Para tratar EaD com o devido respeito

Autores

  • Maria Isabel Rodriguez Baseada no livro de Valeriano, D. (2002). Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos; Prentice-Hall, São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.17143/rbaad.v2i0.142

Resumo

Vamos supor que você seja um(a) professor(a)/instrutor(a), com anos de prática em ensino presencial. Já sabe bem como planejar cursos e, a partir de uma abordagem sistêmica, projetar aulas e currículos bem estruturados em torno de objetivos e centrados no aprendizado de seus alunos. Já tem como certos alguns instrumentos de avaliação que lhe tem fornecido informações sobre o aprendizado dos alunos e sobre o processo de ensino-aprendizado sob sua coordenação. Agora você quer trabalhar com Educação à Distância, fascinado(a) com o que tem percebido das vantagens deste nova modalidade educacional. Simples? Engano seu. Quase tudo é diferente no processo de ensino-aprendizado à distância. Portanto, não basta mais que seu trabalho, o design instrucional de seu curso seja excelente e sua avaliação seja impecável, você agora é parte de um conjunto, um todo que tem que promover - à distância - o aprendizado de uma comunidade de alunos e de cada um dos componentes desta comunidade. Um projeto de EaD é essencialmente um trabalho de equipe. Os membros da equipe – cada qual com suas atribuições – planejam, executam, implementam e avaliam o produto final, o curso, a partir de um problema ou de uma necessidade identificada numa etapa preliminar. Tudo isto acontece num espaço definido de tempo e tem um custo relativo ao gasto com os recursos (pessoal, material, tecnologia, outros) ao longo do tempo. No entanto, poucos profissionais efetivamente entendem que estão envolvidos em um projeto, que precisa ser sistematicamente processado, onde a troca de informações e a comunicação são vitais e onde o comprometimento de todos é fundamental para o projeto dar certo. E o pior é que poucos destes admitiriam não saber gerenciar, adequadamente, um projeto. A Educação a Distância está crescendo no mundo todo, como resposta viável a questões como necessidade de aprendizado continuado, educação de adultos, e tantas outras. No Brasil, nossos pioneiros estão agora lado a lado com novos profissionais especialistas em EaD. A ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância - cresce exponencialmente em número de sócios a cada ano e na promoção de várias atividades, e cada vez mais instituições educacionais e empresas promovem cursos à distância, em ambientes de aprendizagem que utilizam as facilidades da Internet. Com suas vantagens, sua compatibilidade com as necessidades de alunos e mestres, sua complexidade e sua acessibilidade, a EaD baseada na Web já arregimentou inovadores pelo mundo todo e agora começa a alcançar aqueles que adotam cedo as inovações (Rogers, 1995). Em nosso país, em breve a EaD estará alcançando a grande maioria de brasileiros envolvidos com educação, seja ensinando, seja aprendendo, seja administrando, seja promovendo. Bem, somos quase 200 milhões de cidadãos espalhados por este imenso país. Então, seria possível prever-se uma vida de sucesso para a EaD e cursos baseados na Web? Aposte numa afirmativa!

O MEC – Ministério da Educação e Cultura já havia criado normas e resoluções aceitando e regularizando a EaD numa determinada porcentagem quando o atual ministro da Educação, Dr. Cristovam Buarque disse em fevereiro ao Dr. Frederic Litto, que pretende “radicalizar com EaD no Brasil”. Então, não seria esta a hora de começar a tratar profissionalmente um projeto de EaD e deixar de lado improvisações que invariavelmente conduzem ao insucesso? Individualmente ou trabalhando em equipe, a tendência das organizações bem sucedidas aponta cada vez mais na direção da administração estratégica e do gerenciamento por projetos.

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Referências

Morrison et al. (2001). Designing Effective Instruction. NY, USA.

Rogers, E. (1995). Diffusion of Innovations. The Free Press. NY, USA.

Romiszowski, A. (1981). Designing Instructional Systems -Instructional Development Series. Kogan Page. London, England.

Weiss, J e Wysocki, R. (1992). 5-Phase Project Management – A Practical Planning and Implementation Guide. Perseus Book. Massachusetts, USA.

Maria Isabel Rodriguez, Mestre em Educação/"Instructional Design, Development and Evaluation", pela Syracuse University, atua no Departamento de Treinamento da Dataprev.

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Publicado

2008-05-24

Como Citar

Rodriguez, M. I. (2008). Para tratar EaD com o devido respeito. Revista Brasileira De Aprendizagem Aberta E a Distância, 2. https://doi.org/10.17143/rbaad.v2i0.142

Edição

Seção

Artigos