CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764950
Câncer do Cólon/Reto/Ânus
ID – 114314
Vídeos

TÉCNICA DA LINFADENECTOMIA LATERAL PÉLVICA POR VIDEOLAPAROSCOPIA

Pedro Averbach
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Antônio Rocco Imperiale
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Caroline de Freitas Cirenza
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Carolina Reis Bonizzio
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Guilherme Cutait de Castro Cotti
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Caio Sergio Rizkallah Nahas
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Ulisses Ribeiro Junior
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Carlos Frederico Sparapan Marques
1   Disciplina de Coloproctologia, Departamento de Gastroenterologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Apresentação do Caso Em junho de 2021, um paciente do sexo masculino, de 68 anos, previamente hipertenso e dislipidêmico, iniciou quadro de hematêmese e tenesmo, e foi diagnosticado com neoplasia de reto a 5 cm da borda anal após realização de colonoscopia. A ressonância magnética revelou estadiamento T3a N1, com a fáscia mesorretal livre e ausência de invasão vascular extramural além de linfonodo lateral pélvico de 1,0x0,7 cm com bordas irregulares e sinal heterogêneo na cadeia ilíaca interna. A tomografia de tórax e abdome não revelou doença à distância. O paciente então foi submetido a neoadjuvância com esquema de quimiorradioterapia de curso longo com capecitabina oral e dose total de 52,4 Gy na pelve entre 18 de janeiro e 18 de fevereiro. Após 8 semanas do término da neoadjuvância, o paciente foi novamente estadiado com ressonância que demontrou uma resposta parcial com taxa de regressão tumoral (TRG) 3, T2N0, com diminuição das dimensões do linfonodo ilíaco para 0,5x0,4 cm, mantendo-se irregular e heterogêneo. O paciente foi então submetido a retossigmoidectomia com excisão total do mesorreto e linfadenectomia pélvica lateral (LPL) das cadeias obturatória e ilíaca interna esquerdas por via laparoscópica. A análise histopatológica demonstrou mesorreto completo, T2N1 com 1 de 21 linfonodos acometidos e margens circunferencial e distal livres. Foram observados na análise histopatológica quatro linfonodos laterais pélvicos, todos sem sinais de neoplasia viável.

Discussão O envolvimento das cadeias laterais pélvicas em tumores localmente avançados de reto ocorre entre 10% e 25% dos casos. O papel da LPL em pacientes com câncer de reto localmente avançado e linfonodos pélvicos laterais comprometidos permanece motivo de controvérsia na literatura. Os resultados de séries orientais e ocidentais são conflitantes no que diz respeito ao benefício oncológico desta prática, sendo que aquelas tendem a encontrar maior benefício do que estas. Há preocupações quantos Às possíveis complicações, que incluem disfunções urinárias, sexuais e evacuatórias. A realização de tal procedimento por via laparoscópica é uma alternativa segura, mas ainda não amplamente difundida devido à indicação restrita e à dificuldade na execução e no treinamento.

Considerações Finais O vídeo exibido com o passo a passo deste procedimento visa instituir uma padronização para a técnica de LPL por via laparoscópica de modo a contribuir para o treinamento e, em última instância, a segurança do procedimento.



Publication History

Article published online:
16 March 2023

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