Em condições favoráveis, geralmente no inverno com maior abundância de água, os filamentos crescem e algumas porções soltam-se, por fragmentação, originando novos indivíduos independentes. Quando as condições são desfavoráveis, a espirogira reproduz-se sexuadamente.

Figura 1. Tubo de conjugação entre duas células de dois filamentos de espirogira
Figura 1. Tubo de conjugação entre duas células de dois filamentos de espirogira1

Detalhes da reprodução sexuada em espirogira

Para ocorrer reprodução sexuada em espirogira é necessário que dois filamentos estejam suficientemente próximos para que haja contacto entre as suas células. Cada uma das células desenvolve uma protuberância – a papila – que cresce na direção do filamento oposto, até se encontrarem as duas papilas. Quando se dá o contacto entre estes dois canais a parede e membrana celulares de ambas desintegram-se formando o tubo de conjugação, que permite a comunicação entre as duas células.

Numa das células dá-se a condensação do conteúdo celular – célula dadora – que irá migrar para a outra célula – célula recetora – através do tubo de conjugação (Fig.1). O gâmeta dador é assim transferido para o interior da célula recetora, onde se encontra o gâmeta recetor (imóvel), ocorrendo a fecundação com a fusão dos citoplasmas e dos dois núcleos haploides, formando um zigoto diploide (figura 2).


Figura 2. Zigoto da espirogira.
Figura 2. Zigoto da espirogira.2

Após a fecundação os filamentos desagregam-se e o zigoto segrega uma parede espessa e impermeável que o rodeia permitindo-lhe sobreviver em estado latente até as condições ambientais serem de novo favoráveis.

Quando as condições são favoráveis o zigoto, em estado de latência, germina sofrendo uma meiose – meiose pós-zigótica – formando-se quatro núcleos haploides. Destes quatro núcleos, três degeneram; a célula restante por mitoses sucessivas originará um novo filamento de espirogira – ser haplonte.


Figura 3. Ciclo de Vida da Espirogira.
Figura 3. Ciclo de Vida da Espirogira.