Estimativa de recarga subterrânea a partir da separação de escoamento de base na bacia hidrográfica do Rio Ibicuí (América do Sul)

Publicado
2016-02-01
Palavras-chave: Base flow. Eckhardt’s filter. Aquifer recharge. Escoamento de base. Filtro de Eckhardt. Recarga aquífera.

    Autores

  • Camila Dalla Porta Mattiuzi Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais - CPRM
  • Roberto Kirchheim Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais - CPRM
  • Walter Collischonn Instituto de Pesquisas Hidráulicas - IPH/UFRGS
  • Fernando Mainardi Fan Instituto de Pesquisas Hidráulicas - IPH/UFRGS

Resumo

Este estudo se propõe a estimar as taxas de recarga subterrânea na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí, localizada no Estado do Rio Grande do Sul, a partir da utilização do método de separação do escoamento de base. O principal aquífero da Bacia é o Sistema Aquífero Guarani (SAG), nas suas áreas de confinamento (Oeste) e afloramento (Central). A separação do escoamento de base foi realizada por meio do filtro numérico de Eckhardt (2005) com dados de séries históricas de vazão disponibilizados pela Agência Nacional das Águas. As estimativas de recarga foram comparadas com as características geológicas, hidrogeológicas e pedológicas encontradas na área de estudo. As taxas de recarga variaram de 88 mm/ano a 378,7 mm/ano (13% a 47%, respectivamente da precipitação efetiva nas sub-bacias, e 6% a 21% da precipitação total). Os resultados mostraram que as maiores taxas de recarga ocorreram nas unidades geológicas com transmissividades mais elevadas e solos mais permeáveis, e também com precipitações médias mais elevadas. Por outro lado, as sub-bacias com baixas taxas de recarga apresentaram unidades geológicas permeáveis e unidades cristalinas impermeáveis, solos com altos teores de argila e precipitações médias reduzidas.

Como Citar
Mattiuzi, C. D. P., Kirchheim, R., Collischonn, W., & Fan, F. M. (2016). Estimativa de recarga subterrânea a partir da separação de escoamento de base na bacia hidrográfica do Rio Ibicuí (América do Sul). Águas Subterrâneas, 29(3), 285–300. https://doi.org/10.14295/ras.v29i3.28487