O que traz o contexto de uma cadeia produtiva: as relações socioculturais em uma cidade criativa gastronômica. O caso de Burgos, Espanha.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14198/INTURI2020.20.09

Palabras clave:

Burgos, Cadeia produtiva da gastronomia, Relações socioculturais.

Resumen

RESUMO

A Unesco reconheceu Burgos em 2015 como uma cidade criativa da gastronomia. Considerando esse reconhecimento, esse estudo buscou identificar características socioculturais na configuração da cadeia produtiva da gastronomia criativa. Para responder a essa proposta, a pesquisa teve como objetivo analisar a dinâmica das relações socioculturais da cadeia produtiva da gastronomia da Província de Burgos. O método adotado baseou-se na abordagem qualitativa, de caráter exploratório, obtendo os dados por meio de entrevistas com atores envolvidos na cadeia podutiva da gastronomia local e em documentos oficiais. Realizou-se, ainda, estudos bibliográficos e documentais para fundamentar a interpretação dos dados, sendo realizado por meio da análise de conteúdo. O resultado obtido identificou que na região de Burgos as relações socioculturais se evidenciam em torno do segmento cultural gastronômico e fortalecem a cadeia produtiva criativa na região.   

 ABSTRACT

The Unesco recognized Burgos in 2015 as a creative city of gastronomy. Considering this recognition, this study sought to identify socio-cultural characteristics in the configuration of the creative gastronomy’s production chain. To respond to this proposal, the research aimed to analyze the dynamics of socio-cultural relations of the gastronomy’s productive chain of the Province of Burgos. The method adopted was based on qualitative approach, exploratory and getting the data through interviews with actors involved in local gastronomy’s productive chain and in official documents. Was realized, yet, bibliographic and documentary studies to substantiate the interpretation of the data, being carried out through the analysis of content. The results identified that in the Burgos’ region the sociocultural relations are evident around the cultural gastronomic segment and strengthen the creative production chain in the region.

 RESUMEN

 La UNESCO reconoció a Burgos en el año 2015 como ciudad creativa de la gastronomía. Considerando este reconocimiento, este estudio intentó identificar las características socioculturales que acaban configurando la gastronomía creativa. Para responder a esta propuesta, la investigación se orienta a analizar la dinámica de las relaciones socio-culturales de la cadena productiva de la gastronomía en Burgos, que obtuvo el galardón de Ciudad Creativa Gastronómica de la UNESCO. El método adoptado se basó en un enfoque cualitativo y exploratorio, obteniendo los datos a través de entrevistas con actores involucrados en la cadena productiva de la gastronomía local y en los documentos oficiales. Además de un análisis de contenido de bibliografia y documentos para fundamentar la interpretación de los datos. Los resultados identificaron en la región de Burgos que las relaciones socioculturales fortalecen el proceso y a la propia cadena de producción creativa.

 

Financiación

Capes

Citas

Andrade, D. C. T. (2014). A gastronomia como diferencial de hospitalidade e entretenimento: uma análise virtual. Observatório de Inovação no Turismo – revista acadêmica, 8 (2), 116-135.

Ayuntamiento de Burgos. s/d. Burgos: punto de encuentro. Espanha. Disponível em: www.burgoslab.com Acesso em 20 de out. 2017.

Ayuntamiento de Burgos. (2010). Camino de Santiago. Disponível em: http://www.aytoburgos.es/turismo-en-burgos/descubre-burgos/burgos-en-48-horas-0 Acesso em 28 de mar. 2018.

Ayuntamiento de Burgos. (2014). Plan Estratégico de Burgos. Dossiê candidatura de Burgos para UNESCO. Documento disponibilizado pelo Centro Nacional de Ivestigação da Evolução Humana – CENIEH.

Barbosa, J. L. M. (2016). O turismo cultural e gastronômico e o fortalecimento da identidade e competitividade dos destinos: entrevista com Jordi Tresserras. Caderno Virtual de Turismo, 16 (2), 9-14.

