Acessibilidade / Reportar erro

POSSIBILIDADES DE ENSINO DE BOTÂNICA EM UM ESPAÇO NÃO-FORMAL DE EDUCAÇÃO NA PERCEPÇÃO DE PROFESSORAS DE CIÊNCIAS

POSSIBILITIES FOR BOTANY TEACHING IN A NON-FORMAL EDUCATIONAL SPACE IN THE PERCEPTION OF SCIENCE TEACHERS

Resumos

O interesse por atividades e locais diferenciados para o ensino tem aumentado a procura por Museus de Ciências. A diversidade de informações encontradas nos espaços não-formais amplia as possibilidades de ensino e fortalece as relações com as escolas. O presente trabalho traz as concepções de professoras de Ciências sobre espaços não-formais de Educação e apresenta uma atividade chamada "Chá de Sentidos" com o tema Botânica, no Museu DICA, em Uberlândia - MG. As professoras apresentaram dificuldades em conceituar e distinguir o espaço formal do não-formal e vincularam o Museu DICA como um local complementar à escola. A atividade foi avaliada positivamente pelas professoras, mas, como uma forma de trabalhar o conteúdo curricular e não para simplesmente deflagrar o interesse pelos vegetais e ampliar as possibilidades de aprendizado de seus alunos, relacionando as experiências vivenciadas fora da escola com as da sala de aula.

Espaço não-formal de Educação; Ensino de Botânica; Concepção de Professores


The interest for alternative activities and places for teaching has increased the attendance in museums and Science centers. The diversity of information encountered in non-formal Education spaces expands teaching possibilities and strengthens the links with schools. The present work reads the conceptions of a group of Science teachers about nonformal spaces. Furthermore, it reports an activity on a Botany topic, which the group participated in the DICA Museum, in Uberlândia - MG. The teachers had difficulties to conceptualize and distinguish the formal and non-formal spaces and viewed the Museum as a complementary place to the school. The activity was evaluated positively by the teachers, but as a way to work the curriculum content and not simply to spark interest in plant Biology and expand the possibilities of learning of their students, relating their experiences outside school with the classroom.

