Caracterização do setor madeireiro de Rorainópolis, sul de Roraima

  • Bruno Roberto de Sousa Crivelli Universidade Estadual de Roraima
  • Jefferson Peixoto Gomes Universidade Federal do Amazonas http://orcid.org/0000-0002-4672-419X
  • Weslley Wilker Corrêa Morais Universidade Estadual de Roraima - UERR; Universidade de São Paulo - ESALQ-USP
  • Tiago Monteiro Condé Universidade Estadual de Roraima -UERR; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
  • Raylanne de Lima Santos Universidade Estadual de Roraima - UERR
  • Osmar Serra Bonfim Filho Universidade Estadual de Roraima

Resumo

Buscou-se realizar um diagnóstico do setor madeireiro de Rorainópolis (Roraima) visando gerar informações que subsidiem o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a gestão florestal no Estado. Foi aplicado um questionário em nove serrarias com o intuito de obter informações sobre localização atual e anterior, tempo de atuação; espécie, volume de madeira serrada e origem da matéria prima; o destino da madeira processada; o tipo de armazenamento e de secagem. As serrarias eram empreendimentos novos com no máximo 5 anos de atuação no município. Os empresários abordaram que as dificuldades são a burocratização do licenciamento ambiental e o alto custo das taxas de licenciamento. Dentre as espécies comerciais processadas pelas empresas entrevistadas destacam-se: Manilkara huberi (9.860 m³), Dinizia excelsa (9.235 m³), Hymenolobium excelsum (4.440 m³), Goupia glabra (3.880 m³), Erisma fuscum (2.170 m³), Qualea paraensis (1.350 m³), Protium sp. (1.000 m³), Clarisia racemosa (1.000 m³), Couratari stellata (320 m³), Bagassa guianensis (280 m³) e Handroanthus sp. (77 m³). A principal fonte de obtenção de matéria-prima foram os projetos de corte raso em propriedades rurais do sul do Estado. Os estados brasileiros aos quais foi destinada a maior parte da madeira processada de Rorainópolis foram Bahia, Ceará, Goiás e Amazonas, e observou-se a Venezuela como destino internacional mais relevante. Para secagem da madeira, quando realizada, o método utilizado é ao ar livre. Recomenda-se que é necessário criar mecanismos para desestimular a extração seletiva e predatória de madeira, legal ou ilegal, desenvolver meios para incentivar a prática do manejo florestal sustentável.

Biografia do Autor

Bruno Roberto de Sousa Crivelli, Universidade Estadual de Roraima
Graduado em engenharia florestal pela Universidade Estadual de Roraima (2015).
Jefferson Peixoto Gomes, Universidade Federal do Amazonas
Graduou em Engenharia Florestal, na Universidade Estadual de Roraima - UERR, no ano de 2013. Mestrando em Ciências Florestais e Ambientais, pela Universidade Federal da Amazônia - PPGCIFA/UFAM.
Weslley Wilker Corrêa Morais, Universidade Estadual de Roraima - UERR; Universidade de São Paulo - ESALQ-USP
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (2009), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (2011) e doutorando em Recursos Florestais pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - Universidade de São Paulo, ESALQ-USP. Professor Mestre da Universidade Estadual de Roraima (UERR) e coordenador do curso de Engenharia Florestal nos campus São João da Baliza e Rorainópolis (2011 - 2014); Conselheiro do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da UERR (2012 - 2014). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais. Representante institucional no projeto guarda chuva da UERR - SEBRAE (2014). Membro do comitê municipal de meio ambiente de São João da Baliza (2014).
Tiago Monteiro Condé, Universidade Estadual de Roraima -UERR; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2008) e Mestrado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Roraima (2011). Atualmente é professor Mestre (Nível II) do Curso de Bacharelado em Engenharia Florestal da Universidade Estadual de Roraima, titular do Conselho Consultivo da Floresta Nacional do Anauá (ICMBIO) no município de Rorainópolis-RR e doutorando em Ciências de Florestas Tropicais no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (CFT/INPA). Desenvolve pesquisas nas áreas: Dendrologia, Manejo Florestal, Inventário Florestal, Morfometria Florestal, Fitossociologia, Dinâmica Florestal, Modelagem Florestal, Quantificação e levantamento do estoque de biomassa e carbono florestal, Sensoriamento remoto e Geoprocessamento aplicado à análise da floresta.
Raylanne de Lima Santos, Universidade Estadual de Roraima - UERR
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual de Roraima (2012). Trabalhou como Diretora de Licenciamento e Educação Ambiental, pela prefeitura municipal de São João da Baliza - RR, e com Consultoria ambiental na prefeitura municipal de Caroebe-RR. Prestou serviço ao PRONATEC/SENAR/RR, como instrutora do curso de Identificador Florestal. Concluindo especialização em Direito Ambiental, pela instituição Cândido Mendes, modalidade a distância (EAD). Desenvolve projetos de exploração florestal (corte raso) e responsabilidade técnica de indústria madeireira (serraria).
Osmar Serra Bonfim Filho, Universidade Estadual de Roraima
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual de Roraima - UERR (2012). Atua na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Dendrometria, Inventário e Manejo Florestal.
Publicado
2017-08-23
Seção
Artigo original (Original research)