Barddal, R.; Alberton, A.; Campos, L. M. S. (2010). As dimensões e métodos de mensuração da sustentabilidade e o turismo: uma discussão teórica. RGSA – Revista de Gestão Social e Ambiental, 4 (2), 138-155.

Bardin, L. (2002). Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, LDA.

Bertalanffy, L. V. (2015). Teoria Geral dos Sistemas: fundamentos, desenvolvimento e aplicações. Trad. Francisco M. Guimarães. 8° ed. Petropolis, RJ: Vozes.

Bonilla, J.; et. al. (2016). Homo gastronomicus: la cocina de nuestros antepassados de Atapuerca. Diário de los yacimientos de la sierra de Atapuerca. España.

Branco, A. U. (2006). Crenças e práticas culturais: co-construção e ontogênese de valores sociais. Pro-Posições, 17(2), 139-155.

Brusadin, L. B. (2014). A cultura e a tradição no imaginário social: ação simbólica no patrimônio e no turismo. Revista Turismo y Desarrollo Local, 7 (17), 1-19.

Burgos, A.; Mertens, F. (2015). Os desafios do turismo no contexto da sustentabilidade: as contribuições do turismo de base comunitária. PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, 13 (1), 57-71.

Canedo, D. (2009). Cultura é o quê? Reflexões sobre o conceito de cultura e a atuação dos poderes públicos. V ENECULT – Encontro de estudos multidisciplinares em cultura. 27 a 29 de maio. Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador, Bahia, Brasil.

Canesqui, A. M.; Garcia, R. W. D. (orgs.). (2005). Antropologia e Nutrição: um diálogo possível. Editora FIOCRUZ. Rio de Janeiro.

Carneiro, H. S. (2005). Comida e sociedade: significados sociais na história da alimentação. História: Questões & Debates, 42, 71-80.

Cesarino, G. K. (2016). Os arranjos criativos na transformação da cidade. Dissertação de mestrado. Arquitetura e Urbanismo. Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Choy Paz, M. A. (2001). Elaboración de morcilla tipo pasta sustituyendo la sangre de porcino por sangre de vacuno. Tesis doctoral. Universidad Nacional Agraria de la Selva. Facultad de Industrias Alimentarias. Departamento Académico de Ciencia, Tecnología e Ingeniería de alimentos.

Cob, R. N. (2017). La innovación en los destinos turísticos: Burgos (España). Revista TuryDes: Turismo y Desarrollo, 23 (2), 1-14.

Comunian, R. (2011). Rethinking the creative city: the role of complexity, networks and interactions in the urban creative economy. Urban studies, 48(6), 1157-1179.

Cook, I., et. al. (2013). Food’s cultural geographies: texture, creativity and publics. The Wiley-Blackwell Companion to Cultural Geography. London.

Daniel, J. M. P.; Cravo, V. Z. (2005). Valor Social e Cultural da Alimentação. In: Canesqui, A. M.; Garcia, R. W. D. (orgs.). Antropologia e Nutrição: um diálogo possível. (pp. 57-68). Editora FIOCRUZ. Rio de Janeiro.

Della Lucia, M., Trunfio, M.; Go, F. M. (2017). Heritage and urban regeneration: Towards creative tourism. In Bellini, N., & Pasquinelli, C. (Eds.), Tourism in the City (pp. 179-191). Springer.

Donald, B. (2009). From Kraft to Craft: innovation and creativity in Ontario’s Food Economy. University of Toronto. Martin Prosperity Institute.

Espeitx, E. (2004). Patrimonio alimentario y turismo: una relación singular. PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, 2(2), 193-213.

Ferreira, M. R.; Valduga, V.; Bahl, M. (2016). Baixa gastronomia: caracterização e aproximações teórico-conceituais. Revista Turismo em Análise. 27 (1), 207-228.

Fields, K. (2003). Demand for the gastronomy tourism product: motivational factors. In: Hjalager, A. M.; Richards, G. (Ed.). Tourism and gastronomy. (pp. 36-50). Routledge. London.

