Um novo olhar para o tratamento do transtorno depressivo maior: uma revisão dos estudos clínicos realizados com cetamina e escetamina

Autores

  • Layza Kowalski Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
  • Eslen Delanogare Universidade Federal de Santa Catarina
  • Tiago Bittencourt de Oliveira Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

DOI:

https://doi.org/10.14295/vittalle.v33i3.13224

Palavras-chave:

Transtornos de humor, psicotrópicos, antidepressivos

Resumo

O tratamento do transtorno depressivo maior consiste, principalmente, na psicoterapia, terapia somática e farmacoterapia. Esta, inclui majoritariamente fármacos que atuam no sistema monoaminérgico. Apesar da sua eficácia terapêutica, esta classe de antidepressivos requer várias semanas para ter seus efeitos terapêuticos, representando um grande desafio para o manejo de paciente com depressão severa e em risco de suicídio. O objetivo do estudo foi revisar os estudos clínicos abordando a molécula de cetamina, e seu enantiômero escetamina, no tratamento do transtorno de depressão maior, a fim de verificar sua eficácia terapêutica, segurança e tolerabilidade. Trata-se de uma revisão integrativa, de estudos que apresentem a cetamina ou escetamina como agente antidepressivo, nas bases de dados U.S. National Library of Medicine e ClinicalTrials.gov. Estudos envolvendo a cetamina intravenosa demonstraram uma eficácia antidepressiva rápida, com pacientes atingindo os critérios de resposta em até um dia após a administração do ativo. Ainda, observou-se também, a rápida diminuição nos níveis de ideação suicida. Entretanto, a fim de facilitar a administração, estudos sugeriram o uso da via intranasal, que se mostrou bem tolerada. Ademais, com evidências propondo uma maior afinidade da escetamina com receptores N-metil-D-aspartato, o isolamento desta permitiu uma maior eficácia terapêutica antidepressiva, além de um prolongamento na manutenção do efeito. Porém, a escetamina provocou efeitos adversos de severidades variadas, incluindo dissociação, sonolência, parestesia, tontura, vertigem, ansiedade, delírio e tendência suicida. Cetamina e escetamina mantém-se como medicamentos de alto risco, devido aos seus efeitos adversos de severidades variadas, incluindo dissociação, sonolência, parestesia, tontura, vertigem, ansiedade, delírio e tendência suicida. Ainda, se faz necessário atentar-se à melhor via de administração para cada caso em particular, com a via intravenosa para pacientes com ideação suicida (pelos rápidos efeitos antidepressivos) e intranasal em casos de depressão moderada.

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Publicado

2021-12-20

Como Citar

Kowalski, L., Delanogare, E., & Oliveira, T. B. de. (2021). Um novo olhar para o tratamento do transtorno depressivo maior: uma revisão dos estudos clínicos realizados com cetamina e escetamina. VITTALLE - Revista De Ciências Da Saúde, 33(3), 134–154. https://doi.org/10.14295/vittalle.v33i3.13224

Edição

Seção

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