos informais e um amplo acervo de fotografias.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v14i1.8534



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