Fundación Burgos. (2010). Dossier de candidatura. Burgos 2016 – ciudad candidata capital europea de la cultura: R-Evolución. Prefeitura de Burgos. Espanha.

Garcia, R. W. D. (1997). Representações sociais da alimentação e saúde e suas repercurssões no comportamento alimentar. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, 7(2), 51-68.

Garcia, R. W. D. (2005). Alimentação e saúde nas representações e práticas alimentares do comensal urbano. In: Canesqui, A. M.; Garcia, R. W. D. (orgs.). Antropologia e Nutrição: um diálogo possível. (pp. 211-225). Editora FIOCRUZ. Rio de Janeiro.

Hansen, P. B. (2004). Um modelo meso-analítico de medição de desempenho competitivo de cadeias produtivas. Tese (doutorado). Programa de pós-graduação em engenharia de produção. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Hjalager, A. M.; Richards, G. (Eds.). (2003). Tourism and gastronomy. Routledge. London.

Instituto Nacional de Estadística – INE. (2018). Demografía y población. Disponível em: www.ine.es. Acesso em 31 out. 2018.

Kivela, J.; Crotts, J. C. (2006). Tourism and gastronomy: Gastronomy's influence on how tourists experience a destination. Journal of Hospitality & Tourism Research, 30(3), 354-377.

Korstanje, M. E. (2015). A radical analysis of creative tourism. Gran Tour, 12, 23-41.

Landry, C; Bianchini, F. (1995). The creative city: A toolkit for urban innovators. Routledge. Comedia. London.

Landry, C.; Hyams, J. (2012). The creative city index: measuring the pulse of the city. Stroud. Comedia. London.

Londoño, M. P. L. (2011). La diversificación del destino turístico a través del turismo gastronómico: el caso de Vilanova i la Geltrú (Barcelona). PASOS – Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 9 (1), 15-24.

Maciel, M. E. (2005). Identidade cultural e alimentação. In: Canesqui, A. M.; Garcia, R. W. D. (orgs.). Antropologia e Nutrição: um diálogo possível. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ.

Martins, F. B. E. (2011). Rede criativa e difusão do conhecimento – SANTANDER. In: Reis, A. C. F.; Kageyama, P. (Orgs.). Cidades criativas: perspectivas. (pp.17). Garimpo de Soluções & Creative Cities Productions. São Paulo.

Mateos, A.; Rodríguez, J. (2010). La dieta que nos hizo humanos. Junta de Castilla y León. Consejería de Cultura y Turismo. Fundación Siglo para las Artes de Castilla y León. Cátedra Tomás Pascual Sanz – CENIEH. España.

Moesch, M. (2012). Dimensão social. In: Beni, M. C. (Org.). Turismo: planejamento estratégico e capacidade de gestão. (pp. 203-218). Manole. São Paulo.

Mota, L. A. (2012). Práticas funerárias e canibalismo no pleistoceno inferior e médio da Península Ibérica: leitura bibliográfica dos estudos de caso de Gran Dolina e Sima de los Huesos, Atapuerca – Espanha. Revista Iniciação Científica, 10 (1), 159-171.

Muller, S. G. (2012). Patrimônio cultural gastronômico: identificação, sistematização e disseminação dos saberes e fazeres tradicionais. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

Nacsa, J. (2016). Curious Cuisine: Bringing culinary creativity home. MFA Thesis. Interaction Design Programme. Umeå Institute of Design. Umeå University. Sweden.

Navarro, G.; Medina, F. X. (2018). Stamps, Tourism and Gastronomy: The Role of Gastronomy in Promoting Tourism in Spain Through the Postage Stamp. In: Medina, F. X.; Tresserras, J. Food, Gastronomy and Tourism: Social and Cultural Perspectives. (pp. 15-29). Colección Estudios del Hombre. Serie Antropología de la Alimentación. Guadalaraja.

