A TRAJETÓRIA DA EPIDEMIA DE AIDS NAS MULHERES RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DE 1983 A 2012

Autores

  • Alessandra Cristina Guedes Pellini Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).
  • Roberta Figueiredo Cavalin Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).
  • Marcela Amorozo Francisco Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).
  • Francisco Chiaravalloti Neto Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).
  • Dirce Maria Trevisan Zanetta Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia132604

Resumo

Objetivo: O presente trabalho pretende, por meio de técnicas de geoprocessamento e de análise espacial, descrever a trajetória da epidemia de Aids nas mulheres com 13 anos de idade ou mais residentes no município de São Paulo (MSP), no período de janeiro de 1983 a junho de 2012. Método: Inicialmente foi realizada a geocodificação dos casos de Aids em mulheres, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com 95,2% de taxa de geocodificação (20.566 do total de 21.599 casos). A seguir, os casos foram distribuídos segundo as unidades de agregação "áreas de Ponderação". Foi empregado o programa SaTScan para a detecção dos aglomerados geográficos de taxas elevadas de Aids em mulheres, por meio das técnicas de análise de varredura espacial, espaço-temporal e de variação espacial nas tendências temporais, utilizando um modelo discreto baseado na distribuição de Poisson. Resultados: Na análise de varredura espacial, observou-se maior concentração de taxas elevadas da doença na região Norte do município de São Paulo; na análise espaço-temporal, diversos aglomerados foram encontrados, não poupando nenhuma região do município. A técnica de variação espacial das tendências temporais denotou uma tendência de periferização da epidemia no município de São Paulo. Conclusão: Cabe ao SUS o papel de promover políticas públicas de saúde específicas para as mulheres, com priorização daquelas que vivem em áreas com maior exclusão social. A redução das desigualdades sociais e o incentivo à equidade entre os gêneros poderão refletir no fortalecimento da autonomia econômica, cultural, emocional e social da mulher.

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Publicado

07-12-2017

Como Citar

GUEDES PELLINI, A. C.; FIGUEIREDO CAVALIN, R.; AMOROZO FRANCISCO, M.; CHIARAVALLOTI NETO, F.; TREVISAN ZANETTA, D. M. A TRAJETÓRIA DA EPIDEMIA DE AIDS NAS MULHERES RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DE 1983 A 2012. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 13, n. 26, p. 42–57, 2017. DOI: 10.14393/Hygeia132604. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/39724. Acesso em: 1 jun. 2024.

Edição

Seção

Artigos