Non-Formal Education Spaces; Teaching of Botany; Teacher Conceptions


Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • ALMEIDA, A. M. Desafios da relação museu-escola. Comunicação e escola, v. 10, p. 50-57, 1997.
  • AMARAL In: 57CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 2006, Gramado- RS. Resumos... Gramado: FAURGS, 2006. 1 CD-ROM
  • ARNOUS, A. H.; SANTOS, A.S.; BEINNER, R. P. C. Plantas medicinais de uso caseiro -conhecimento popular e interesse por cultivo comunitário. Revista Espaço para Saúde, v. 6, n. 2, p. 1-6, 2005.
  • BAPTISTA, A. S.; FRANÇÃO, P.; MARCHESE, D. M. A. Jardim Sensorial. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE MEDICINA E REABILITAÇÃO DA AACD. CONGRESSO DE REABILITAÇÃO DA ORITEL, 3 e 5, 2005, São Paulo. Resumos... São Paulo: AACD, 2005.
  • BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN`s, Brasília: MEC, 1997.
  • CAZELLI, S., et al. Tendências pedagógicas das exposições de um Museu de Ciências. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE IMPLANTAÇÃO DE CENTROS E MUSEUS DE CIÊNCIAS, 1999. Rio de Janeiro. Implantação de Centros e Museus de Ciências. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.
  • CUNHA, A. M. O. A mudança epistemológica de professores num contexto de Educação Continuada. Ciência e Educação, v. 7, n. 2, p. 235-248, 2001.
  • FAHL, D. D. Marcas do Ensino escolar de Ciências presentes em Museus e Centros de Ciências: um estudo da Estação Ciência - São Paulo e do Museu Dinâmico de Ciências de Campinas (MDCC). 2003. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003
  • FARIA, R. L., et al. Aprendendo botânica através dos cinco sentidos. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 59, 2008. Natal-RN. Resumos... Rio Natal: SBB, 2008. 1CD ROOM.
  • FERNANDES, R. S.; GARCIA, V. A. Educação não formal campo de em formação. Revista Profissão Docente (online), v. 6, n. 13, 2006.
  • GASPAR, A. Museus e Centros de Ciências: conceituação e proposta de um referencial teórico. 1993. Tese (Doutorado em Didática) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.
  • GOHN, M. G. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 14, n. 50, p. 27-38, 2006.
  • GOUVÊA, G., et al. Redes cotidianas de conhecimentos e os Museus de Ciências. Parcerias Estratégicas, n. 11, p. 169-174, 2001.
  • GRUZMAN, C.; SIQUEIRA, V. H. F. O papel educacional do Museu de Ciências: desafios e transformações conceituais. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências, v. 6, n. 2, p. 402-423, 2007.
  • GUIMARÃES, M.; VASCONCELLOS, M. M. N. Relações entre Educação Ambiental e Educação em Ciências na complementaridade dos espaços formais e não formais de Educação. Educar, n. 27, p. 147-162, 2006.
  • JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos espaços não-formais de Educação para formação da cultura científica. Em Extensão, v. 7, p. 55-66, 2008.
  • KINOSHITA, L. S., et al. A Botânica no Ensino Básico: relatos de uma experiência transformadora. São Paulo: Rima, 2006.
  • KLEIN, E. S., et al. Descobrindo as plantas medicinais, aromáticas e ornamentais. In: KINOSHITA, L.S., et al. A Botânica no Ensino Básico: relatos de uma experiência transformadora. São Carlos: RiMa, 2006.
  • KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4 ed.. São Paulo: Editora USP, 2004.
  • LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber. Belo Horizonte: UFMG, 1999.
  • LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986.
  • MARANDINO, M. Biologia nos Museus de Ciências: a questão dos textos em bioexposições. Ciência e Educação, v. 8, n. 2, p. 187-202, 2002.
  • MARANDINO, M. Enfoques de Educação e comunicação nas bioexposições de Museus de Ciências. Revista Brasileira de Pesquisa Em Educação Em Ciências, v. 3, n. 1, p. 103-109, 2003.
  • MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 26 ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.
  • OLIVEIRA, C. L.; MOURA, D. G. Projeto Trilhos Marinhos: uma abordagem de ambientes nãoformais de aprendizagem através da Metodologia de Projetos. Educação & Tecnologia, v. 10, n. 2, p. 46-51, 2005.
  • QUEIROZ, G., GOUVÊA, G., FRANCO, C. Formação de professores e Museus de Ciências. In: Educação e Museu: a construção social do caráter educativo dos Museus de Ciências. Rio de Janeiro: Editora Acess, 2003.
  • SILVA, M. R.; CARNEIRO, M. H. S. Popularização da Ciência: Análise de uma situação não-formal de Ensino. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO (ANPED), 29, 2006, Caxambu. Anais da 29 Reunião anual da Anped.Caxambu, ANPED, 2006.
  • SILVA, P. G. P. O Ensino da Botânica no nível fundamental: um enfoque nos procedimentos metodológicos. 2008. 146 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2008.
  • SILVEIRA, V. C.,et al. Currículo em (Re)construção. In: KINOSHITA, L. S., et al. A Botânica no Ensino Básico: relatos de uma experiência transformadora. São Carlos: RiMa, 2006
  • VIEIRA, V. S. Análise de espaços não-formais e sua contribuição para o ensino de Ciências. 2005. Tese (Doutorado em Ciências) - Área de Concentração em Educação, Gestão e Difusão em Biociências. Instituto de Bioquímica Médica - Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, 2005.
  • VIEIRA, V.; BIANCONI, M.; DIAS, M. Espaços não-formais de Ensino e o currículo de Ciências. Ciência e Cultura, v. 57, n. 4, p. 21-23, 2005.
  • WANDERSEE, J. H; SCHUSSLER, E. E. Towards a theory of plant blindness. Plant Science Bulletin, v. 47, n. 1, p. 2-9. 2001.
  • SILVA, P. G. P. O ensino da botânica no Nível Fundamental: um enfoque nos procedimentos metodológicos. 2008. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 2008.
  • WYKROTA, J. L. M.; NASCIMENTO, S. S. Conhecendo uma árvore. Presença Pedagógica, ano 1, n. 1, p. 45-55, 1995.
  • 1
    Utilizaremos nesse texto a definição de concepções adotada por CUNHA (2001), que engloba como as professoras compreendem e utilizam de ideias conceituais.
  • *
    Rafaella Librelon de Faria, Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia. (UFU). E-mail: falibrelon@yahoo.com.br
  • **
    Daniela Franco Carvalho Jacobucci, Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Professora Adjunta do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). E-mail: danielafcj@inbio.ufu.br
  • ***
    Renata Carmo Oliveira, Doutora em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (USP). Professora Adjunta do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). E-mail: carmoliveira@ufu.br

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Abr 2011

Histórico

  • Recebido
    29 Ago 2009
  • Aceito
    06 Jun 2010
Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais Av. Antonio Carlos, 6627, CEP 31270-901 Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, Tel.: (55 31) 3409-5338, Fax: (55 31) 3409-5337 - Belo Horizonte - MG - Brazil
E-mail: ensaio@fae.ufmg.br