Omar, M. B., et. al. (2017). Tourist fulfilment and revisit intention antecedent of culinary experience. In 2nd Business Management and Computing Research Colloquium (pp. 63-66).

Pàmies, R. H. (2007). Primeras ocupaciones humanas en la Península Ibérica: paleoeconomía en la Sierra de Atapuerca (Burgos) y la Cuenca de Guadix-Baza (Granada) durante el pleistoceno inferior. Tesis doctoral. Àrea de Prehistòria. Dept. Història I Història de L’art. Universitat Rovira I Virgili.

Povey, G. (2011). Gastronomy and Tourism. In: Robinson, P.; Heitmann, S.; Dieke, P. Research Themes f or Tourism. (pp. 233-248). CABI, London.

Ramírez, R. C.; Bautista, J. J. R. (2018). Multifuncionalidad territorial y turismo. Implicaciones socioculturales, económicas y ambientales en destinos rurales emergentes. Un caso de estudio en Comala, Colima. Revista Investigaciones Turísticas, 15, 79-107.

Ravenscroft, N; Van Westering, J. (2003). Gastronomy and intellectual property. In: Hjalager, A. M.; Richards, G. (Eds.). Tourism and gastronomy. (pp. 153-165). Routledge. London.

Richards, G. (2014). The role of gastronomy in tourism development. In Presentation to the Fourth International Congress on Noble Houses: A Heritage for the Future, Arcos de Valdevez to be held on (pp. 27-29).

Richards, G. (2003). Gastronomy: an essential ingredient in tourism production and consumption? In: Hjalager, A. M.; Richards, G. (Eds.). Tourism and gastronomy. (pp. 3-20). Routledge. London.

Richards, G; Wilson, J. (2008). (Eds.). Tourism, Creativity and Development. Routledge. London.

Rihova, et. al. (2018). Customer-to-customer co-creation practices in tourism: Lessons from Customer-Dominant logic. Tourism Management, 67, 362-375.

Robles, R. P. (2018). Técnica de Promoção Turística e Imagem da Sociedad para La Promoción y Desarrollo de la Ciudad de Burgos. Burgos ciudad creativa de la gastronomia. Entrevista realizada dia 15 de março de 2018 as 11h.

Scarpato, R.; Daniele, R. (2003). New global cuisine: Tourism, authenticity and sense of place in postmodern gastronomy. In: Hall, C. M., Et. Al. Food tourism around the world: Development, management and markets. (pp. 296-313). Elsevier. London.

Sormaz, U., et. al. (2016). Gastronomy in tourism. Procedia Economics and Finance, 39, 725-730.

Troncoso, C. A.; Arzeno, M. B. (2019). Turismo, gastronomía y producción agraria en la provincia de Jujuy (Argentina): actores, dinámicas y transformaciones asociadas a la valorización de productos tradicionales. Investigaciones Turísticas, 18, 169-192.

Unesco - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. (2015). Creative cities network. Disponível em: http://en.unesco.org/creative-cities/home. Acesso em 10 mai. 2016.

Val, P. A. (coord.). (2013). Boletín del observatorio de turismo de la ciudad y provincia de Burgos. Elaborado por Equipo Técnico de la Universidad de Burgos. Año 0, Nº 0, Burgos. Diciembre.

Valdivieso Arce, J. L. (2001). La morcilla, gran señora de la gastronomía burgalesa. Obra Social y Cultural de Caja España. Valladolid, España.

Woodward, K. (2018). Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: Silva, T. T. (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 15° ed. 4° reimpressão. (pp. 7-72). Vozes. Rio de Janeiro.

Estadísticas

Estadísticas en RUA

Publicado

16-10-2020

Cómo citar

Junqueira, L. D. M., dos Anjos, F. A., & Velasco-González, M. (2020). O que traz o contexto de uma cadeia produtiva: as relações socioculturais em uma cidade criativa gastronômica. O caso de Burgos, Espanha. Investigaciones Turísticas, (20), 193–214. https://doi.org/10.14198/INTURI2020.20.09

Número

Sección

Artículos